No último dia dos Mundiais de natação, em Doha, caiu um recorde nacional: Camila Rebelo, Ana Pinho Rodrigues, Mariana Cunha e Francisca Martins ficaram no 14.º lugar das eliminatórias da estafeta feminina 4×100 estilos, com 4.05.26 minutos, quebrando o registo máximo português que tinha sido alcançado no Coimbra Swimming Open 2023.

No fim, as quatro nadadoras portuguesas ficaram no 21.º lugar da classificação geral, falhando o acesso à final e a consequente qualificação para os Jogos Olímpicos. Na estafeta masculina 4×100 estilos, Gabriel Lopes, Francisco Quintas, Diogo Ribeiro e Miguel Nascimento igualaram o recorde nacional que tinha sido obtido nos Mundiais de Fukuoka do ano passado, terminando no 17.º lugar a apenas 17 centésimos do apuramento olímpico.

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Portugal terminou os Mundiais de natação com os melhores resultados de sempre: duas medalhas de ouro, com Diogo Ribeiro nos 50 e nos 100 metros mariposa; uma medalha de bronze, com Angélica André nos 10 quilómetros em águas abertas, quatro nadadores nos oito primeiros lugares e 14 classificações nos 16 primeiros lugares. Em declarações ao site da Federação Portuguesa de Natação, o diretor desportivo do organismo fez um balanço da participação portuguesa na competição.

“Em primeiro lugar, temos a participação do Diogo Ribeiro e da Angélica André, que nem vale a pena comentar porque face a tudo aquilo que já foi dito nem temos a capacidade de adjetivar de forma mais eloquente ou original do que o que já fizeram os mais ilustres comentadores de dentro e fora da natação. Não há palavras”, começou por dizer José Machado, sublinhando ainda a obtenção dos quatro diplomas e os registos pessoais e nacionais alcançados.

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“Queríamos que estes números fossem maiores? Todos queríamos. Estar num momento de máxima forma no início de fevereiro foi um desafio novo para os nadadores e treinadores e revelou-se muito difícil para todos os participantes, não foi só apenas para os portugueses”, explicou. Por fim, José Machado lamentou o facto de Portugal não ter conseguido mais qualificações para os Jogos Olímpicos.

“Não conseguimos atingir o pretendido. Passa de quatro para cinco o nosso contingente, a Angélica estará presente nos 10 quilómetros em águas abertas de Paris. E a dizer presente, porque a medalha de bronze neste Mundial dá-lhe o estatuto de ‘medalhável’ em Paris, de acordo com os critérios do Comité Olímpico de Portugal. O mesmo estatuto que será atribuído ao Diogo Ribeiro face ao resultado nos 100 metros mariposa”, terminou.