José Pedro Aguiar-Branco colocou-se esta terça-feira fora da corrida à sucessão de Rui Moreira no Porto. Ainda assim, o presidente da Assembleia da República preferiu não comentar diretamente eventualidade de se candidatar à Presidência da República, dizendo simplesmente que este não é o tempo de falar dessas eleições — o que reforça a hipótese de que ainda não excluiu de todo uma possível candidatura.

Recorde-se que, em entrevista ao Observador, Aguiar-Branco manteve os dois pratos — presidenciais e autárquicas — a girar em simultâneo. Ao mesmo tempo que dizia que as eleições presidenciais ainda não estavam na agenda política e mediática, recusando-se a desfazer o tabu, o presidente da Assembleia da República sugeriu que ser candidato ao Porto não seria “passar de cavalo para burro”.

Estas duas afirmações agitaram o PSD e não só. Este domingo, Luís Marques Mendes, na SIC, sugeriu que Aguiar-Branco seria uma hipótese como candidato à Câmara do Porto. Horas mais tarde, na CNN, Rui Moreira defendeu que o antigo ministro da Defesa daria um excelente candidato a Presidente da República.

Esta segunda-feira, em declarações aos jornalistas à margem de uma iniciativa no Porto, Aguiar-Branco procurou encerrar a discussão sobre a sua eventual candidatura à sucessão de Rui Moreira, mas manteve-se no leque de possíveis presidenciáveis. Depois de muitas respostas evasivas, Aguiar-Branco fez questão de “clarificar“:

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“Quanto à Câmara Municipal do Porto, estou disponível para ajudar o meu partido a encontrar o melhor candidato e é uma questão que não se coloca em relação a mim. Quanto às presidenciais, não é o momento de tratarmos essa matéria. Estou presidente da Assembleia da República, focado em cumprir bem o meu mandato e a agenda não é a das presidenciais”.

Sem acrescentar mais, Aguiar-Branco não deixou de garantir que, quando o momento das presidenciais chegar, não deixará de se pronunciar sobre o tema, atirando para mais tarde qualquer decisão sobre uma evenutal candidatura ao Palácio de Belém.

Aguiar-Branco: “Ser presidente da Câmara do Porto não seria passar de cavalo para burro”