Siga aqui o nosso liveblog da guerra na Ucrânia

Durante a sua passagem na Casa Branca, que terminou um ano antes do início da invasão em larga escala da Ucrânia, Donald Trump mostrou-se a favor de que o país pertencesse à Federação Russa. A revelação surge num livro do jornalista David Sanger e que conta com uma declaração de uma antiga conselheira do ex-Presidente norte-americano e candidato às presidenciais de novembro.

“Trump deixou muito claro que pensava que a Ucrânia, e certamente a Crimeia, devem ser parte da Rússia”, revelou Fiona Hill ao jornalista do New York Times para o livro “New Cold Wars: China’s Rise, Russia’s Invasion, and America’s Struggle to Defend the West”. “Ele não conseguia compreender a ideia de que a Ucrânia era um estado independente”, explicou a ex-conselheira de Trump, citada pelo Guardian, que teve acesso a um cópia do livro, que será publicado na terça-feira.

Numa conferência organizada em fevereiro por um um grupo de conservadores anti-Trump, Hill já tinha afirmado que o antigo Presidente “idolatra” Putin, em parte pela sua longevidade no poder — comanda os destinos da Rússia desde 2000.

Donald Trump: “Vou acabar com a guerra da Ucrânia num dia se for reeleito”

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O antigo chefe de Estado já se chegou a gabar da relação de proximidade com Vladimir Putin. Durante uma entrevista a Nigel Farage, no ano passado, disse que os dois “se dão lindamente”, o que facilitaria uma eventual negociação de paz, e acrescentou que a culpa da invasão é da “incompetência” da administração de Joe Biden. “Putin não ia avançar, isso nunca fui mencionado e eu conhecia-o muito bem”, garantiu. O ex-Presidente também já garantiu que, se for reeleito, vai “acabar com a guerra da Ucrânia num dia”.

As declarações foram prontamente criticadas pelo Presidente ucraniano, que sublinhou que o país não aceita qualquer plano que inclua uma cedência de território e que Trump “não pode resolver a guerra”. Apesar disso, já convidou o antigo líder norte-americano a visitar a Ucrânia se conseguir cumprir a promessa de parar a guerra em 24 horas.

Zelensky convida Trump a visitar Kiev se este cumprir a promessa de “parar a guerra em 24 horas”