A marca chinesa Xiaomi tem novos smartphones na série Redmi Note, que assinala este ano o décimo aniversário desde que foi lançada a nível global – antes já tinha feito a estreia na China e na Índia.

Num evento global, realizado em Banguecoque, na Tailândia, a empresa revelou a série Note 13, com smartphones que se encaixam numa faixa de preços de gama média, com valores até 550 euros, mas com algumas características que marcam presença em modelos topo de gama. Como tem acontecido noutros lançamentos, os equipamentos estrearam-se primeiro na China, o mercado doméstico da Xiaomi, antes do lançamento global.

A grande aposta da série é o desempenho na fotografia, uma das características mais valorizadas quando é hora de escolher um novo smartphone. Vão chegar a Portugal cinco modelos desta nova série: três equipamentos na linha Pro, com características mais desenvolvidas, e mais dois equipamentos de entrada de gama, com algumas concessões nas especificações técnicas mas com preços mais acessíveis.

O destaque vai para a designação Pro, onde é possível encontrar os modelos com características mais avançadas: o 13 Pro+ 5G, 13 Pro 5G e o 13 Pro, ligeiramente mais acessível a nível de preço por ter conetividade 4G. Os três modelos vão ter um módulo de câmara onde o destaque vai para uma câmara principal com um sensor de 200 megapixeis (MP). Uma câmara ultra grande angular de 8 MP e uma câmara macro de 2 MP compõem o restante módulo de câmara da linha Pro; à frente, existe uma câmara de 16 MP.

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É também dado destaque às funcionalidades de software para edição de imagem que, com uma ajuda da inteligência artificial (IA), vai facilitar tarefas como retirar pessoas de fotografias ou fazer uma edição mais rápida das imagens. Destaca-se ainda a capacidade de zoom de duas ou quatro vezes nos modelos Pro.

Os três modelos têm um ecrã com a mesma dimensão, com 6,67 polegadas e uma taxa de atualização até 120 Hz. Há, no entanto, uma diferença no modelo 13 Pro com 4G: enquanto os outros Pro têm um ecrã com até 1.800 nits de luminosidade máxima, que promete uma visualização mais facilitada em condições com mais luz, o modelo de entrada da série Pro fica-se pelos 1.300 nits.

Os preços para Portugal destes equipamentos já são conhecidos: o Note 13 Pro+ custará cerca de 550 euros; o Note 13 Pro 5G cerca de 400 euros e o Note 13 Pro estará disponível por 350 euros.

As principais características técnicas de cada um dos 13 Pro

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Xiaomi Redmi Note 13 Pro+ 5G:

  • Ecrã CrystalRes AMOLED de 6,67 polegadas, com resolução de 2.712 x 1.220, com brilho máximo de 1.800 nits;
  • Câmaras: principal de 200 MP, ultra grande angular de 8 MP, câmara macro de 2 MP, frontal de 16 MP;
  • Processador MediaTek Dimensity 7.200-Ultra;
  • Versão de 12 GB de RAM e 512 GB de armazenamento;
  • Bateria de 5 mil mAh e carregamento rápido de 120W HyperCharge (incluído na caixa);
  • Colunas duplas; Dolby Atmos;
  • Norma IP68 – resistência ao pó e à água.

Xiaomi Redmi Note 13 Pro 5G:

  • Ecrã CrystalRes AMOLED 6,67 polegadas, com resolução de 2.712 x 1.220, com brilho máximo de 1.800 nits;
  • Câmaras: principal de 200 MP, ultra grande angular de 8 MP, câmara macro de 2 MP, frontal de 16 MP;
  • Processador Snapdragon 7s Gen 2;
  • Versão de 8 GB de RAM e 256 GB de armazenamento;
  • Bateria de 5.100 mAh e carregamento rápido de 67W (carregador incluído na caixa);
  • Colunas duplas; Dolby Atmos; entrada para auscultadores de 3,5 mm;
  • Norma IP68 – resistência ao pó e à água.

Xiaomi Redmi Note 13 Pro (apenas com 4G):

  • Ecrã AMOLED de 6,67 polegadas, com resolução de 2.740 x 1.080, com brilho máximo de 1.300 nits;
  • Câmaras: principal de 200 MP, ultra grande angular de 8 MP, câmara macro de 2 MP, frontal de 16 MP;
  • Processador MediaTek Helio G99-Ultra;
  • Versão de 8 GB de RAM e 256 GB de armazenamento;
  • Bateria de 5.000 mAh e carregamento rápido de 67W (carregador incluído na caixa);
  • Colunas duplas; Dolby Atmos; entrada para auscultadores de 3,5 mm;
  • Norma IP54 – resistência ao pó e a salpicos.

Já nos modelos base, o Note 13 5G e Note 13 4G, há diferenças no módulo de câmara: em vez de uma câmara de 200 MP, há uma câmara principal de 108 MP. Também têm diferenças no carregamento, que nestas versões é de 33 W.

Estes são os modelos com preços mais acessíveis da série agora revelada: o Note 13 5G custa cerca de 310 euros, enquanto o Note 13 com 4G, o único que em Portugal terá duas versões consoante a memória e armazenamento: 270 euros na versão de 8 GB de RAM e 256 GB e 240 euros na versão com 6 GB de RAM e 128 GB de armazenamento.

As principais características dos modelos base

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Redmi Note 13 5G:

  • Ecrã AMOLED FHD+ de 6,67 polegadas, com resolução de 2.400 x 1.080, com brilho máximo de 1.000 nits;
  • Câmaras: principal de 108 MP, ultra grande angular de 8 MP, câmara macro de 2 MP, frontal de 16 MP;
  • Processador MediaTek Dimensity 6080;
  • Versão de 8 GB de RAM e 256 GB de armazenamento;
  • Bateria de 5.000 mAh e carregamento rápido de 33W (carregador incluído na caixa);
  • Dolby Atmos; entrada para auscultadores de 3,5 mm;
  • Norma IP54 – resistência ao pó e a salpicos.

Redmi Note 13 4G:

  • Ecrã AMOLED de 6,67 polegadas, com resolução de 2.400 x 1.080, com brilho máximo de 1.000 nits;
  • Câmaras: principal de 108 MP, ultra grande angular de 8 MP, câmara macro de 2 MP, frontal de 16 MP;
  • Processador Snapdragon 685;
  • Versão de 6 GB de RAM e 128 GB/ 8 GB de RAM e 256 GB de armazenamento;
  • Bateria de 5.000 mAh e carregamento rápido de 33W (carregador incluído na caixa);
  • Colunas duplas; Dolby Atmos; entrada para auscultadores de 3,5 mm;
  • Norma IP54 – resistência ao pó e a salpicos.

Além dos smartphones, também foi apresentado um novo smartwatch, o Redmi Watch 4. Em relação ao antecessor, vai contar com um ecrã maior, de 1,97 polegadas, com a marca a prometer “maior fluidez” na utilização, devido à coroa rotativa incluída, que permitirá navegar mais rapidamente pelos menus.

O relógio tem uma autonomia estimada de 20 dias de utilização por carga e também o reconhecimento de mais desportos. Em Portugal, vai custar cerca de 100 euros.

No som, há dois novos modelos de auriculares, os Buds 5 Pro e Buds 5, ambos com cancelamento de ruído. A versão Pro tem cancelamento de ruído até 52 dB. A marca estima que permitam até 10 horas de reprodução contínua e 38 horas de utilização com o estojo de carregamento.

Os Buds 5 também têm cancelamento de ruído, mas ligeiramente menos do que os Pro, vão até 46 dB de cancelamento, em três modos à escolha, para que o utilizador possa selecionar o nível de isolamento pretendido. A estimativa é a de que permitam até 10 horas de reprodução contínua e 40 horas de utilização com a caixa.

Os Buds 5.

Os auriculares Buds 5 Pro vão estar disponíveis em Portugal por 80 euros e os Buds 5 por 50 euros.

Xiaomi acredita que deverá “consolidar” quota de mercado em Portugal. Lançamento de carro aguça curiosidade

Os números de desempenho no mercado português ainda não são conhecidos mas, para já, a Xiaomi acredita que terá terminado 2023 no top das marcas mais procuradas pelo consumidor nacional.

Tiago Flores, que lidera a operação da Xiaomi em Portugal, explica ao Observador que os últimos dados disponíveis, relativos ao terceiro trimestre do ano, já permitiram “consolidar a posição de fabricante número dois em termos de unidades vendidas”. Nos últimos três meses, acredita que a marca terá mantido o resultado de uma quota de 30%. “Seguramente vamos consolidar a nossa segunda posição no mercado nacional”.

A gama média, onde se inserem os smartphones agora apresentados, é um segmento “muito importante” para a marca. No ano passado, com os Redmi Note 12, a gama média já “teve comportamentos muito interessantes”, que a tecnológica espera conseguir replicar com os novos equipamentos. “O consumidor já percebeu que a Xiaomi consegue trazer esta promessa de tecnologia de ponta, que só encontramos em topos de gama — câmaras com elevadas resoluções, de 200 ou 100 MP, carregamento rápido de 67 W ou 120 W, configurações de memória muito elevadas, ecrã e toda a experiência à volta do telefone, para segmentos de preço em que tipicamente não é normal o consumidor encontrar estas especificações e experiência.”

A nova gama centra-se na fotografia que, de acordo com Tiago Flores, é uma das características mais importantes para o consumidor português na hora de trocar de telefone, assim como a “bateria” e também o preço, “que é sempre obviamente uma variável importante”.

Ao longo dos anos, a Xiaomi tem comunicado com o consumidor com a lógica de um ecossistema onde o smartphone assume o papel principal, mas liga-se a outros dispositivos e à casa. Agora, quer adicionar mais uma variável à equação: um automóvel. “É um tema que tem suscitado muita curiosidade”, reconhece Tiago Flores.

Antes do anúncio do carro, até agora só visto na China, foi necessário desenvolver um novo sistema operativo, o HyperOS, “que tem base em Android mas com desenvolvimento de IA e módulos da Xiaomi para permitir tudo o que de facto vamos comunicar este ano”, detalha Tiago Flores. O carro, um veículo elétrico chamado SU7, foi revelado na China. “É a concretização de um sonho de poder ligar todo o ecossistema, quer seja um smartphone, um carro e equipamentos domésticos do nosso sistema”, diz Tiago Flores. “O primeiro passo foi, de facto, ter um sistema operativo que irá permitir a integração total, seamless, destes três mundos e que, ao longo deste ano, vai ser o nosso principal foco de comunicação.”

Xiaomi, que conhecemos dos telemóveis, quer bater Porsche e Tesla

A primeira parte de comunicação com o cliente vai ser feita já em fevereiro, no Mobile World Congress (MWC), que se realiza no fim do mês, em Barcelona. “Vamos concentrar-nos em explicar o sistema operativo, as suas potencialidades e obviamente falar um pouco deste grande mundo. Durante o MWC vamos explicar muito desta estratégia ao mercado”, diz o responsável para Portugal.

Neste momento, não há indicação sobre se ou quando é que o automóvel elétrico possa ser lançado fora da China.