A ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, afirmou esta sexta-feira que os ministros das finanças da zona euro manifestaram a sua frustração perante as autoridades gregas devido à falta de progresso nas negociações sobre o resgate. Acrescenta, contudo, que foram alcançados progressos na relação entre a troika e o governo grego, mas não no que diz respeito ao programa em si.

“Aquilo que nos é transmitido de dentro das conversações é que parece haver um melhor entendimento entre as partes, entre as instituições [FMI, BCE e Comissão Europeia] e as autoridades gregas. Mas em termos de progresso real, de haver acordo sobre alguma área especificamente, infelizmente não”, afirmou Maria Luís Albuquerque no final da reunião do Eurogrupo, que decorreu esta sexta-feira em Riga.

A governante portuguesa explicou que as discussões na reunião decorreram num “tom de alguma frustração”, por “não se registarem progressos e “já se ter passado bastante tempo”.

A mensagem é a mesma que a passada pelos seus colegas da zona euro. O tempo escasseia: “É cada vez mais urgente. Não estabelecemos um novo prazo limite, mas todos reconhecemos que é cada vez mais urgente”, e o facto de ser “público e notório que as dificuldades da Grécia” aumentam, ilustra o caso, considerou.

A responsabilidade, defende, está do lado da Grécia, que continua a ter problemas na relação com as instituições até na informação que é suposto entregar, ao abrigo do acordo alcançado em fevereiro: “Tanto quanto nos é possível acompanhar do lado do Eurogrupo, tem havido dificuldades em obter informação que é relevante. E não tem havido progressos suficientes em termos dos compromissos abrangentes que se esperavam da Grécia”.

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