A barragem de Alqueva está a menos de um metro de atingir a cota máxima, com 3.904,42 hectómetros cúbicos de água armazenados, faltando 245,58 hectómetros cúbicos para chegar à capacidade total, indicou a empresa gestora.

De acordo com os dados disponíveis na página de Internet da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA), relativos à monitorização efetuada esta segunda-feira, 1 de abril, a albufeira encontra-se à cota 151,28.

Por isso, faltam 72 centímetros para que a água armazenada nesta albufeira alentejana chegue à cota máxima da barragem, que é 152.

Contactada pela agência Lusa, fonte da empresa explicou que o Alqueva tem “3.904,42 hectómetros cúbicos [hm3] armazenados”, pelo que, para chegar à capacidade total de 4.150 hm3, restam 245,58 hm3.

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“Há 11 anos, precisamente neste dia, 1 de abril de 2013, estávamos a proceder a descargas porque o Alqueva encheu à cota 152”, lembrou a mesma fonte, acrescentando que, no ano seguinte, a albufeira “também esteve praticamente cheia, mas aí não houve necessidade de efetuar descargas”.

Perante a situação atual, questionada sobre se estão previstas descargas, a mesma fonte limitou-se a referir que a EDIA está “a monitorizar a situação”.

“Estamos a acompanhar as afluências e a controlar o volume da albufeira através do turbinamento da central hidroelétrica”, acrescentou.

Em 2013, após atingir a cota de 151,98 metros, ou seja, muito próximo da 152, a barragem de Alqueva iniciou, às 23h00 de 31 de março, uma operação de descargas para controlar o volume de água armazenada, anunciou a empresa gestora, no dia seguinte, noticiou a Lusa na altura.

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Nessa ocasião, as descargas controladas foram efetuadas através de dois descarregadores, um de meio fundo e um de superfície, o que implicou também descargas na barragem de Pedrógão, a jusante de Alqueva, e ao consequente aumento de caudal do rio Guadiana, pode ler-se na notícia da Lusa.

A albufeira da barragem de Alqueva atingiu pela primeira vez a cota máxima de 152 metros a 12 de janeiro de 2010, quando se tornou o maior lago artificial da Europa e efetuou descargas controladas. Nessa operação de ‘estreia’, libertou cerca de 3.500 milhões de metros cúbicos de água, até março desse ano.

Segundo o site de meteorologia Meteored, as últimas estatísticas mostram um panorama semelhante ao do Alqueva nas restantes barragens portuguesas. Em 81 barragens monitorizadas, 68% apresentam disponibilidades hídricas superiores a 80% do volume total. Um aumento significativo no armazenamento de água que se deu sobretudo no último mês. Os armazenamentos no fim do mês de março de 2024, por bacia hidrográfica, apresentam-se superiores às médias de armazenamento do mês de março de 1990/91 a 2022/23, exceto para as bacias do Mira, Arade, e ribeiras do Barlavento e Sotavento algarvio, segundo o Boletim Semanal de Albufeiras, da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).