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O clima de discordância foi-se adensado com a passagem do tempo que António Guterres esteve em Moscovo. O “mensageiro da paz” — assim se classificou o secretário-geral da ONU — não se conteve nas críticas que dirigiu a Sergey Lavrov primeiro e a Vladimir Putin depois. E os encontros, que culminaram no frente-a-frente Putin-Guterres na majestosa mesa de carvalho com seis metros de comprimento, decorada à mão com apontamentos em folha de ouro, foram marcadas por trocas de palavras e momentos de tensão.

Operação especial? Guterres põe os pontos nos is: é uma invasão

É que havia muito mais a separar Vladimir Putin e António Guterres do que a mesa em que o líder da Rússia recebeu esta terça-feira o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Desde logo, a semântica: Guterres não perdoou o facto de o anfitrião se ter referido à guerra na Ucrânia como uma “operação militar especial” — a expressão repetida na narrativa russa há dois meses, que recusa afirmar que o que se vive na Ucrânia é uma guerra. Isto é uma “invasão”, fez questão de deixar bem claro o secretário-geral da ONU.

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