Miguel Albuquerque já assegurou as condições para formar governo de maioria através de um acordo com o PAN, confirmou o Observador junto de fonte do governo regional. A decisão vai ser anunciada nos próximos dias, previsivelmente esta terça-feira, como garantiu uma fonte do PSD/Madeira, sendo que os liberais perdem cada vez mais espaço para fazerem parte da solução governativa. Quanto a timings, um dirigente social-democrata é claro: “Quinta-feira, quando formos ao representante da República, já vai estar tudo formalizado”.

Os sociais-democratas ainda vão ter reuniões com PAN e IL, e não é impossível que os liberais voltem a entrar no jogo. Mas seria um volte-face: o mais provável mesmo é que o partido liderado por Rui Rocha fique fora do acordo de governação. “Não precisamos deles. E não confiamos no [Nuno] Morna”, diz um dirigente do PSD-M ao Observador. Ainda assim, e formalismos à parte, a confiança na Quinta Vigia é total: Albuquerque já tinha selado mesmo um acordo com o PAN quando subiu ao palco do Instituto do Vinho no domingo à noite.

Faltam, no entanto, essas formalidades. O PAN está a afinar a sua lista de exigências e a reunir as estruturas. Houve mesmo, sabe o Observador, uma reunião do PAN-Madeira esta segunda-feira, onde o acordo não foi travado. Um eventual acordo com o PAN teria sempre alguns irritantes — um partido ambientalista nunca poderia aceitar o projeto de teleférico do Curral das Freiras ou a Estrada das Ginjas, em São Vicente. No entanto, o PSD contorna essa questão com uma exigência: o PAN só terá uma palavra a dizer em obras futuras, e não sobre que já estão contratualizadas, cujo cancelamento poderia custar aos cofres regionais dezenas milhões de euros.

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