A Câmara dos Representantes norte-americana vai votar esta semana planos separados de ajuda militar à Ucrânia e à Israel, depois de meses de bloqueio, disse o líder da câmara baixa do Congresso dos Estados Unidos.

“Esta semana, iremos considerar projetos de lei separados”, incluindo aqueles para “financiar o aliado israelita” e “apoiar a Ucrânia na guerra contra a agressão russa”, declarou na segunda-feira o republicano Mike Johnson.

“Há acontecimentos repentinos em todo o mundo que todos estamos a seguir de perto”, disse Johnson, numa conferência de imprensa, numa aparente referência aos mais de 300 drones e mísseis lançados contra Israel entre a noite de sábado e o domingo.

Na rede social X (antigo Twitter), o republicano explicou que os planos vão ainda apoiar os aliados dos Estados Unidos na região do Indo-Pacífico e aprovar medidas adicionais para fortalecer a segurança nacional do país.

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Johnson deixou aberta a possibilidade de os projetos eventualmente serem combinados num único pacote, mas disse preferir que sejam estudados e aprovados individualmente.

O anúncio surgiu poucas horas depois do Presidente norte-americano, Joe Biden, ter reiterado o apelo urgente para que o Congresso adote um orçamento de dezenas de milhares de milhões de dólares em ajuda militar à Ucrânia, bloqueado pela oposição republicana.

Um pacote de 60 mil milhões de dólares (cerca de 56 mil milhões de euros) para Kiev, solicitado pelo Presidente democrata, está bloqueado há meses no Congresso, tal como outro de apoio a Israel.

A Casa Branca tinha rejeitado a intenção de Mike Johnson de apresentar um projeto de lei orçamental apenas para Israel.

Não vamos aceitar um único texto [apenas sobre Israel]. Isso não vai ajudar nem Israel nem a Ucrânia. Apenas ia atrasar a ajuda que é necessária”, destacou na segunda-feira a porta-voz da Casa Branca Karine Jean-Pierre.

Principal apoiante militar da Ucrânia, Washington não envia um grande pacote de ajuda a Kiev desde dezembro de 2022. Sem estes fundos, “a Ucrânia vai perder a guerra”, alertou recentemente o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Moscovo lançou uma ofensiva contra a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, que mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.