792kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

i

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

Covid-19 bate recordes em Portugal. Radiografia da pandemia em 10 números e outros tantos gráficos para perceber o que se passa

A velocidade da evolução dos contágios. Quem são os novos infetados. Como estão a ocupar os hospitais. Os concelhos com mais casos e com maior risco. Retrato do país que está a bater recordes.

    Índice

    Índice

Esta quinta-feira Portugal bateu novamente o recorde de infeções por Covid-19: 2.101 novos contagiados. É a quinta vez que acontece nos últimos 8 dias. Três delas consecutivamente. No gráfico dos piores 20 dias da pandemia, que entrou no nosso país a 3 de março, há 226 dias, estão 13 desta primeira metade de outubro (e mais 2 de setembro). As últimas semanas batem máximos de média de casos. O número de internamentos também não pára de subir. E quer os especialistas, quer a própria ministra, alertaram que os números podem subir mais e muito rapidamente, atingindo os 3 mil casos diários, avisos que levaram António Costa a anunciar um “abanão” de medidas e a colocar o país em estado de alarme.

Mas afinal o que dizem os números? Qual é o retrato do país neste momento? Que diferenças há desta segunda vaga em relação ao que se passou no pico da pandemia em abril?

Alguns gráficos comparativos permitem perceber a evolução da pandemia no nosso país. Como este que compara semana a semana a média de casos (totais e por região), mortes, internamentos (gerais e em UCI) ou recuperados.

Ou este que permite perceber os piores dias de novos casos de Covid-19 em Portugal num top 20 já completamente dominado por este mês de outubro, que coloca 13 dos seus 15 dias na lista, que inclui também 2 dias de setembro. Os restantes são dois dias de abril e um de março.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O que tem mesmo de saber sobre o coronavírus em Portugal

Mas há outros dados para que vale a pena olhar para se ficar com a ideia completa do que se passa no país. Do novo perfil dos novos infetados, ao crescimento de internamentos, dos concelhos agora com mais casos e dos que têm maior índice de risco ou de como a nossa mobilidade mudou. Só o número de mortes, apesar de estar a crescer, parece estar ainda muito longe do que se verificou em abril.

Nunca houve tantos novos casos como agora

É a principal conclusão que se retira dos relatórios de situação da Direção-Geral da Saúde: com 2.101 infetados contabilizados nas últimas 24 horas, esta quinta-feira, 15 de outubro, é agora o dia em que mais novos casos se registaram em Portugal. Mas se há coisa que os últimos dias ensinaram ao país é que os próximos podem trazer novos recordes. Mais: foi para isso que os especialistas avisaram. Foi isso que a ministra da Saúde anunciou. E foi o que levou o primeiro-ministro a fazer o tal “abanão” das novas medidas: a previsível chegada, e muito rapidamente, dos 3 mil casos diários.

A evolução rápida desta segunda onda da pandemia em Portugal vai claramente nesse sentido. Desde 8 de outubro que o país nunca mais desceu dos mil casos diários. Nos últimos oito dias (ou seja, desde quinta-feira da semana passada), já quebrou o recorde de novos casos de infeção pelo novo coronavírus por cinco vezes. E três delas consecutivas: 1.278 a 8 de outubro, 1.394 no dia seguinte e 1.646 no dia 10.

Até então, Portugal só tinha ultrapassado os mil casos em duas ocasiões: a 31 de março, com 1.035 novos casos, e a 10 de abril, com 1.516 casos diários de infeção pelo SARS-CoV-2, sendo que nesse dia o número só tinha atingido esse pico devido a uma atualização de dados, sendo por isso até enganador. O maior salto em número de novos casos foi registado, no entanto, de terça para quarta-feira desta última semana: o país passou de 1.208 novos casos a 13 de outubro para 2.072 no dia seguinte — uma diferença de 864 contagiados.

O gráfico do número de casos desde que a pandemia chegou a Portugal, a 3 de março

À conta destes números, o Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC) colocou quase todo o país na “zona vermelha” da União Europeia, isto é, aquela onde se tem um maior risco de infeção e pela qual se tem determinado o fecho de corredores aéreos e até de fronteiras. Só três regiões escapam e permanecem na “zona amarela”: o Alentejo, Madeira e os Açores. As contas deste método semáforo são feitos com base nos novos casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias, no número de testes e no número de testes positivos.

A UE pôs Portugal quase todo a vermelho (primeiro mapa, à exceção do Alentejo, Madeira e Açores), no novo sistema de semáforos

Registou-se (outra vez) o maior número de casos ativos

O país atingiu também esta quinta-feira o número mais alto de casos ativos de infeção pelo novo coronavírus. Até à meia-noite de terça-feira, contabilizaram-se 36.085 pessoas infetadas com o SARS-CoV-2. A 10 de abril, no pico da primeira vaga da epidemia, com 15.472 casos identificados no total e com 1.516 novos infetados, o número de casos ativos era 2,44 vezes inferior.

É um número que não cessa de crescer — e que sobe cada vez mais — há dois meses. Esta métrica sofreu uma atualização a 24 de maio, dia em que o número de casos ativos baixou de 21.464 no dia anterior para apenas 11.758. Os números subiram levemente até meados de julho, voltaram a baixar suavemente até meados de agosto e depois dispararam.

Agora temos o dobro de casos ativos do que tínhamos há 32 dias. Antes da entrada na segunda vaga de Covid-19, o maior número de casos ativos que haviam sido registados era de 24.065, identificados a 15 de maio, numa altura em que eram precisos 38 dias para duplicar os valores. Ou seja, o número de infetados em cada dia está a crescer mais rapidamente agora do que crescia na primeira onda.

A evolução do número de casos ativos

O número total de casos está a subir exponencialmente

Não é de estranhar que assim seja: sempre que o Rt  — o número de outras pessoas que alguém infetado pode contagiar — está acima de 1, o número de casos da Covid-19 sobe progressivamente mais rápido. É pura matemática: no caso de uma doença com Rt de 1.1, como é o da média da Covid-19 neste momento em Portugal, mil infetados passam a quase 1.500 em apenas quatro dias.

Isso tem-se observado nos números da totalidade de casos positivos de infeção pelo novo coronavírus detetados em Portugal. O boletim publicado esta quinta-feira atualizou o número total de infeções por SARS-CoV-2 para 93.294 — cerca de mais 25% do que havia a 22 de setembro. A chegada da segunda vaga acelerou este crescimento a partir dos primeiros dias do mês passado. E não há sinais de abrandamento.

Recuemos então até à primeira vaga. O crescimento do número total de novos casos foi especialmente pronunciado entre finais de março e ao longo do mês de abril, mas os gráficos mostram como, ainda assim, a evolução de um dia para o outro não foi tão brusca como está a ser agora. Ou seja, o número total de infetados pelo novo coronavírus está a crescer mais agora do que nessa altura.

Números de mortes mostra tendência a aumentar

Quando os números de infetados pelo novo coronavírus registados diariamente começou a disparar em setembro, o fenómeno parecia vir acompanhado de um outro comum nos restantes países europeus: as mortes por Covid-19 não pareciam acompanhar a tendência. Mas isso só demorou duas semanas a inverter-se: desde meados de setembro que as vítimas mortais do SARS-CoV-2 têm aumentado, embora menos bruscamente do que na primeira vaga e em número ainda muito inferior.

Vamos então aos números. O relatório de situação da DGS dá conta de mais 11 mortes por Covid-19 entre a meia-noite de terça-feira e a meia-noite de quarta-feira, mas desde que os números começaram a aumentar novamente, a contagem já chegou às 16, como ocorreu na terça-feira. Ainda assim, é uma situação ainda incomparável à da primeira vaga, quando o número diário de mortes por Covid-19 chegou aos 37 e com um ritmo de crescimento muito mais acentuado.

Isso mesmo está demonstrado na curva que mostra a evolução do número total de óbitos por Covid-19. Em Portugal, foram precisos 164 dias para que o número de vítimas da doença provocada pelo novo coronavírus duplicasse para as 2.128 mortes registadas até agora. Na primeira vaga, o número total de mortes chegou a duplicar em apenas dois dias.

Internamentos ao mesmo nível que em abril

O relatório de situação publicado esta quinta-feira pela DGS dá conta de 993 pessoas internadas por terem desenvolvido quadros clínicos mais graves de Covid-19. É um novo recorde de internamentos desde que começou a segunda vaga em Portugal e é também o maior número desde 27 de abril. A diferença é que, há seis meses, o número já estava a baixar depois de ter atingido um máximo de 1.302 internamentos. Agora, o número continua a subir sem parar há já dez dias. E há já vários hospitais a falar em pressão hospitalar e médicos a alertar para uma situação que pode rapidamente tornar-se grave. Daí que, no hospital de S. João, no Porto, já esteja a ser ‘remontado’ o hospital de campanha.

A tendência de aumento verifica-se também nos internados em unidades de cuidados intensivos: os 139 doentes em UCI contabilizados esta quinta-feira são o maior número desde 4 de maio, quando havia 143 pessoas com Covid-19 em acompanhamento nestas unidades. No entanto, esse crescimento tem sido muito mais atenuado do que ocorreu na primeira vaga, quando chegou a haver 271 pessoas internadas em UCI — algo que ocorreu a 7 de abril, depois de mês e meio de crescimento exponencial.

É de notar que, apesar de o número de internamentos ter sido maior no final de abril, a curva demonstra outros picos antes de chegarmos à situação de hoje em dia. Durante o verão, assistiu-se a um aumento no número de internamentos entre o início de junho e o início de julho, quando se assistiu a uma pequena segunda onda, depois de serem levantadas as medidas de restrição e o confinamento. Aliás, a 6 de julho as autoridades de saúde chegaram a contabilizar 513 internados, 74 dos quais nos cuidados intensivos.

A evolução de internamentos

Lisboa tem os concelhos com mais casos confirmados

Entre os 10 concelhos com mais casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus até este momento, apenas dois não pertencem ao distrito de Lisboa: Vila Nova de Gaia com 2.589 casos e o Porto com 2.320. Os três concelhos no topo da lista são Lisboa com 7.460 casos, Sintra com 6.110 e Loures com 3.594.

Isso reflete-se na divisão dos casos confirmados por região de saúde: Lisboa e Vale do Tejo lidera a lista com 45.521 de todos os casos confirmados (48,8% do total) e o Norte vem logo depois com 35.807 dos casos (38,3% do total). Seguem o Centro com 7.511 casos confirmados (8% do total), o Algarve com 2.080 (2,2% do total) e o Alentejo com 1.764 (1,89% do total). Os arquipélagos registam números muito diferentes destes: os Açores só tem 306 dos casos confirmados (0,33% do total) e a Madeira 305 (0,33% do total).

Ora, a 10 de abril, no pico da primeira vaga, a situação era diferente. Lisboa já era o concelho que mais casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus reunia — 851 infetados, nas contas da época —, mas o Porto vinha logo a seguir com 840. Seguia-se o concelho de Vila Nova de Gaia com 710 casos e Gondomar com 629. Os dados inverteram-se: há seis meses, dos 10 concelhos com mais casos, só dois não ficavam no Norte: Lisboa e Sintra, com 358 casos.

A divisão dos casos confirmados por região de saúde também mudou: Lisboa e Vale do Tejo tinha 24,7% da totalidade dos casos (eram 3.821, quase 12 vezes menos do que agora) e o Norte recolhia 57,5% dos casos — 8.897. O Centro tinha 2.197 casos (14,2% dos casos), o Alentejo 125 (0,81% dos casos) e o Algarve 279 (1,8% dos casos). Os Açores só tinham 94 casos (0,6%) e a Madeira 59 (0,4% dos casos).

O mapa em que é possível ver os concelhos com mais casos

Epicentro da segunda vaga está na casa dos 20

É por muito pouco mas, até agora, é a faixa etária dos 20 aos 29 anos que recolhe a maior parte dos casos de infeção pelo novo coronavírus confirmados. Dos 93.294 casos registados até esta quint-feira, 16,5% pertence a este intervalo de idades — menos 0,2 pontos percentuais que a faixa etária dos 30 aos 39 anos e do que a faixa etária seguinte. Aliás, metade dos casos de Covid-19 em Portugal têm entre os 20 e os 49 anos. Os idosos com mais de 80 anos representam apenas 9% do total de casos.

É, mais uma vez, um panorama diferente do que se registava no pico da primeira vaga. A 10 de abril, a faixa etária dos 20 aos 29 anos só englobava 10% da totalidade dos casos registados àquela data. Os mais contagiados pela epidemia de Covid-19 tinham entre 40 e 59 anos, faixa etária que reunia 35% dos casos. A seguir, vinham aqueles que tinham entre 30 a 39 anos (14,3% dos casos) e os idosos com mais de 80 anos (14,2% dos casos).

Mas no que toca à letalidade da doença, os números mudam de figura. De acordo com os números desta quinta-feira, os idosos com mais de 80 anos representam 67,3% das 2.128 mortes provocadas pela Covid-19 até agora no país. A faixa etária dos 70 aos 79 anos tem uma percentagem de 19,5% da totalidade dos casos fatais da doença causada pelo novo coronavírus. Os jovens com 20 a 29 anos ficam-se pelos 0,09% de todas as mortes.

A 10 de abril, e no que toca às mortes por Covid-19 o cenário não era diferente do registado agora, ou seja, neste caso o panorama pouco mudou. Numa altura em que havia 435 óbitos por Covid-19 no país, a faixa etária com 80 anos ou mais já reunia 65,3% dos casos letais de Covid-19. E ainda não tinham sido registadas quaisquer mortes por Covid-19 nas pessoas com até 39 anos.

A distribuição de novos casos por idade

Maior número de mortes está no Norte, mas Lisboa tem mais novos óbitos

Como a maior parte dos novos casos de infeção pelo novo coronavírus estão na região de Lisboa e Vale do Tejo e na região do Norte, também é aqui que se concentra a maior parte das mortes por Covid-19. No Norte está a maioria dos óbitos causados por esta doença: são 934 dos 2.128 registados até agora — ou seja, 43,9%.

Lisboa tem 857 óbitos por Covid-19 (40,3% da totalidade de mortes por esta doença), mas foi nesta região que esta quinta-feira se registaram sete dos 11 mortes. A 10 de abril, as percentagens eram diferentes: 55,2% das mortes estavam no Norte (240 dos 435 óbitos) e Lisboa só tinha 17,9% — eram 78 as mortes naquela região nesta altura.

Índice de risco. É no Vimioso que há maior risco de apanhar o vírus

Se a administração regional de saúde (ARS) com maior índice de risco é a sul, o concelho onde é mais provável entrar em contacto com o vírus da Covid-19 é a norte. O segundo lugar? É exatamente ao contrário.

Vimioso está no topo. O índice de risco no concelho está muito acima de qualquer outro. É um índice de 203,81, uma diferença considerável quando comparado com o concelho seguinte, a Amadora, (164,87). Estes valores são calculados pela plataforma Covid-19 Insight, que analisa e monitoriza a evolução da pandemia em Portugal, e que pode consultar no Observador. Para se chegar a este índice olha-se para vários indicadores como a taxa de infeção do vírus e variáveis sócio-demográficas (percentagem de idosos, população sem ensino secundário, rendimento bruto e densidade populacional).

O índice de risco por concelhos

A alternância entre norte e sul continua: o terceiro concelho com maior índice de risco é Sernancelhe (140,87), o quarto é Odivelas (129,79). É preciso chegar ao quinto lugar para encontrar um concelho alentejano. Reguengos de Monsaraz (123,24), a par com Mora (121,48), são os únicos dois que não pertencem às ARS de Lisboa e Vale do Tejo ou à do Norte no top 10.

Olhando para as ARS, duas destacam-se desde o início da pandemia e têm disputado, entre si, o mais alto nível de risco. Atualmente, a região de Lisboa e Vale do Tejo está em primeiro lugar com 66,99 pontos. A do Norte, tem 56,26.

A diferença para o terceiro lugar é considerável — a ARS do Algarve com um índice de 28,51 — e é ainda maior quando se olha para as zonas com menor risco, a Madeira (7,75) e os Açores (3,70). Nos arquipélagos, o índice de risco tem-se mantido estável (e baixo) ao longo de toda a pandemia, com um crescimento muito menos acentuado do que no resto do país.

No início da pandemia, logo nos últimos dias de março, a ARS do Norte destacou-se, e muito, de todas as outras regiões administrativas da saúde. Foi em junho que a diferença para Lisboa e Vale do Tejo se começou a esbater. A partir de 15 de julho, o sul ganhou dianteira e não voltou a perdê-la.

Diminuindo o zoom, e passando da visão micro para a macro, Portugal, no seu conjunto de concelhos, tem atualmente um índice de risco de 51,88 e uma taxa de infecção de 0,74%.

Mobilidade. Portugueses continuam a passar muito tempo em casa

Olhando para os quadros de análise, há uma data exata para o momento em que a pandemia trocou as voltas à mobilidade dos portugueses: 12 de março. A partir daí tudo mudou e está longe de voltar à normalidade: retalho e diversão, locais de trabalho e transportes públicos são os que mais se ressentem.

A percentagem de tempo que os portugueses passam na sua área residencial continua alta, quando comparado com o valor de referência, e está atualmente 6% acima do habitual. Enquanto as restantes categorias medem a alteração no número de visitantes, esta revela o tempo passado em casa — mesmo em dias de trabalho será elevado, uma vez que conta também com as horas de sono. A 5 de outubro, feriado nacional, os portugueses passaram, por exemplo, mais 20% do seu tempo na residência, valor superior ao último dia contabilizado, 9 de outubro, com os referidos 6%. No pico do confinamento, o valor mais alto (46% acima do valor de referência) foi atingido a 10 abril. Outros picos que se podem ver nos gráficos correspondem a feriados como o 25 de fevereiro (carnaval) ou o 1.º de maio.

Acima, e muito do valor de referência, está o número de visitantes a parques, atualmente nos 15%. Se no seu ponto mais baixo da queda, a 5 de abril, chegou aos -88%, esteve durante os meses de verão muito acima da referência. Isto pode ser explicado não só pelo bom tempo, mas também pela impossibilidade de visitar outros sítios nas horas de lazer por terem regras de segurança mais apertadas.

Como a mobilidade dos portugueses mudou com a pandemia

As farmácias e supermercados também passaram os valores habituais, mas apenas em 1%. A corrida de visitantes a esses locais foi entre 10 e 13 de março, quando muitos portugueses começaram a tentar açambarcar medicamentos e mantimentos.

Nos transportes públicos, a queda é de 9% e não houve um único dia, desde 12 de março, que os valores se tenham aproximado dos de referência. A 10 de abril registou-se a maior oscilação com -83% de passageiros.

Situação quase idêntica vê-se no retalho e diversão, o mais penalizado atualmente em número de visitantes. A queda está ainda nos 18%, mas muito longe dos -86% de 12 de abril. Entre 10 a 13 de agosto foi o único momento em que saiu do vermelho, mesmo a meio do mês de férias típico dos portugueses.

Nos locais de trabalho, continua a sentir-se uma queda de 11%. As maiores quedas não correspondem, apesar de tudo, à resposta da população à pandemia, mas às datas em que se assinalam feriados nacionais: o carnaval, o 1.º de maio, a semana que engloba o 10 de junho e o 13 de junho (feriado municipal) e o 5 de outubro.

A outra grande queda é entre 6 e 9 de abril. Feriado? Não. Fim do 2.º período e as respetivas férias escolares.

Os gráficos que mostram a evolução do surto, o risco por concelho, as previsões e os impactos na economia

Assine o Observador a partir de 0,18€/ dia

Não é só para chegar ao fim deste artigo:

  • Leitura sem limites, em qualquer dispositivo
  • Menos publicidade
  • Desconto na Academia Observador
  • Desconto na revista best-of
  • Newsletter exclusiva
  • Conversas com jornalistas exclusivas
  • Oferta de artigos
  • Participação nos comentários

Apoie agora o jornalismo independente

Ver planos

Oferta limitada

Apoio ao cliente | Já é assinante? Faça logout e inicie sessão na conta com a qual tem uma assinatura

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.

Vivemos tempos interessantes e importantes

Se 1% dos nossos leitores assinasse o Observador, conseguiríamos aumentar ainda mais o nosso investimento no escrutínio dos poderes públicos e na capacidade de explicarmos todas as crises – as nacionais e as internacionais. Hoje como nunca é essencial apoiar o jornalismo independente para estar bem informado. Torne-se assinante a partir de 0,18€/ dia.

Ver planos