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Com a chegada de mais ventiladores, os hospitais vão poder aumentar o número de camas de cuidados intensivos
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Com a chegada de mais ventiladores, os hospitais vão poder aumentar o número de camas de cuidados intensivos

AFP via Getty Images

Com a chegada de mais ventiladores, os hospitais vão poder aumentar o número de camas de cuidados intensivos

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Governo comprou 535 ventiladores. Agora é preciso ter equipas e decidir como vão ser distribuídos

Os ventiladores comprados à China vão somar-se aos doados. Além disso, Portugal vai avançar para a produção de ventiladores na indústria nacional. Agora é preciso delinear uma estratégia para os usar.

A compra de 535 ventiladores foi feita a “pronto pagamento” já madrugada dentro, durante o fim de semana, e custou a Portugal 9,3 milhões de euros (os 10 milhões de dólares de que António Costa falou na Assembleia da República). Palavra de primeiro-ministro, detalhada durante o debate quinzenal no Parlamento. Esta sexta-feira, o líder do Governo anunciou que Portugal está em condições de avançar para a produção própria de ventiladores — e que, em seis meses, podem ser 10 mil. Até ao início da pandemia no país, em Portugal estavam disponíveis 1.142 ventiladores e o Governo decidiu reforçar esse número em quase mais 50% (em 43,7%, para sermos exatos), com a aquisição de 535 ventiladores à China. Fora destas contas ficam todas as aquisições já anunciadas pelos municípios, comunidades intermunicipais e as doações, em nome individual ou coletivo.

Agora é preciso pensar na forma como vão ser usados. Além do material, é necessário que haja equipas capacitadas. E o tipo de ventilação de que os doentes mais graves com Covid-19 necessitam é uma ventilação invasiva, que nem todos os profissionais estão habilitados a realizar.

Além disso, é preciso decidir a forma como serão distribuídos pelo país. E, nessa matéria, os especialistas ouvidos pelo Observador dividem-se: entre a necessidade de os concentrar em unidades dedicadas ou de os espalhar pelos hospitais de todo o país, com boa supervisão. Na conferência de imprensa diária desta sexta-feira, o secretário de Estado da Saúde, António Sales, explicou que a estratégia será definida por uma equipa de internistas e intensivistas, que têm a função de acompanhar e identificar as necessidades no país.

Certo será que os equipamentos comprados à China vão começar a chegar ao país acompanhados de monitores cardíacos, bombas e seringas infusoras, necessários para a correta ventilação do doente. Também esta sexta-feira, António Sales garantiu que os ventiladores encomendados incluíam todo o material necessário. Não é claro se isso vai acontecer em relação aos equipamentos que estão a ser doados.

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Há quase dois mil ventiladores garantidos. Mas há equipas para trabalhar com eles?

Somando aos 1.142 ventiladores que já existiam no SNS as doações e a aquisição dos municípios e do Governo o número de ventiladores — assumindo que todas as encomendas cheguem até ao pico da pandemia em Portugal, quando se prevê que sejam mais necessários — ascenderá aos quase 2.000. Mas não basta que existam milhares de ventiladores (e todo o material necessário além do ventilador) para tratar do doente. Será necessário também que, nas várias unidades onde estes equipamentos vão chegar, haja também equipas especializadas para o tipo de ventilação invasiva de que os doentes graves da Covid-19 necessitam — e que exige um grande nível de especialização dos profissionais.

É isso que explica ao Observador um pneumologista de Guimarães, que alerta que “nem tudo se resolve com ventiladores”.

Não estamos a falar de um soro fisiológico que qualquer enfermeiro põe. Estamos a falar de muita estrutura que demora a formar”, afirma ao Observador, acrescentando o exemplo da ajuda chinesa a Itália: “Além do material, chegou também staff para trabalhar”.

Questionado sobre quais serão os especialistas mais bem preparados para realizar este tipo de ventilação, o médico esclarece que serão os anestesistas e intensivistas, mas nota que “há poucos em Portugal”, contrastando com a experiência de cuidados intensivos que há, por exemplo, em Itália.

Opinião semelhante tem fonte da Sociedade Portuguesa de Cuidados Intensivos, que lembra que, caso um doente seja mal ventilado, pode morrer. “É preciso uma pessoa para trabalhar com o ventilador, um monitor para poder monitorizar o que está a ser feito”, apontou, frisando a necessidade de transferir doentes que precisem de ventilação para unidades diferenciadas e não mantê-los dispersos pelo país em vários hospitais.

O primeiro ponto é o de que ter apenas ventiladores não serve para nada. É preciso ter uma estrutura [de profissionais] e de saber utilizar os ventiladores. Em segundo lugar é necessário transferir doentes para unidades dedicadas, que devem ter um aumento da capacidade de resposta”, defende a fonte da Sociedade Portuguesa de Cuidados Intensivos.

Para o profissional de saúde, a solução, além de ter os ventiladores, passa também por transferir os doentes mais graves para os hospitais dedicados e, com isso, tentar “ao máximo possível centralizar equipas”. “A vantagem dos hospitais dedicados e de referência é que há várias pessoas com conhecimento suficiente e que podem e sabem coordenar as outras”, afirma, explicando que nos hospitais que não são de referência há menos profissionais com o conhecimento necessário, o que limita a coordenação de equipas disponíveis para os procedimentos necessários.

“É necessário aumentar a capacidade dos hospitais de referência, aumentar as unidades de cuidados intensivos Covid dedicadas nesses hospitais e não criar mais camas de cuidados intensivos, dispersando-as por outros hospitais”, nota o profissional. Na sua perspetiva, deve optar-se pela transferência dos doentes mais agudos (a necessitar de cuidados intensivos) para essas unidades dedicadas.

Já Tomás Lamas, intensivista do hospital Egas Moniz em Lisboa, nota que “nenhum país” está preparado para uma situação semelhante a esta e que em Portugal acontecerá o mesmo que em Espanha ou Itália, por exemplo. Ou seja, uma vez esgotados os recursos mais especializados em ventilação, serão outros médicos a assumir essas tarefas, supervisionados por um intensivista.

Os recursos humanos e recursos de saúde são muito limitados. Cada um dos hospitais e unidades de medicina intensiva irão saber como organizar. Cada unidade conhece a sua realidade e quem está disponível para trabalhar”, defende o especialista, que frisa que a logística deverá ser organizada “local a local”.

“Espanha e Itália organizaram-se internamente para dar resposta ao que era necessário e nós teremos que dar também uma resposta”, afirmou o médico, recordando as dificuldades que o país enfrentará “nas próximas semanas” e a necessidade de ficar em casa.

“Se saem de manhã, só para uma corrida, já estão a correr risco. Só ficando dentro de casa é que o risco de ser infetado é de 0%. Logo que sai da porta de casa, esse risco aumenta”, sublinhou o médico intensivista.

O chefe de Governo admitiu ainda a utilização de ventiladores em "hospitais de campanha" e não apenas nos hospitais tradicionais onde, afirma, tem que ser "multiplicada a capacidade e disponibilidade de ventiladores".

O triângulo essencial para que a estratégia funcione nos hospitais

Ventiladores, recursos humanos e equipamentos de proteção individual. Cada um num vértice do “triângulo que tem de ser muito bem protegido”. É assim que o médico intensivista Tomás Lamas explica ao Observador que, além dos ventiladores, é necessário assegurar que os profissionais de saúde estão devidamente protegidos do novo coronavírus — caso contrário, poderão ficar doentes e reduzir, ainda mais o número de profissionais disponíveis para trabalhar. “Até podemos comprar 500 ventiladores, mas, sem recursos humanos, de pouco servirão. Há que gastar dinheiro também em proteção”, afirma o médico do hospital Egas Moniz, em Lisboa.

“Este triângulo de ventiladores, equipamento de proteção individual e de poupar os recursos humanos é essencial para tudo funcionar. É um triângulo que tem de ser muito bem protegido para que não haja falência do sistema”, frisa o especialista, reforçando que Portugal “tem que aprender rápido” já que só dentro “de duas ou três semanas” é possível ver o efeito das ações hoje realizadas.

Do Santuário de Fátima a uma investidora chinesa, mais de 200 ventiladores

Além das compras pelo Estado, houve vários donativos de ventiladores por parte da sociedade civil:

  • O Benfica decidiu contribuir, numa iniciativa conjunta com a Câmara Municipal de Lisboa e a Universidade de Lisboa, com a doação de um milhão de euros para aquisição de equipamento médico, entre ventiladores, máscaras e outro material de proteção que serão depois oferecidos ao Serviço Nacional de Saúde. “Acabei de ter a confirmação por parte do diretor da Faculdade de Medicina que já podemos encomendar 40 ventiladores com esta ajuda, que será importante para melhorarmos as condições no momento em que a epidemia atinja um momento mais grave”, destacou, ao canal de televisão Benfica TV, António Cruz Serra, reitor da Universidade de Lisboa.
  • A Galp e a sua Fundação anunciaram a disponibilização de 29 ventiladores a hospitais do SNS numa tentativa de reduzir a escassez deste tipo de equipamentos, para utilização imediata. Esta doação acabou por ficar envolta em alguma polémica depois de Rui Moreira ter anunciado que a doação tinha sido “desviada” do Porto para Lisboa, com o Ministério da Saúde a esclarecer posteriormente que todos os mecenas, incluindo a Galp, têm liberdade de escolha sobre o destino das doações.
  • O primeiro-ministro, em entrevista à TVI, afirmou que uma investidora chinesa tinha feito uma doação de 78 ventiladores entregues na embaixada de Portugal em Pequim, para os hospitais da área metropolitana de Lisboa”. Pouco mais se sabe acerca desta investidora.
  • O Santuário de Fátima assegurou a compra de três ventiladores para o Serviço Nacional de Saúde bem como equipamentos logísticos, como camas, colchões e outros, para uso da Proteção Civil em caso de necessidade.
  • O presidente do Moreirense confirmou ao Diário de Notícias a oferta de 10 ventiladores ao Hospital de Guimarães.

Do levantamento de ventiladores disponíveis em Portugal, o Governo concluiu que existiam até aqui 1142 ventiladores

dpa/picture alliance via Getty I

Compras de municípios e comunidades intermunicipais garantem mais de 130 ventiladores

Também as autarquias estão a contribuir:

  • O município do Porto foi um dos primeiros a abordar a necessidade de reforço dos ventiladores existentes. Encetou conversações com Hong Kong e uma empresa privada e mais tarde anunciou a compra de 55 ventiladores que seriam divididos para equipar os Hospitais de São João, Santo António e Cascais.
  • Os municípios do distrito de Évora compraram seis ventiladores para o hospital da região, num investimento anunciado de 150 mil euros, com mais 150 mil euros a serem destinados para a compra de máscaras, luvas, zaragatoas, fatos de proteção, kits de testes, equipamentos e monitores de cuidados intensivos.
  • A Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL) comprou 30 ventiladores, para reforçar a capacidade instalada nos hospitais da região a que se somam termómetros e material de proteção individual, como máscaras, luvas e fatos.
  • A Câmara de Oliveira do Hospital anunciou, a 18 de março, que iria investir 250 mil euros na compra de cinco ventiladores, 20 monitores e 600 testes rápidos de diagnóstico da doença Covid-19.
  • A Associação de Municípios das Terras de Santa Maria – Arouca, Espinho, Oliveira de Azeméis, S. João da Madeira, Santa Maria da Feira e Vale Cambra – vai avançar com a compra de seis ventiladores e todo o material acessório e equipamento para o Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga. Ao Observador o presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis esclarece que a compra está a ser coordenada pelo centro hospitalar, tendo os municípios garantido a verba necessária.
  • A Câmara Municipal da Mealhada disponibilizou-se para oferecer ventiladores ao Hospital da Misericórdia da Mealhada (HMM) para serem colocados ao dispor dos munícipes, nesta unidade de saúde. O Município deu indicações para serem adquiridos até dez equipamentos num investimento máximo estimado de 150 mil euros. O anúncio foi feito a 18 de março.
  • A Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa (CIM do Tâmega e Sousa), em articulação com os seus 11 municípios – Amarante, Baião, Castelo de Paiva, Celorico de Basto, Cinfães, Felgueiras, Lousada, Marco de Canaveses, Paços de Ferreira, Penafiel e Resende –, e a Câmara Municipal de Paredes, conseguiram adquirir 11 ventiladores para doentes em situações de crise ou de emergência que necessitem de ventilação invasiva.
  • A administração da Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) encomendou 10 ventiladores e anunciou que “continua no mercado comprar outros equipamentos necessários para suprir as necessidades”.
  • A Câmara de Castelo Branco anunciou no dia 20 de março “todo o apoio e disponibilidade financeira à Unidade Local de Saúde (ULS) para adquirir ventiladores e outros equipamentos que sejam necessários para garantir a saúde dos munícipes”.

Ainda que alguns dos municípios não tenham anunciado o número de ventiladores que irão adquirir, garantindo “o apoio necessário às unidades de saúde”, contabilizando os números adiantados pelas autarquias ou comunidades intermunicipais o número de ventiladores adquiridos antes do anúncio do Governo é superior a 130. Serão pelo menos 133 ventiladores para equipar os hospitais e unidades de saúde para os quais será necessário ter as respetivas equipas especializadas e restante equipamento complementar e acessórios necessários. No que diz respeito à maioria das autarquias, estas estão também a alocar verbas para a compra de material além dos ventiladores, que podem ser canalizados para a compra dos acessórios e material complementar necessários.

O caso de Oliveira do Hospital, por exemplo, é claro ao anunciar que aos cinco ventiladores se somam 20 monitores. Os monitores são necessários não só para os doentes que estão ventilados, mas também para doentes “mais graves que precisam de vigilância”, esclarece ao Observador o pneumologista José Pedro Boléo-Tomé.

"Até podemos comprar 500 ventiladores, mas sem recursos humanos de pouco servirão. Há que gastar dinheiro também em proteção."
Tomás Lama, médico intensivista no hospital Egas Moniz em Lisboa

Centro para a Excelência e Inovação na Indústria Automóvel (CEiiA) reconvertido para produção de protótipos de ventiladores

A dificuldade de aquisição de ventiladores, devido à elevada procura de vários países, levou a que os engenheiros do CEIIA, em Matosinhos, se unissem a uma equipa da Universidade do Minho para desenvolver um protótipo de ventilador que permitisse a produção de ventiladores em escala no nosso país, no menor tempo possível. O Centro para Excelência e Inovação deixou por algum tempo a indústria automóvel e aeroespacial para desenvolver um ventilador mecânico nacional. Foram necessários “15 dias de um longo turno”.

António Costa, em vista ao CEiiA na tarde desta sexta-feira, anunciou que até ao final de abril, Portugal estará em condições de produzir 100 ventiladores, até ao final de maio 400 ventiladores e o objetivo é que “nos próximos seis meses” sejam produzidos em Portugal 10 mil ventiladores.

Os ventiladores serão produzidos com recurso a materiais que já estão disponíveis em Portugal, “ou porque são [materiais] cá produzidos ou porque já estão disponíveis”, esclareceu o primeiro-ministro.

O primeiro-ministro admitiu ainda a utilização de ventiladores em “hospitais de campanha” e não apenas nos hospitais tradicionais onde, afirma, tem que ser “multiplicada a capacidade e disponibilidade de ventiladores”.

Além dos ventiladores, António Costa recordou que estão a ser produzidos também em Portugal equipamentos de proteção individual, não apenas para profissionais de saúde, mas para suprir as necessidades de “forças de segurança, agentes de proteção civil, bombeiros ou das forças armadas”.

José Rui Felizardo, presidente e fundador do CEiiA explicou aos jornalistas que o primeiro protótipo que pode ser produzido na indústria nacional do ventilador mecânico invasivo — o “V1” — foi conseguido “em 15 dias”, com ajuda da comunidade médica e da engenharia e indústria portuguesa e que a “V2” do protótipo deverá permitir a produção de 400 ventiladores na indústria portuguesa.

Não foram revelados mais pormenores sobre os ventiladores, durante a conferência de imprensa que decorreu no final da visita do primeiro-ministro ao CEiiA, nem se os ventiladores que serão produzidos carecem do mesmo material e acessessórios que os atualmente existentes. Recorde-se que cada ventilador necessita de equipamento complementar e acessórios como sejam monitores cardíacos, bombas e seringas infusoras, necessários para a correta ventilação do doente.

O exemplo de Cristiano Ronaldo e Jorge Mendes e da EDP

O futebolista Cristiano Ronaldo e o empresário Jorge Mendes vão permitir que três unidades de cuidados intensivos sejam completamente equipadas. Duas no Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte, cada uma com capacidade para dez camas e outra no hospital Santo António, no Porto, com capacidade para 15 camas.

Além da aquisição de ventiladores, Cristiano Ronaldo e Jorge Mendes garantem também às três unidades todo o material necessário: camas, ventiladores, monitores cardíacos, bombas e seringas infusoras. Fica assim garantido que, sendo todos estes hospitais de referência e tendo sido doado todo o material necessário, os ventiladores serão utilizados e permitirão tratar doentes graves da Covid-19.

Também a EDP e a sua principal acionista, a China Three Gorges (CTG) anunciaram a compra de 50 ventiladores, 200 monitores e “respetivos consumíveis e equipamentos de suporte associados”, com a coordenação do ministério da Saúde e apoio da Embaixada de Portugal em Pequim. Ainda que não tenha sido indicado qual o destino das doações, o facto de serem compostas por todo o material necessário garante que os ventiladores não ficarão inutilizados por falta de material.

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