O Governo do Paquistão anunciou esta quarta-feira que vai restituir a pena de morte no país, mas apenas para os casos de terrorismo, depois do ataque de um grupo de talibãs a uma escola militar em Peshawar ter provocado a morte a 132 crianças e 9 empregados.

O Paquistão acordou esta quarta-feira a chorar os mortos naquele que já é o ataque mais sangrento de sempre. Sete talibãs atacaram uma escola no Paquistão disfarçados de militares e mataram 141 pessoas. Os talibãs justificaram o ataque como retaliação por uma ação militar do Exército do Paquistão.

No entanto, as forças paquistanesas não parecem prontas a recuar na luta contra o terrorismo e o primeiro-ministro Nawaz Sharif, citado pela Sky News, já fez saber que vai fazer regressar a pena de morte para casos de terrorismo.

Recorde-se que o Paquistão tem em vigor uma moratória desde 2008 que impede as execuções. Esta moratória será suspensa em consequência dos ataques de terça-feira.

Uma “tragédia nacional provocada por selvagens” foi como o primeiro-ministro do Paquistão qualificou o ataque. “Estas eram as minhas crianças, esta perda é minha. Esta é uma perda da nação”, disse ainda.

As escolas no Paquistão estão fechadas hoje, num dia em que se realizam muitos dos funerais das vítimas do ataque de ontem.

Os talibãs do Afeganistão já se vieram distanciar do ataque, dizendo que a morte de crianças e de outras pessoas inocentes vão contra os princípios do Islão.

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