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KIMMY SIMÕES/OBSERVADOR

KIMMY SIMÕES/OBSERVADOR

Huawei. Fomos às lojas como cliente-mistério tentar comprar telemóveis

Nas lojas está tudo tranquilo, mas no OLX, esta semana, o número de telemóveis da marca chinesa à venda aumentou 31%. Fizemos de cliente mistério e ouvimos comparações com a crise dos combustíveis.

Em Espanha, o mercado dos smartphones Huawei está a colapsar: “As pessoas que vêm comprar telefones evitam diretamente a Huawei”, revela o El País, citando uma fonte de “um grande retalhista”. E ainda outra, que garante também que, desde que se soube que a Google ia acatar a ordem executiva de Donald Trump e cortar relações com a gigante chinesa, os funcionários não têm parado de atender clientes desesperados a tentar trocar os Huawei que acabaram de comprar por outra marca qualquer.

No Reino Unido, garante o jornal The Sun — que, sob o título “Vende! Vende! Vende!”, fala em “pânico” por parte dos donos de equipamentos da marca —, o cenário é ainda mais grave. Há baixas de preços de 81% para smartphones lançados em 2018 e de 46% para modelos nas lojas há menos de um mês, como o novíssimo P30. Ninguém quer Huawei, disse ao jornal um porta-voz do musicMagpie, uma espécie de OLX britânico só para telefones: apenas um dia depois da polémica já eram centenas as ofertas de equipamentos da marca no site.

"É normal, as pessoas têm sempre receio. Olhe, foi como aquilo das bombas de gasolina, parecia que o mundo ia acabar."
Funcionário de uma loja de smartphones

E em Portugal, onde 35% de todos os telemóveis vendidos são da gigante chinesa proscrita pelo governo dos Estados Unidos? Como os “grandes retalhistas” não responderam às questões enviadas pelo Observador, fomos às lojas tentar perceber em modo cliente mistério o que se está a passar.

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Esta quinta-feira de manhã, o único sinal de pânico que o Observador registou, em duas das quatro lojas da especialidade que visitou, num dos maiores centros comerciais de Lisboa, foi dado por um octogenário com sotaque alentejano, desesperado por não encontrar “telefones de teclas”, de preferência da “marca Siemens”. Vestimos a pele de clientes, sempre com o mesmo plafond — entre os 300 e os 350 euros –, mas com estratégias adaptáveis às sugestões dos lojistas: ora procurávamos Huawei, mas tínhamos receio por causa das notícias; ora não queríamos nem ouvir falar da marca chinesa, justamente por causa delas. Eis os resultados.

“Eles dizem que não, mas nunca se sabe…”

Só por uma vez nos foi desaconselhada a compra de um smartphone Huawei — com uma alusão breve, mas direta ao caso que a envolve:

— Bom dia, pode dar-me uma ajuda? Ando à procura de um telemóvel e estava a ver ali os Huawei… Disseram-me que era uma boa opção qualidade-preço…

— É uma boa opção, sim.

— Não queria gastar muito dinheiro…

— Qual é o seu máximo?

— 300, 350 euros. Estava aqui a ver este, não sei se há mais alguma coisa…

— O P30 Lite é lançamento. Mas, em compensação, não sei se também gosta da Samsung, tenho o A50.

— E é melhor?

— É assim, o P30… Vou falar pessoalmente: eu não tenho o P30, tenho o A50, comprei na semana passada. Eu gosto, é muito bom, tem uma câmara excelente, tem um desempenho excelente e uma bateria excelente.

— E quanto é que custa? É mais barato?

— 369,99, é 10 euros mais barato. O meu é este aqui, o coral. Também há em branco e em azul.

— E em termos de características?

— Tem 128 gigas de memória interna e 4 gigas de memória RAM, espaço para dois cartões e cartão de memória e a câmara frontal é de 25 megapixels.

— Portanto, é muito melhor do que o Huawei…  

— Eu acho…

— Pois, eu estava preocupada com esta história da Huawei…

— Tem isso também, que pode pesar: eles dizem que não, mas nunca se sabe…

Google assegura que smartphones da Huawei vão continuar com serviços básicos

“Olhe, foi como aquilo das bombas de gasolina, parecia que o mundo ia acabar”

Apesar de a Huawei já ter garantido que quem já tem equipamentos da marca não vai perder acesso às aplicações Google e respetivas atualizações, informação que também é válida para os equipamentos já disponíveis para venda nas lojas e foi já confirmada pela própria Android, ninguém conseguiu descansar-nos totalmente quanto ao futuro dos smartphones da marca.

Estava preocupada com estas notícias todas da Huawei…

— Não há que preocupar, todos os modelos que estão em gama, tudo o que está à venda, já tem contratos assinados e vão atualizar. As políticas que se estão a discutir dizem respeito aos modelos que a Huawei vai lançar no futuro, mais concretamente ao Mate 30, que vai sair em novembro, por exemplo. O Android da Google vem aqui dentro e não há como o tirar. E agora até deram um prazo de 90 dias para negociar, portanto a medida está pendente. 

— Ou seja, daqui a um tempo não pode dar-se o caso de não poder fazer uma atualização neste telefone? Não sei quanto tempo é suposto durar um telefone destes, quando compro alguma coisa acho sempre que é para sempre…

— Pronto. O objetivo é esse, mas não vai durar para sempre. Até porque, muitas das vezes, é o cliente que se cansa do telefone, especialmente nestas gamas média-alta, porque ele continua a funcionar. Se comprar um de 100 euros, acredito que seja o telefone a ficar lento, mas, nestas gamas mais altas, o que acontece é que o cliente começa a olhar para os outros novos e quer trocar…

— Isso não costuma acontecer-me, mas a dúvida é: imaginemos que compro um destes e ele dura uns anos, vou poder fazer atualizações?

— As atualizações têm a ver com a questão do modelo, ou seja, os topos de gama, de 1000 euros, têm mais argumentos e a Huawei vai conseguir disponibilizar mais atualizações. Se falarmos de um telefone de 100 euros, se atualizar uma vez já é muita sorte porque lá dentro ele não terá muitos argumentos para aguentar com a nova versão, porque vai ser uma atualização de 1 giga, 2 gigas, e se calhar para ele já é muito.

— E no caso destes de gama média-alta?

— Por exemplo, no caso do P2o Lite, vinha o ano passado com o 8 e vai atualizar este ano para o 9, mas a questão das atualizações não é assim muito importante. Se calhar, se já tiver o telefone há três anos, mais vale não atualizar, mais vale tê-lo a funcionar como está do que ter uma atualização e acabar por…

— Portanto, mesmo que deixe de ser possível fazer a atualização daqui a uns anos…

—Os telefones continuam a funcionar mesmo sem a atualização.

— Então estas notícias todas…

— Isso é para os próximos modelos, isto é um ponto de interrogação para os próximos modelos.

— Certo… Como não percebo muito…

— É normal, as pessoas têm sempre receio. Olhe, foi como aquilo das bombas de gasolina, parecia que o mundo ia acabar. Não é igual, mas a situação é muito semelhante…

O Observador até encontrou equipamentos Huawei em promoções de menos 30% — mas os saldos, mais ou menos generosos, eram transversais a todas as marcas. Pelo que nos garantiram, as baixas de preços Huawei não estarão relacionadas com os últimos acontecimentos:

— Isto é o preço de lançamento? Não é provável que baixe?

— Normalmente quando saem não baixam tão cedo, até agora não houve nenhuma campanha direta…

—Ok… Mas os preços podiam ter sido afetados por esta situação toda…

—Eheheh, não! Olhe, no caso da gasolina até foi ao contrário, houve casos em que os preços subiram!

Na internet há mais pessoas a vender smartphones Huawei

Se no comércio tradicional a procura continua a existir — não assistimos a nenhuma compra de um smartphone Huawei, mas vimos um cliente bastante interessado nos tablets da marca –, esta semana, no mercado português online, foi a oferta que disparou, com mais smartphones da marca à venda.

"Compro e vendo equipamentos, não foi por causa disso. Até porque não faz sentido nenhum as pessoas estarem a vender os seus equipamentos quando a própria Huawei já disse que vai criar um sistema operativo."
Vendedor no OLX

No OLX, desde que começaram a surgir as primeiras notícias, houve um crescimento de 31% de novos anúncios relacionados com equipamentos Huawei, conta ao Observador Andreia Pacheco, responsável de marketing em Portugal da plataforma de venda de artigos em segunda mão ou de particulares. A média de anúncios diários com artigos para venda relacionados com a empresa chinesa subiu de 92 para 133.

Apesar de ser bastante improvável que se trate de uma coincidência, o Observador falou com oito pessoas que, nos últimos dias, puseram os seus telemóveis Huawei à venda na plataforma e nenhuma delas assumiu tê-lo feito por causa da crise com que se debate a empresa. “Compro e vendo equipamentos, não foi por causa disso. Até porque não faz sentido nenhum as pessoas estarem a vender os seus equipamentos quando a própria Huawei já disse que vai criar um sistema operativo”, chegaram a responder-nos. Os outros vendedores contactados, todos não profissionais, repartiram-se maioritariamente em outras duas explicações-tipo: uns receberam telefones novos que preferem aos da marca chinesa, outros querem trocar para aparelhos mais pequenos.

De qualquer forma, e apesar da multiplicação de notícias pouco animadoras para a marca chinesa, a procura destes artigos no OLX não desceu. Pelo contrário, subiu também, com a média diária de contactos relacionados com anúncios de artigos Huawei a crescer de 1324 para 1470, diz ao Observador Andreia Pacheco.

Sesta à hora de almoço, transporte próprio e até instalações desportivas: uma viagem à Huawei em 38 imagens

Quem acompanha este mercado sabe que é especialmente agressivo. Há menos de um ano, a Huawei resolveu aproveitar o lançamento dos novos iPhone XS e XS Max para se promover — atacando diretamente a adversária Apple e a pretensa curta duração das suas baterias — e enviou funcionários para as portas das lojas da marca em Londres e Singapura, onde centenas de pessoas se preparavam para passar a noite, para poderem ser as primeiras a comprar os novos smartphones. Devidamente identificados, os representantes da Huawei entregaram centenas de powerbanks aos fãs da Apple: “Aqui está um powerbank. Vais precisar dele. Cortesia da Huawei”.

Agora, no mercado das revendas em Portugal, a Forall Phones virou o jogo e aproveitou a polémica para vender o produto concorrente da Huawei: o iPhone. No Facebook, a empresa portuguesa de venda de smartphones em segunda mão pagou por uma publicidade direcionada apenas para quem tem telefones Huawei, que diz: “O nosso suporte será sempre assegurado. iPhones a preço de Android, sem polémica”.

O anúncio que a Forall Phones pagou no Facebook para aparecer só a utilizadores Huawei

A Forall Phones tem, além da área online, lojas  em Portugal e Espanha e só compra e vende equipamentos da Apple. Mesmo assim, conta Susana Vieira, responsável de marketing da empresa, nos últimos dias têm aparecido pessoas a tentarem vender os seus equipamentos Huawei.

Devido a esta situação com a empresa chinesa, a Forall Phones diz que está a pensar “aceitar excecionalmente a retoma de Huawei e, em contrapartida, as pessoas recebem um desconto na compra do iPhone”. Segundo a startup de venda de equipamentos iPhone em segunda mão, só nesta semana “as vendas aumentaram 14,38%” em relação à semana passada. E (quase) tudo graças ao caso Huawei: depois de retirada a percentagem devida ao “efeito da sazonalidade intra-mensal”, explicou a responsável pela empresa ao Observador, ficam 10% mais de telemóveis vendidos só graças à polémica Trump-Huawei.

O Observador contactou outras plataformas que permitem que terceiros vendam produtos, como a Fnac.pt, mas não obteve qualquer resposta até à publicação deste artigo.

Para “os geeks”, o Android não vai desaparecer dos Huawei — mas há riscos

É verdade que a Huawei já garantiu que as atualizações para o sistema Android não estão em causa nos smartphones já vendidos ou por vender.  E, ao que o Observador apurou, empresas como o Facebook estão já a assegurar que nada vai mudar na utilização e atualização das respetivas aplicações por smartphones da marca chinesa. Mas, no limite, se os três meses de negociações chegarem ao fim sem que nada aconteça e os telefones Huawei deixarem mesmo de funcionar com o sistema Android, também não será o fim do mundo. Pelo menos, para quem perceba do assunto.

Portuguesa Aptoide negoceia com Huawei para ser alternativa à Google

Como explicou ao Observador Miguel Correia, professor de engenharia informática no Instituto Superior Técnico, as licenças atuais do Android vão continuar válidas e, em futuras atualizações de segurança que sejam necessárias, a Huawei vai ter capacidade interna para continuar a atualizar os smartphones. Além disso, “para os geeks”, vai ser possível instalar o sistema operativo Android, mas “com riscos” (já lá vamos).

“A Huawei pode fazer, ela própria, atualizações para o Android, não sei se é legal. Mas as correções de segurança podem fazê-las. [Para ser legal] a Google pode pôr em sistema aberto as atualizações de segurança”, explica o académico relativamente a futuros updates para os atuais smartphones Huawei e Honor. Para justificar esta afirmação, o professor relembrou que a Microsoft já teve, no passado, “a tentação de apenas disponibilizar atualizações de segurança só para as cópias legais do Windows”. Contudo, “voltou atrás porque deixa uma data de computadores à volta do mundo inseguros”.

A Google tem o mesmo interesse que a Microsoft em não ter utilizadores com equipamentos vulneráveis, mas, para futuros equipamentos da Huawei, se Donald Trump e Xi Jiping não resolverem esta situação, não vai mesmo poder negociar com a empresa chinesa.

"O sistema operativo é software. A pessoa compra um computador e já vem com o Windows ou um Mac com o Osx. Muitas pessoas deitam fora o software no PC e instalam o Linux, por exemplo. Isto é uma possibilidade para fazer com os telemóveis."
Miguel Correia, professor de engenharia informática no Instituto Superior Técnico

Ainda assim, “não há nenhuma razão para não se poder continuar a utilizar o Gmail, porque pode ser sempre utilizado através do browser”, explica Miguel Correia. Ou seja, mesmo que a Huawei deixe de poder negociar com a Google e avance com o seu próprio sistema operativo, os donos de smartphones da marca chinesa vão poder continuar a usufruir de todos os serviços da gigante americana — como o Google Maps, o Google Photos ou o Gmail. Deixam é de poder ter as aplicações à distância de um clique e passam a ter de utilizar um browser.

Como explicava, em novembro, ao Observador, Mitchell Baker, presidente do conselho de administração da Mozilla, dona do Firefox, o browser “é como um representante que se senta entre ti e o serviço ou quem disponibiliza as apps”. Esta solução pode fazer com que as aplicações possam não ser tão necessárias. Para se compreender este fenómeno basta pensar no caso do Netflix para o sistema operativo dos computadores da Apple, os Macintosh. Como os “Mac” não têm a aplicação do serviço de streaming, a única opção para utilizar o Netflix é através de um browser. Perdem-se algumas opções, como o download legal de vídeos para ver offline, mas o essencial mantém-se. Com futuros smartphones Huawei, o caso pode ser o mesmo, mas para serviços da Google.

Mesmo que, no futuro, a Huawei fique impossibilitada de negociar com a Google e crie um terceiro sistema operativo móvel, pode não ser um cataclismo para quem não quer abdicar de um Huawei com Android.

O professor do Instituto Superior Técnico explica que, “apesar de o sistema operativo estar fechado num smartphone, é possível fazer-se ‘um root‘”. Este termo inglês, abreviatura de rooting (no iOS, dos iPhone, a palavra usada é ‘jailbreaking’, explica Miguel Correia), já faz parte da gíria de utilizadores que querem utilizar smartphones sem as restrições da Google e da Apple. Na prática, esta medida é “uma espécie de ataque informático que quebra as proteções do sistema operativo” e deixa o utilizador instalar o sistema que quiser.

“O sistema operativo é software. A pessoa compra um computador e já vem com o Windows ou um Mac com o Osx. Muitas pessoas deitam fora o software no PC e instalam o Linux, por exemplo. Isto é uma possibilidade para fazer com os telemóveis”, detalha Miguel Correia.

EUA, Reino Unido e Japão. Todas as empresas que estão a romper com a Huawei

Problema: esta é não só uma solução “geek” — leia-se, que não está ao alcance dos comuns mortais utilizadores de smartphones –, mas também uma solução arriscada. “Se fizer um root, tenho de pôr no smarphone um Android que seja root, ou seja, um Android que não é oficial. Ao andar a fazer jailbreaking ou root, estou a tornar os smartphones mais vulneráveis”, explica Miguel Correia. Dito por outras palavras, ao permitir que se instale qualquer aplicação sem restrições, incluindo apps pagas piratas, este sistema abre portas ao mesmo risco que existe em instalar um download de um ficheiro da Internet: “Pode ter vírus”.

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