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Assalto aconteceu na madrugada da passada quarta-feira, pelas 5h
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Assalto aconteceu na madrugada da passada quarta-feira, pelas 5h

DIOGO VENTURA/OBSERVADOR

Assalto aconteceu na madrugada da passada quarta-feira, pelas 5h

DIOGO VENTURA/OBSERVADOR

Assalto à Secretaria-Geral do MAI. Como a PSP descobriu suspeito em 5 dias, a venda dos computadores roubados e o cadastro do detido

Homem de 39 anos tem um longo cadastro, incluindo crimes praticados em França e há 20 anos. Imagens das câmaras perto de edifício terão sido essenciais. Computadores foram vendidos na Baixa de Lisboa.

Em menos de uma semana, a PSP conseguiu encontrar o suspeito de ter assaltado a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (MAI) – que foi detido esta segunda-feira em Lisboa e começou a ser ouvido esta terça-feira por um juiz de instrução criminal, devendo ficar a conhecer em breve as medidas de coação. Neste momento, as autoridades continuam a tentar recuperar os oito computadores roubados e que, entretanto, o suspeito já tinha vendido. Ainda assim, a investigação que está a cargo da Divisão de Investigação Criminal foi dificultada pelo facto de as câmaras de videovigilância instaladas no edifício do MAI, na rua de São Mamede, não estarem a funcionar na passada quarta-feira.

Foi, por isso, aliás, que a PSP não conseguiu ter imagens da chegada e da fuga do assaltante, o que poderia ter permitido uma identificação mais rápida do suspeito. Este terá, tal como o Observador avançou na semana passada, utilizado os andaimes do prédio contíguo que estava em obras e, a partir daí, terá conseguido entrar dentro da Secretaria-Geral do MAI através de uma das janelas do último andar. Sem imagens, apurou o Observador junto de fonte próxima do processo, a PSP teve de pedir imagens de câmaras de vigilância de vários edifícios que ficam perto daquela secretaria-geral. Aconteceu, por exemplo, com restaurantes.

As câmaras de vigilância da secretaria-geral do MAI não estariam a funcionar durante a noite do assalto

DIOGO VENTURA/OBSERVADOR

E foi graças a estas imagens, algumas captadas a largos metros do local assaltado, que a investigação da PSP conseguiu ver o homem de 39 que está neste momento detido. Além disso, fonte ligada ao processo admite ainda que o suspeito possa ter deixado para trás algum objeto que o identificava, o que poderá ter também facilitado a sua identificação. Certo é que o homem de 39 anos, depois de ter conseguido entrar no edifício – tudo indica que tenha sido pelas 5h da passada quarta-feira –, remexeu vários gabinetes, incluindo os dos principais responsáveis, acabando por levar oito computadores, sendo um deles utilizado por Teresa Costa, secretária-geral adjunta, e outro pelo responsável pela área informática.

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Durante cinco dias, a PSP analisou as imagens das câmaras das proximidades, o rasto deixado pelo assaltante e chegou então à identidade de um português, com antecedentes criminais e que, segundo apurou o Observador, não tem morada fixa. “Foi detido na rua”, acrescentou a mesma fonte. E, a somar ao facto de ser uma pessoa em situação de sem-abrigo, a PSP confirmou um histórico de consumo de droga e acredita que este foi um crime de oportunidade, afastando cada vez mais a hipótese de existir intenção de obter informação sensível e confidencial do Estado.

Edifício tem sempre um agente da PSP à entrada, mesmo durante a noite

DIOGO VENTURA/OBSERVADOR

Vendeu os computadores no dia do assalto

O suspeito terá levado os oito computadores da secretaria-geral do MAI durante a madrugada de quarta-feira e, durante esse mesmo dia, terá vendido todos os equipamentos na rua, no centro de Lisboa, a um grupo seu conhecido. A zona onde foram vendidos os equipamentos — o Largo de São Domingos — é, aliás, conhecida pelo comércio ilegal de vários produtos – incluindo a compra e venda de droga, roupa e equipamentos eletrónicos.

Secretaria-geral do Ministério da Administração Interna foi assaltada. Ladrões remexeram gabinetes e levaram 8 computadores de responsáveis

Depois de identificado o suspeito, a PSP rapidamente chegou ao local onde foram vendidos os computadores que, segundo explicou o Ministério da Administração Interna em comunicado na semana passada, não estariam todos a ser utilizados, já que alguns serviam apenas de reserva. Já estará também identificado o comprador, sendo esta a fase atual da investigação: a de recuperação dos computadores.

Assaltante utilizou os andaimes do prédio em obras para conseguir entrar na secretaria-geral do MAI através de uma das janelas do último piso

DIOGO VENTURA/OBSERVADOR

Até ao momento, e apesar de todas as dúvidas levantadas ao longo dos últimos dias, o ministério liderado por Margarida Blasco ainda não se pronunciou sobre o conteúdo da informação que está nestes computadores. Por isso, não se sabe se existe informação confidencial dentro dos computadores levados na passada quarta-feira. Aliás, o Ministério da Administração Interna ainda não se pronunciou sobre a investigação da PSP, tendo emitido apenas um comunicado no dia em que foi noticiado o assalto, confirmando que foram levados vários computadores. Na semana passada, o Observador questionou este ministério sobre o reforço de segurança naquelas instalações, mas não foi dada qualquer resposta às questões colocadas.

Suspeito tem longa lista de crimes no cadastro, incluindo em França

Assim que foi identificado pela Divisão de Investigação Criminal, a PSP percebeu que este homem já conta com uma longa lista de crimes no seu cadastro. E todos são da mesma natureza que aquele que foi praticado na passada quarta-feira na Secretaria-Geral do MAI. Segundo apurou o Observador, estão na lista crimes de furto de carros, furto simples, furto qualificado, extorsão e violação de domicílio — muitos praticados no ano passado e este ano.

Suspeito de assaltar Secretaria-Geral do MAI esteve preso em França por crimes de furto e fugiu da prisão. Computadores foram vendidos

Mas os crimes não ficam só pela cidade de Lisboa. Como também adiantou ao Observador outra fonte próxima do processo, este homem de 39 anos esteve detido em França e chegou mesmo a fugir da cadeia onde estava a cumprir pena pelo mesmo tipo de crimes. Apesar da fuga, o suspeito terá acabado por cumprir as penas a que foi condenado pela justiça francesa, não existindo neste momento nenhum mandado internacional de detenção, sabe o Observador.

Suspeito conta com uma longa lista de crimes no cadastro, todos da mesma natureza que aquele que foi praticado na semana passada. Segundo apurou o Observador, estão incluídos crimes de furto de carros, furto simples, furto qualificado, extorsão e violação de domicílio -- muitos praticados no ano passado e este ano.

Possivelmente antes de ter decidido ir para França, este homem também foi constituído arguido pela prática, em co-autoria, de um crime de furto qualificado no Fundão. Segundo apurou o Observador, foi publicado um aviso de contumácia em 2004 em seu nome — há 20 anos –, altura em que o agora suspeito do assalto à Secretaria-Geral tinha 19 anos. Estes avisos são emitidos pelo juiz responsável pelo caso quando não é possível notificar o arguido ou proceder à sua detenção, precisamente por não ser conhecido o seu paradeiro.

 
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