A Plataforma dos sindicatos da PSP e associações da GNR pediu nesta quarta-feira à ministra da Administração Interna a marcação de uma nova reunião para discutirem mais uma vez a atribuição do subsídio de risco.
Em comunicado, a plataforma refere que o pedido de uma reunião complementar foi feito nesta quarta-feira por ofício a Margarida Blasco e surge após os sindicatos da PSP e associações da GNR não terem chegado a acordo com o Ministério, na semana passada, sobre o valor do subsídio de risco.
Fazem parte da plataforma, criada em dezembro de 2023 para exigir a atribuição de um suplemento idêntico ao da Polícia Judiciária, sete sindicatos da PSP e cinco associações da GNR, mas esta decisão de pedido de nova reunião não foi subscrita pelo Sindicato dos Profissionais da Polícia (SPP) nem pelo Sindicato Nacional da Polícia (Sinapol).
Tentaremos uma vez mais, apresentar uma proposta no sentido de valorizar a condição policial dos profissionais da PSP e da GNR, para que o princípio da igualdade, consagrado na Constituição da República Portuguesa, seja respeitado. Não nos demitiremos das nossas responsabilidades, não deixaremos os polícias reféns da indefinição, não contribuiremos para um futuro penoso”, refere a plataforma, sublinhando que esta “será mais uma tentativa de negociação e contributo, sem nunca deixar de parte a possibilidade de protestos”.
Na semana passada, o Governo propôs um aumento de 300 euros no suplemento de risco da PSP e GNR, valor que seria pago de forma faseada até 2026, passando o suplemento fixo dos atuais 100 para 400 euros, além de se manter a vertente variável de 20% do ordenado base.
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Segundo esta proposta que não foi aceite pelas estruturas sindicais, os 300 euros de aumento seriam pagos por três vezes, sendo 200 euros em julho e os restantes no início de 2025 e 2026, com um aumento de 50 euros em cada ano.
Como contraposta, a plataforma, que inicialmente pediu 600 euros de aumento, propõe agora um aumento de 400 euros pago em três vezes: 200 euros este ano, 100 euros em 2025 e outros 100 em 2026.
No âmbito das negociações, que duraram dois meses, o Governo apresentou quatro propostas à plataforma.