Seja nas traseiras de uma loja de ferragens, a um passo do mar, no cimo de umas escadas à beira rio ou num palacete romântico do século XIX: as esplanadas, finalmente, reabriram.
A evolução da pandemia em Portugal aparenta ter estabilizado o suficiente para os especialistas no assunto darem luz verde para o regresso aos restaurantes, cafés, padarias e afins mas, por muito que ainda seja só um retomar parcial, limitado aos espaços exteriores, é mais do que boa notícia, tanto para os clientes desertos de apanhar ar e aproveitar o bom tempo dos últimos dias como para o setor da restauração que ainda atravessa um momento delicado.
De norte a sul do país, vários negócios, de todas as formas e feitios, montaram as suas mesas exteriores — limitadas a quatro pessoas, como manda a regra — e, com todo o respeito pelo distanciamento de segurança, querem voltar a vê-lo. São largas centenas (talvez até milhares) os espaços que se encaixam neste exemplo mas, perante a impossibilidade de enumerar todos eles, nas linhas que se seguem aparecem apenas 27 dos melhores ou mais diferentes. Dê-lhes uma oportunidade e, mesmo que nenhum deles lhe encha as medidas, regresse aos que já conhece e gosta e aproveite este gostinho a liberdade.
Plano
Rua da Bela Vista à Graça, 126, Lisboa. Segunda a sexta-feira, das 12h30 às 15h30. Reservas em 933 404 461 ou reservas@planorestaurante.com. Preços entre os 45€ e os 115€ (só menu de degustação).
O primeiro projeto a título próprio do chef Vítor Adão é um oásis no meio da cidade: um pátio amplo, caiado de branco e com direito a piscina e muito verde. É neste cenário que vai poder almoçar, sempre que as condições meteorológicas assim o permitirem, e provar um dos dois menus de degustação que o chef tem disponível — um com cinco e outro com nove momentos. Os pratos mantêm-se fiéis à identidade gastronómica de Adão: forte influência portuguesa, especialmente da zona de Trás-os-Montes (o berço de Vítor), sob um olhar mais contemporâneo. O pairing de vinhos está disponível e acresce em 30 ou 40 euros o valor dos menus (o de cinco e o de nove pratos, respetivamente).
![](https://bordalo.observador.pt/v2/q:84/rs:fill:1300:730/c:1300:730:nowe:0:116/plain/https://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2021/04/07133743/unnamed-1.jpg)
▲ O Plano, do chef Vítor Adão, vai dar uso ao seu enorme pátio privado.
Pigmeu
Rua 4 de Infantaria, 68, Lisboa. Segunda a sexta-feira, das 12h às 15h e das 18h30 às 22h. Reservas em www.pigmeu.pt/reservas. Preço médio 30€.
O restaurante que se orgulha de servir “de tudo um porco” volta a receber amantes de tudo o que tenha a ver com estes animais, sempre banhados com os chamados vinhos naturais. Este projeto de Miguel Peres que esteve em constante mudança e adaptação às limitações da pandemia (criou uma espécie de mercearia própria, por exemplo) vai apresentar um “best of” dos pratos mais populares do espaço e juntar-lhes algumas novidades do Reco Reco, projeto de take-away e delivery que criou recentemente. Conte com sugestões como os deliciosos pastéis de massa tenra da avó Mercedes (4 uni., 7,20€), o katsu sando (14€), a grãozada com cabeça fumada (12,9€) ou a famosa bifana “Porcalhona de Campo de Ourique” (7,50€).
![](https://bordalo.observador.pt/v2/q:84/rs:fill:1300:732/c:1300:732:nowe:0:50/plain/https://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2021/04/08155818/169403563-2648661178757464-7222250754307985549-n.jpg)
▲ A esplanada do Pigmeu não é a maior mas recebe muito bem.
D.R.
Vino Vero
Travessa do Monte, 30, Lisboa. Segunda à sexta-feira, das 16h às 22h. Reservas em 218 863 115. Preço médio 25€.
O irmão lusitano do original veneziano tornou-se poiso sagrado para os amantes do chamado vinho natural (de intervenção mínima, produção biológica, etc), nacional e internacional, muito por culpa também dos petiscos criativos que foram servindo também. Com a luz verde para a reabertura das esplanadas não hesitaram em voltar a receber clientes, ainda para mais porque a rua onde se encontram foi totalmente remodelada e melhorada e há ainda mais condições para trazer os pratos e os copos cá para fora. A ementa é muito sazonal por isso muda com frequência. Em tempos já serviram misturas como cogumelos à Bulhão Pato (6€), polvo com batata (11€) ou gaspacho com cereja (5€), a par das tábuas de queijos e enchidos. Assim sendo, tome essas referências como exemplo e avance sem medo para a sua reserva.
![](https://bordalo.observador.pt/v2/q:84/rs:fill:1300:729/c:1300:729:nowe:0:141/plain/https://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2021/04/07133203/119570923-328040468512117-3900640433883498904-n.jpg)
▲ O bar de vinho Vino Vero vai voltar a receber clientes na sua esplanada.
O Frade
Calçada da Ajuda, 14, Lisboa. De terça-feira a domingo, das 12h às 15h e das 19h às 22h30. Reservas em 939 482 939. Preço médio 25€.
Apesar de morar na zona de Belém, este O Frade é uma verdadeira embaixada alentejana no que toca a comeres e beberes. Sob a batuta do jovem chef Carlos Afonso, esta casa apostou na comida típica desta zona do país mas feita de forma mais contemporânea, com truques e técnicas de quem passou muitos anos em alguns dos melhores restaurantes Michelin de Portugal e o mundo. Desengane-se quem achar que isso é sinónimo de formalismo — nada disso. O famoso balcão onde atendiam os seus clientes deu lugar a uma totalmente nova zona de esplanada onde já vai poder provar delícias como o tártaro de carne maturada, umas línguas de bacalhau, o pica-pau de porco Alentejano ou o sarrajão marinado.
![](https://bordalo.observador.pt/v2/q:84/rs:fill:1300:730/c:1300:730:nowe:0:268/plain/https://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2021/04/08160436/159480656-3860639620666280-5600500210322251632-n-1.jpg)
▲ Foi na zona de passeio no lado esquerdo que O Frade cresceu - é aí que agora mora a nova esplanada.
Comida Independente
Rua Cais do Tojo, 61, Lisboa. De terça a sexta-feira, das 15h às 22h (sábado e domingo das 10h às 17h). Preço médio de 10€.
Quem disse que uma mercearia só pode vender comida e bebida para desfrutar em casa? Com a ordem de soltura que foi dada à utilização de esplanadas, vários negócios puseram cá fora as suas mesas e cadeiras de rua — e esta Comida Independente foi um deles. Sempre aliou à venda de produtos de pequenos produtores portugueses uma componente “wine bar” (com um ou outro petisco) e isso tudo está de volta. Passe por aqui e beba um copo de vinho na companhia de uma deliciosa sanduíche de pastrami caseiro.
![](https://bordalo.observador.pt/v2/q:84/rs:fill:1300:732/c:1300:732:nowe:0:241/plain/https://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2021/04/08161300/captura-de-ecra-2021-04-08-as-161227.jpg)
▲ Porque não fazer umas compras e comer ou beber alguma coisa antes de voltar para casa?
Petisco Saloio
Av. Barbosa Du Bocage, 38, Lisboa. Segunda a sexta-feira, das 12h às 15h e das 19h às 22h30. Reservas em 913171965 ou 912832608. Preço médio de 20€.
Clássicos são clássicos e é precisamente nesse departamento que o lisboeta Petisco Saloio se especializa em comida típica portuguesa. Esta casa tradicional gerida por uma equipa muito jovem regressou em força ao serviço de esplanada e está a apresentar dois menus completos: ao almoço têm um a 8,50€ e à noite outro de 20€, tudo sempre apoiado pela carta de petiscos da casa com sugestões com o pica pau de novilho (6,90€), língua de vaca estufada (7,90€) ou salada de bacalhau (8,90€).
![](https://bordalo.observador.pt/v2/q:84/rs:fill:1300:733/c:1300:733:nowe:0:320/plain/https://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2021/04/08162005/captura-de-ecra-2021-04-08-as-161452.jpg)
▲ Boa comida tradicional portuguesa é o que vai encontrar na esplanada do Petisco Saloio.
Tati
Rua Carrilho Videira, 20B, Lisboa. De segunda à sexta-feira, das 17h às 22h30. Reservas em 218 142 467. Preço médio 20€
Em tempos existiu na zona do Cais do Sodré um sítio mítico onde músicos de jazz improvisavam em jam sessions e comensais petiscavam e bebiam (bom) vinho dia e noite. Quis o boom turístico e especulativo que esse sítio fechasse portas mas, há quase um ano, essa casa reabriu com o mesmo espírito (mas sem a música, pelo menos por enquanto) num novo poiso. Falamos do Café Tati, casa de petiscos criativos e vinhos de todo o mundo que agora existe na zona da Penha de França. A sua esplanada generosa reabriu e na carta pode encontrar sugestões como patê de morcela e côco (5,50€), cachaço de porco com mostarda e alcaparras (7€), favas com aipo e morangos (6€) e muito mais. Passe por lá (reserve primeiro) e delicie-se.
![](https://bordalo.observador.pt/v2/q:84/rs:fill:1300:732/c:1300:732:nowe:0:77/plain/https://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2021/04/07133403/124981410-3947874441889613-2949580852867173854-n.jpg)
▲ O Tati está de volta com os habituais vinhos e petiscos.
Isco
Rua José d’Esaguy, 10D, Lisboa. Todos os dias, das 8h às 19h. 211 345 751. Preço médio 10€.
Na lista dos pequenos prazeres da vida, tomar o pequeno-almoço numa esplanada ao ar livre estará seguramente perto do topo. Numa das ruas movimentadas do bairro de Alvalade mora esta casa de padaria feita com recurso a fermentações lentas e naturais, seja de enormes pães de trigo e centeio ou de bolos e outras guloseimas. Até há pouco tempo estes produtos estavam todos disponíveis para entrega ao domicílio ou para compra in loco mas agora volta a ser possível acompanhar umas torradas com um belo café sentado na modesta zona exterior do Isco. Passe por lá e deixe-se levar pelas guloseimas.
![](https://bordalo.observador.pt/v2/q:84/rs:fill:1391:780/c:1391:780:nowe:0:195/plain/https://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2021/04/08163904/captura-de-ecra-2021-04-08-as-163642.jpg)
▲ Na esplanada da padaria Isco vai poder provar guloseimas deste género e depois levar um pão de massa mãe quentinho para casa.
Ruvida Restaurante
Praça da Armada, 17, Lisboa. De segunda a sexta-feira, das 12h às 15h30 e das 18h30 às 22h30. Preço médio 35€.
Parece que são o melhor restaurante italiano da península Ibérica e quem o diz é o prestigiado guia gastronómico italiano Il Gambero Rosso. Se nunca ouviu falar e tem curiosidade de conhecer este projeto de um casal italiano que se mudou de Bolonha para Lisboa não perca tempo e aproveite a ótima esplanada que têm montada à frente do seu restaurante, na zona de Alcântara. Toda a massa que lhe for servida (e não só, na verdade) é totalmente feita à mão, todos os dias. Prepare-se para encontrar alguns clássicos como o Ragú, por exemplo, mas também alguns pratos e produtos tradicionais italianos que para a maioria dos portugueses são desconhecidos.
![](https://bordalo.observador.pt/v2/q:84/rs:fill:1300:730/c:1300:730:nowe:0:377/plain/https://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2021/04/08163754/captura-de-ecra-2021-04-08-as-163548.jpg)
▲ Massa fresca, feita à mão todos os dias, é o que vai encontrar na esplanada do Ruvida.
Musa
(Fábrica Musa) Rua do Açúcar, 83, Lisboa. De segunda a sexta-feira, das 15h às 22h30. Reservas em 926 710 072. Preço médio 20€. || (Musa da Bica) Calçada Salvador Correia de Sá, 2A, Lisboa. De segunda a sexta-feira, das 15h às 22h30. Reservas em 213 420 201. Preço médio 20€.
Falar da cerveja artesanal Musa é o mesmo que falar dos seus dois espaços de comida e bebida, a Fábrica (que, como o próprio nome indica é o sítio onde é feita a cerveja) e a Bica. Depois de terem estado nos últimos tempos em modo take-away e delivery agora finalmente reabrem os seus espaços exteriores para servir comida que pede sempre a companhia de uma geladinha. Na Fábrica vai poder contar com sugestões como a gulosa sanduíche de picanha com molho chimichurri ou os espetinhos de corações de galinha. Já na Bica tem a decadente sanduíche de almôndegas, o clássico fish & chips.
![](https://bordalo.observador.pt/v2/q:84/rs:fill:1280:720/c:1280:720:nowe:20:5/plain/https://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2021/04/07133508/musapandemonio-dianamendes-76.jpg)
▲ Porque não comer e beber alguma coisa na esplanada de uma fábrica de cerveja?
Bômau
Rua Alexandre Herculano, 61, Lisboa. De segunda a sexta-feira, das 11h às 22h30. Reservas em 911 818 358. Preço médio 20€.
Uma das coisas fascinantes do mundo da restauração é a forma como o mundo inteiro consegue encaixar dentro das quatro paredes de uma casa de comidas e bebidas: nesse campeonato, o Bômau, é um bom exemplo disso. Criado por um casal natural da Índia mas que viveu vários anos na Califórnia antes de se mudar para Portugal, este restaurante é o concretizar de um sonho, o de juntar na mesma ementa especialidades de cantos do planeta tão distintos como México, Japão, Médio Oriente e muito mais. Depois de um período de confinamento que foi aproveitado para criar e idealizar novos pratos, o Bômau volta a receber clientes na sua esplanada. O universo sem fim dos cogumelos foi a inspiração mais recente que os fez introduzir estes fungos de diversas formas na sua oferta — veja-se o slider de cogumelos biológicos com cebola, molho chipotle e salada cítrica ou a salada sazonal, também com base de cogumelos ostra e com um molho de sésamo torrado e verduras frescas.
![](https://bordalo.observador.pt/v2/q:84/rs:fill:1300:732/c:1300:732:nowe:0:116/plain/https://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2021/04/07144412/dsc06527-1.jpg)
▲ É nos arredores da zona do Rato, em Lisboa, que encontra o Bômau e a sua esplanada.
Sala de Corte
Praça Dom Luís I, 7, Lisboa. De segunda a sexta-feira, das 12h às 16h e das 19h às 21h (sábado e domingo das 9h às 13h). Preço médio 30€.
O terreno de jogo do chef Luís Gaspar volta ao ativo, em modo serviço exterior (claro), para voltar a servir a Lisboa e arredores os melhores pratos de carne da cidade. A especialidade da casa é a proteína animal — daqueles de quatro patas que fazem “Múúú” — e é por lá que encontra especialidades como um belo chuletón (85€/kg) ou a mais simples salada de rosbife (15€). Durante o fim de semana esta casa vai aproveitar para propor um serviço de brunch, das 9h às 12h, seguindo daí para a frente (entre as 12h e as 13h) com serviço à carta normal.
![](https://bordalo.observador.pt/v2/q:84/rs:fill:1300:732/c:1300:732:nowe:0:86/plain/https://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2021/04/07133623/screenshot-2021-03-31-at-110906.jpg)
▲ A Sala de Corte, do chef Luís Gaspar, vai passar a servir os seus pratos de carne ao ar livro.
Zero Zero
Rua da Escola Politécnica, 32, Lisboa. De segunda a sexta-feira das 12h às 16h e das 19h às 21h (sábado e domingo das 9h às 13h). Preço médio 20€.
A chegada do tempo quente convida à utilização das esplanadas — ainda bem que reabriram — e para complementar esse cenário idílico nada melhor que uma bela pizza tradicional italiana. É precisamente neste campeonato que a Zero Zero se destaca (as várias que existem espalhadas pela cidade de Lisboa e que reabrem as suas zonas exteriores) como boa casa para pizzas de base fina e com os melhores produtos tradicionais italianos. Entre a clássica Margherita (11,50€) e a mais criativa Tonno e Cipolla (15,50€), com atum, cebola e mozzarella. Se preferir, claro, também tem algumas pastas e saladas por onde escolher.
![](https://bordalo.observador.pt/v2/q:84/rs:fill:1300:731/c:1300:731:nowe:0:64/plain/https://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2021/04/07133703/screenshot-2021-03-31-at-111932.jpg)
▲ Os vários espaços exteriores da pizzaria Zero Zero reabriram.
Soão
Avenida de Roma, 100, Lisboa. De segunda a sexta-feira, das 12h30 às 15h e das 19h às 22h. Preço médio 35€.
Está também de regresso aquele que muitos classificam como um dos melhores restaurantes asiáticos da cidade, o Soão. Do sushi à street food, não há cantinho asiático que fique por explorar — até cocktails com uísque de Taiwan, por exemplo, vai encontrar — e isso tudo vai poder voltar a ser-lhe servido in loco na aconchegante e nova esplanada desta casa. Conte, portanto, com sugestões como o bao de carne wagyu e amendoim (10€), o caril verde ou vermelho (16 ou 17€) ou até o clássico Pad Thai de frango (18€) ou camarão (19€).
![](https://bordalo.observador.pt/v2/q:84/rs:fill:1300:731/c:1300:731:nowe:0:447/plain/https://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2021/04/07133320/123390120-1036421896802700-7015915235950774783-n.jpg)
▲ O restaurante asiático Soão montou uma explanada nova que agora reabre.
O Prego da Peixaria
(Alvalade) Avenida da Igreja, 34, Lisboa; (Saldanha) Avenida Praia da Vitória, 77B, Lisboa; (Algés) Praceta Professor Alfredo de Sousa, 5A, Algés. Reservas em 212 697 980, 213 540 360 e 217 651 591 (respectivamente). De segunda a sexta-feira, das 12h30 às 15h30 e das 19h às 22h . Preço médio 15€.
Aqui temos mais um regresso de um clássico. O Prego da Peixaria já conta com vários anos de sucesso e a prova disso é a quantidade de espaços da mesma marca que foram abrindo por toda a cidade de Lisboa e arredores. São três, no total, e todos eles voltaram a receber clientes nas suas zonas exteriores. Seja em Alvalade, Algés ou no Saldanha não vão faltar pratos como o clássico prego de salmão e choco em bolo do caco com tinta de choco (9,50€), o de camarão (9,50€) ou até o pica-pau de atum (8,50€).
![](https://bordalo.observador.pt/v2/q:84/rs:fill:1300:732/c:1300:732:nowe:0:395/plain/https://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2021/04/07133234/122554509-1721588174682219-2914611311620294453-n.jpg)
▲ Os espaços do Prego da Peixaria estão de volta.
Pasta Non Basta
(Alvalade) Rua Marquesa de Alorna, 17B, Lisboa. (Avenidas Novas) Avenida Elias Garcia, 180B, Lisboa. Reservas em 21 584 6772 e 217 979 214 (respetivamente). De segunda a sexta-feira, das 12h às 22h30 (fins de semana das 12h às 13h). Preço médio 20€
Ainda no campeonato dos italianos encontramos os dois espaços Pasta Non Basta, grupo de jovens portugueses que se dedicam a reconfortante e saborosa comida tradicional italiana. Com o “ok” para a reabertura das esplanadas não quiseram perder tempo e não só estrearam uma nova zona de esplanada coberta no espaço de Alvalade (o outro fica na Avenida Elias Garcia) como decidiram funcionar em horário contínuo, de manhã à noite, com fins de semana incluídos. Conte então com pratos como a bruschetta de presunto de parma com burrata (8,50€), os gnocchi com molho de tomate (8€), a clássica carbonara (13€) e todo um manancial de pizzas de vários sabores.
![](https://bordalo.observador.pt/v2/q:84/rs:fill:1300:731/c:1300:731:nowe:0:66/plain/https://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2021/04/07133737/screenshot-2021-04-05-at-111444.jpg)
▲ A nova esplanada coberta do Pasta Non Basta de Alvalade.
Panca
Rua do Padrão, 152 (Porto). 22 618 0602. Segunda a sexta, das 12h30 às 15h; das 18h às 22h30
Foi em 2016 que dois chefs sul americanos inauguraram a primeira cevicheria do Porto e arredores. Um é Camilo Janã, o chileno que comanda as cozinhas do Cafeína e da Casa Vasco, na Foz, outro é Ruy Leão, o brasileiro que pôs de pé a Shiko Tasca Japonesa, na Batalha, e, mais recentemente, a Tasca Asiática, também na Foz. Ambos aterraram no Norte há 15 anos, numa altura em que o país pouco ouvia falar do ceviche, o prato frio tipicamente peruano feito com peixe cru, cortado e marinado em sumo de lima. Começaram por abrir um espaço pop up no Parque da Cidade, em 2017 chegaram à baixa do Porto, acabando por fechar portas dois anos depois. O conceito regressa agora e instala-se nos 18 lugares da esplanada da Casa Vasco, pelo menos até ao dia 18 de abril, sendo provável que este verão ganhe outras moradas. A oferta mantém-se intocável: ceviches de peixe branco e salmão, regados com leite de tigre e acompanhados com purés de bata doce, abacate, aipo e pasta de sésamo, e, claro, as empanadas de carne com chili, camarão e queijo. Brinde a esta panca com pisco sour feito na casa.
![](https://bordalo.observador.pt/v2/q:84/rs:fill:1440:1437/c:1440:1437:nowe:0:0/plain/https://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2021/04/07113732/casa-vasco.jpg)
▲ Sente-se neste cantinho na Foz e deixe-se levar pelo ceviche e as empanadas da dupla de chefs sul americanos
Kug
Rua D. Manuel II, 178 (Porto). 22 099 3829. Segunda a sexta, das 12h às 22h; sábado e domingo, das 9h30 às 13h
Kitchen & Urban Garden é o significado do nome deste espaço um tanto ou quanto secreto em plena baixa do Porto. O Kug ocupa o rés-do-chão do Oporto Loft, um hotel aberto há cinco anos, vizinho do Palácio de Cristal, fica longe da confusão e privilegia o contacto com a natureza, onde os animais são bem-vindos e não faltam almofadas, puffs e baloiços para relaxar. O estrelado chef Rui Paula, da Casa de Chá da Boa Nova, em Leça da Palmeira, desenhou um menu especial que inclui propostas vegetarianas, arrojadas ou mais tradicionais, como o hambúrguer de lavagante, a pescada com risotto de lima, o polvo à lagareiro ou os ovos rotos. Ao fim de semana, vá em jejum e peça o brunch de um verdadeiro campeão com direito a ostras, ceviche de robalo, rosbife, bola de Berlim banoffee e um cocktail com ou sem álcool. No bar, reinam também vinhos nacionais, biológicos e de pequenos produtores.
![](https://bordalo.observador.pt/v2/q:84/rs:fill:4096:3277/c:4096:3277:nowe:0:0/plain/https://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2021/04/07113748/dsc00691-scaled.jpg)
▲ Com 2500 metros quadrados, o jardim do Kug tem direito a pratos do chef Rui Paula para desconfinar ao som dos passarinhos
Miradouro Ignez
Rua da Restauração, 252 (Porto). 93 522 4000. Segunda a sexta, das 11h às 22h30
Este era um dos locais preferidos do casal Iker Casillas e Sara Carbonero quando viviam no Porto e não admira, a paisagem altamente instagramável sobre o Douro e Vila Nova de Gaia falam por si. A esplanada do Ignez é protegida do típico vento do norte e nos 60 lugares disponíveis servem-se pratos 100% vegan, como a salada de rabanete e beterraba ou o hambúrguer de grão de bico, cogumelos e espinafres, mas também bebidas para todos os gostos, da famosa cerveja às sangrias mais elaboradas feitas com espumante. A partir do dia 19 de abril, o piso inferior terá direito a um restaurante comandando pelo chef José Pinto, onde a cozinha tradicional portuguesa dá nas vistas em pratos como o bacalhau com húmus de grão, o bife de alcatra com redução de vinho do Porto ou molho de queijo brie, o camarão com manga servido em tostas de milho ou o cheesecake de matcha. De barriga cheia, atente às intervenções de arte urbana, com assinatura portuense, espalhadas pela rua da Restauração.
![](https://bordalo.observador.pt/v2/q:84/rs:fill:2000:1333/c:2000:1333:nowe:0:0/plain/https://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2021/04/07113731/121154313-905773579830384-8024615147684384459-n.jpg)
▲ Protegida do vento e com um restaurante prestes a inaugurar, a esplanada deste miradouro mantém a distância e a vista postal
Nuno Grilo
Lapa Lapa
Avenida do Brasil, Praia do Molhe (Porto). 22 610 8011. Segunda a sexta, das 12h às 22h30; sábado e domingo, das 10h30 às 13h
Se para si uma boa esplanada é sinónimo de estar à beira-mar, saiba que este restaurante/bar, construído numa pérgola e a um passo da praia, devolveu alguma vida à zona do Molhe, na Foz. Com 50 lugares disponíveis, a esplanada é pincelada com tons quentes que fazem lembrar Marrocos, as cadeiras têm padrões às riscas, as plantas crescem em vasos XXL e há velas distribuídas em castiçais. Numa carta ampla assinada pelo chef Luís Américo, recheada de sugestões de carne e peixe na brasa, marisco, tártaros, pizzas e comida saudável, há novidades que apelam à partilha amigável e ao finger food, como é o caso das sandes de rosbife ou camarão ou dos tacos de atum e salmão, sendo que o polvo no forno com mandioca é uma das aposta da estação. Para garantir o seu lugar neste poiso com cheiro a maresia e vista para a cozinha a olho nu, é melhor reservar com antecedência, pois a procura costuma impor respeito.
![](https://bordalo.observador.pt/v2/q:84/rs:fill:1280:854/c:1280:854:nowe:0:0/plain/https://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2021/04/07115238/lapa.jpg)
▲ Envidraçada e climatizada, a esplanada do Lapa Lapa é ideal para os que gostam de namorar o mar
Praça
Rua de Agramonte, 248 (Porto). 22 600 0360. Segunda a sexta, 12h às 22h30
A zona da Boavista está cada vez mais apetecível, gastronomicamente falando, e o Praça é um bom exemplo disso. Conhecido pela decoração descontraída, onde a Iemanjá convive com um dos sete anões da Branca de Neve, pelas tostas XXL feitas com pão rústico, o guacamole e, claro, os mojitos servidos em copos generosos, o restaurante tem uma pequena esplanada colorida, ideal para boas conversas a céu aberto. À mesa pode esperar rissóis de cogumelos e maionese de trufa, bombas de vitela galega com mostarda, batatas bravas ou croquetes de camarão e kimchi para começar. A carta tem influências que tocam os quatro cantos do mundo, como provam o fried rice, o pad thai ou o yakisoba, noodles de ovo, legumes e tofu. Para os mais carnívoros, há uma seleção de hambúrgueres com carne alentejana DOP, em pão brioche ou cristalino — uma espécie de pão de água alto e leve –, mas também peito de frango ou pulled pork com queijo cheddar. Ao finalizar a refeição, não se esqueça de pedir a bolacha negra com chocolate 70% e caramelo salgado ou o copo de iogurte grego com curd de maracujá ou limão.
![](https://bordalo.observador.pt/v2/q:84/rs:fill:1280:1707/c:1280:1707:nowe:0:0/plain/https://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2021/04/07115007/atkjr-yw.jpg)
▲ Com influências dos quatro cantos do mundo, o Praça migrou da baixa para a Boavista e a sua esplanada tem sempre banda sonora
WOW
Rua do Choupelo, 39 (Vila Nova de Gaia). 22 012 1200. Segunda a sexta, das 12h às 22h; sábado e domingo, das 9h às 13h
Aberto desde o verão passado, o World of Wine junta experiências museológicas, restaurantes, uma escola de vinho e várias lojas com produtos portugueses, dos sabonetes à cortiça, com uma vista sobre o Porto digna de um postal. Na praça central, onde todas as noites é exibido um vídeomapping temático, misturam-se, com a devida distância, esplanadas de quarto restaurantes diferentes. O VP, especialista em pratos tipicamente portugueses, do bacalhau com natas ao arroz de pato, o The Golden Catch, para os fãs do peixe da costa, do salmão ao robalo, o Root & Wine, com uma oferta vegetariana que vai do cevadotto ao caril de legumes, e o T&C, onde pode pedir a típica francesinha com um upgrade chamado vinho do Porto. Para ajudar a digestão, visite um dos museus do espaço e leve para casa uma tablete de chocolate da Vinte Vinte, uma marca produzida dentro de portas.
![](https://bordalo.observador.pt/v2/q:84/rs:fill:1280:853/c:1280:853:nowe:0:0/plain/https://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2021/04/07114910/hirfrbsg.jpg)
▲ Com várias opções para comer e beber, a praça central do WOW convida a apreciar a vista do Porto do lado de Gaia
Aduela
Rua das Oliveiras, 36 (Porto). 22 208 4398. Segunda a sexta, das 10h às 22h30; sábado, das 10h às 13h
“Servimos quase tudo” é o que se lê à porta desta taberna-bar em plena baixa portuense, famosa pelo ambiente descontraído e especialmente concorrida quando o sol se põe. Situado entre o Teatro Carlos Alberto e as quase devolutas Galerias Lumière, o Aduela é rei e senhor da moda do vinho a copo, tem mais de 20 referências diferentes só em vinho branco e o selo nacional está quase sempre presente nas garrafas. Para petiscar, há tapas para partilhar, conservas portuguesas, tábuas de queijos, tostas abertas e bolos caseiros diferentes todos os dias para os mais gulosos. Ao sábado, pode contar com um brunch de 10€ totalmente personalizado, onde os ovos com espargos e bacon, a bowl de iogurte, muesli e fruta laminada, as torradas com doce, o sumo de laranja ou até mesmo uma flute de champagne são opções. A esplanada, composta por mobiliário de madeira, distribuída sobre uma oliveira que dá nome à rua, está reduzida, embora os que teimam em desconfinar não se importem de ficar de pé.
![](https://bordalo.observador.pt/v2/q:84/rs:fill:1280:853/c:1280:853:nowe:0:0/plain/https://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2021/04/07121608/gi.jpg)
▲ Aos fins de semana o Aduela aposta no brunch com um preço fixo de 10€ @Pedro Granadeiro/GI
Guindalense
Escadas dos Guindais, 43 (Porto). 22 203 4246. Segunda a sexta, das 12h às 21h
Há 45 anos nasceu uma das coletividades mais carismáticas do Porto: o Guindalense. Situado nas escadas dos Guindais, um dos bairros mais emblemáticos da Sé, o clube mantém o espírito bairrista e as atividades culturais, mas, no futuro, quer reconstruir a sede e voltar ao desporto. A coletividade é dona de uma esplanada generosa com uma vista privilegiada sobre o rio Douro, a Serra do Pilar, a muralha fernandina e a ponte Luís I. Já foi visitada pelo primeiro-ministro e até por atores internacionais, é bastante concorrida nas noites de São João e ponto de encontro de estudantes universitários durante as tardes de sol. Há mesas de matrecos, um papagaio de estimação e cerveja da Madeira, a Coral, à venda. Ao contrário de outras associações da cidade, o Guindalense abre as portas gratuitamente a todos os que se quiserem sentar e pedir um fino, um prato de tremoços, um cachorrinho partido milimetricamente ou uma tosta mista com queijo a derreter pelas bordas, como manda a gula.
![](https://bordalo.observador.pt/v2/q:84/rs:fill:3200:2136/c:3200:2136:nowe:0:0/plain/https://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2021/03/09103628/4op-0245.jpg)
▲ O Guindalense é um clássico para os adeptos de esplanadas típicas, modestas e sem truques
Octavio Passos/Observador
Torel Palace Porto
Rua de Entreparedes, 42 (Porto). 22 069 0559. Segunda a sexta, das 12h às 22h30
Se é fã de esplanadas de hotéis, onde o requinte e a discrição são dois ingredientes primordiais, então o Torel Palace Porto será uma boa paragem na sua rota. Este palacete do século XIX, convertido em hotel no ano passado, está repleto de frescos centenários retocados à mão nas paredes, bustos trabalhados e embutidos no teto de Luís de Camões, Alexandre Herculano, Aquilino Ribeiro ou Almeida Gerrett e uma claraboia gigante dá nas vistas no topo do edifício. O restaurante do hotel fica na antiga cozinha do palacete e a sua decoração é inspirada no livro “Ensaio Sobre a Cegueira” de José Saramago, já no Blind Terrace, zona exterior onde é possível fazer refeições ou simplesmente beber um copo, conte com paredes verdejantes, candeeiros imponentes e uma piscina para hóspedes. É neste ambiente tropical e romântico que até ao fim deste mês poderá experimentar o novo menu de primavera, que inclui pratos como o robalo do Atlântico com xerém – papa feita à base de farinha de milho – ervilhas e citronela ou o frango cozinhado a baixa temperatura com espargos, aipo e alho fermentado.
![](https://bordalo.observador.pt/v2/q:84/rs:fill:1280:989/c:1280:989:nowe:0:0/plain/https://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2021/04/07115039/nnsmpukw.jpg)
▲ Entre neste palacete antigo e atente aos detalhes que homenageiam escritores portugueses @Luís Ferraz
Pátio Bonjardim
Rua do Bonjardim, 400 (Porto). 22 200 2655. Segunda a sexta, das 10h às 18h30; sábado, das 10h às 13h
Esta esplanada é a prova viva que quem passa pelas casas típicas do Porto nunca imagina o que existe nas traseiras. Na loja BFG, fundada em 1990, não faltam ferragens exclusivas, de fabrico manual e feitas por medida, móveis vintage e objetos de decoração em segunda mão, mas basta subir uns degraus para descobrir um antigo armazém restaurado e convertido num pátio silencioso e acolhedor. Ali saltam à vista o painel de azulejos do século XX, a cama de rede e a decoração rústica, marcada por paredes em pedra e vasos suspensos no teto. Ao almoço o menu varia todas as semanas e na restante carta minimalista destacam-se as empadas salgadas de alheira e grelos, os crepes de bacalhau ou camarão, os timbales de frango ou de cogumelos com espinafres, mas também scones e bolos caseiros com combinações que refutam qualquer dieta: amêndoa e chila, iogurte com framboesas ou cenoura com cobertura de chocolate.
![](https://bordalo.observador.pt/v2/q:84/rs:fill:1280:1280/c:1280:1280:nowe:0:0/plain/https://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2021/04/07120857/iesmm9ng.jpg)
▲ Nas traseiras de uma loja de ferragens, há um espaço calmo e tranquilo a céu aberto @Oportocool
Habitat
Rua dos Olivais, 12 (Porto). 96 930 6188. Terça e sexta, das 10h às 19h; sábado e domingo, das 10h às 13h
Há vários anos à frente do Reitoria, restaurante famoso pela carne e pelas focaccias, Frederico Azevedo sentiu, no verão passado, a necessidade de apostar num conceito diferente e escolheu uma casa antiga na zona da Cantareira, na Foz, para instalar o seu novo Habitat. Neste restaurante o fogo é o método de confeção mais popular, tal como a pegada da gastronomia asiática, mas em época de desconfinamento é a esplanada quem mais ordena. Nela poderá ver o rio, o elétrico a passar em direção à Ribeira e deliciar-se com a carta de brunch, disponível durante todo o dia. Arranque com os famosos ovos benedict com bacon, espinafres e molho hollandaise, uma fritata de cogumelos, pimentos e azeite de trufa ou o hambúrguer servido em pão brioche com compota de cebola, queijo cheddar e maionese de alho. Não faltam panquecas, muffins doces, taças de fruta e saladas de burrata, salmão ou opções vegan. Uma das especialidades da casa são as ciabattas, duas fatias de pão italiano achatado com rosbife, Portobello ou mortadela trufada dentro. Para brindar a dias melhores peça um dos smoothies com fruta e legumes ou vá mais longe e escolhe um dos cocktails com álcool.
![](https://bordalo.observador.pt/v2/q:84/rs:fill:2734:1535/c:2734:1535:nowe:0:1706/plain/https://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2021/04/07212136/habitat-005-scaled.jpg)
▲ Quem disse que o brunch é coisa exclusiva do fim de semana? Na esplanada do Habitat pode prová-lo a qualquer dia e a qualquer hora