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«Não tenho muitas ilusões sobre ser lembrado. Mas tenho uma obra feita»

Em 'Uma Viagem Pela Vida' agora com uma segunda edição revista e aumentada, André Jordan percorre oito décadas de uma vida que atravessa alguns dos episódios mais marcantes da história recente.

Empresário reconhecido, criador da Quinta do Lago e do Belas Clube de Campo, a vida de André Jordan dava um filme, e já deu um livro, agora em segunda edição, revista e aumentada. Nasceu judeu e polaco, tornou-se braseiro, português e cristão. Pelo meio uma vida de glamour, que passa pelo Rio de Janeiro, Nova Iorque, Paris, Londres e Buenos Aires, e contacta com todos os nomes sonantes, da realeza ao cinema, passando pela literatura e a política, sem esquecer as escolas de samba. Quatro casamentos, quatro filhos, nove netos, e uma mente irrequieta que continua a ter uma curiosidade incansável pelo mundo e as pessoas.

André Spitzman Jordan nasceu na Polónia, em 1933, o ano em que Hitler chegou ao poder, e tinha seis anos quando a família fugiu do país, na véspera da invasão das tropas alemãs. A travessia de uma Europa em guerra passou por Bucareste, Veneza, Roma, Paris e Lisboa, terminando no Rio de Janeiro, onde o pai se dedicou aos negócios imobiliários e André cresceu imerso na boémia carioca que viu nascer a Bossa Nova. Do sonho de escrever surgiu a ideia de ser jornalista, que concretizou e abandonou para seguir as pisadas do pai, mas entretanto já tinha vivido as noites memoráveis e cruzado com figuras lendárias tão lendárias como Margot Fonteyn, Nureyev, João Gilberto ou Frank Sinatra.

André Jordan com Mário Soares em 1980

A morte do pai, em 1967, e a revolução de Abril trouxeram-lhe a década mais difícil, quando se exilou no Brasil, forçado a abandonar a recém-lançada Quinta do Lago, no Algarve, e convencido de que nunca mais iria voltar a Portugal. Mas voltou, recuperou a Quinta do Lago, idealizou Vilamoura XXI e criou o Belas Clube de Campo, obras emblemáticas que contribuíram para que em 2014 fosse considerado uma das 12 personalidades mais influentes no turismo a nível internacional. Na raiz do sucesso está um espírito de resiliência, uma grande sensibilidade humana, mas também grande habilidade para observar o pulsar do mundo e antever tendências. O que explica que ainda agora, com 87 anos, escreva no prefácio do livro sobre o futuro do turismo, prevendo a inevitabilidade de muitos hotéis se virem a converter em apart-hotéis com serviços, ou refletindo sobre a forma como as preocupações ecológicas estão a causar modificações profundas na estrutura económica pondo em causa o paradigma do crescimento.

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Chamam-lhe visionário, concorda?
«Considero-me um estudioso dos acontecimentos e das pessoas, tento interpretar a razão das coisas acontecerem e a forma como acontecem e prever a evolução dos acontecimentos. O segredo é correlacionar coisas que aparentemente não estão relacionadas mas são indicadoras de factos, tendências ou acontecimentos. Ainda hoje recebo muita informação, pensamentos, ideias e falo com muita gente. Gosto muito disso e fazer esse exercício é um vício como outro qualquer».

Ficou-lhe algum sonho por cumprir?
«Sou ambivalente no que toca a isso. Acho que tive oportunidade de viver muitas coisas em muitas áreas e nesse sentido sou um privilegiado. Noutro sentido, sempre acho que podia ter sido mais e melhor, gostaria de jogar bem futebol o que não aconteceu, por exemplo. Gostava muito de cantar e dançar, era um prazer enorme que tinha. Dançava tudo o que se dançava na minha época. Aprendi uma coisa fantástica que é Samba no pé, que não é fácil, mas estive muito ligado às escolas de samba e aprendi. Ficam por cumprir muitos sonhos, ambições e desejos, mas não tenho nenhuma queixa da vida. Apesar de ter tido momentos difíceis, como todos têm, tive uma vida muito rica. As oportunidades que tive e as amizades que fiz, os namoros que consegui na vida, tudo isso foi sempre uma surpresa para mim. Sempre me pareceu um grande privilégio e sorte».

André Jordan na escola de samba, na Portela em 1950

Descreve acontecimentos e pessoas com enorme detalhe. A sua memória é um dom da genética?
«É da genética, mas também de exercitá-la continuamente. Agora que estou mais velho, às vezes há uns momentozinhos em que não nos lembramos de um nome, uma data, mas faço um pequeno esforço e vem. Não tenho lapsos de memória, mas às vezes é mais lento».

"Ainda hoje recebo muita informação, pensamentos, ideias e falo com muita gente. Gosto muito disso e fazer esse exercício é um vício como outro qualquer."
André Jordan

Lida bem com as vicissitudes do envelhecimento?
«Acho graça. Costumo dizer que até ficar velho você é uma pessoa só. Depois de envelhecer, você é você, mas tem de gerir o corpo e a cabeça como entidades distintas, que dão trabalho e às vezes algum dissabor. O sentido de humor é fundamental».

Tem algum lema de vida?
«Acho que tenho um conjunto de valores morais que me acompanham desde pequeno. Conto no livro que demorei muitos anos para perceber porque é que certos valores eram importantes para mim e lembrei-me que durante o ensino primário era volta e meia expulso da aula por falar e havia um padre que vinha sempre conversar comigo. O padre Agostinho, que era o diretor do colégio, incutiu-me uma série de valores e só percebi isso muitas décadas depois. Coisas como ser correto, honesto, leal, não mentir. Que tenho muita satisfação em ter mantido ao longo da vida, mesmo diante de pressões, nunca ter enganado ninguém, roubado ninguém, ter-me portado bem do ponto de vista moral e ético, tenho muito orgulho e às vezes não é fácil».

Estava num colégio católico. Foi porque a sua mãe tinha convertido a família ao cristianismo na tentativa de escapar aos nazis?
«Ela também já tinha frequentado um colégio católico porque o meu avô, apesar de ser  um líder da comunidade judaica de Varsóvia, era um homem de mentalidade muito aberta. A educação  da comunidade judaica era muito rígida e ele resolveu levar as filhas para um colégio católico, apesar de ser fiel à sua religião. A minha mãe ficou muito impressionada por alguma literatura, como o Teilllard de Chardin, a Simone Veil…»

A família Spitzman em 1944

Que fase da sua vida é que teve mais prazer em revisitar nestas memórias?
«A fase de maior alegria é a juventude, a vida muda completamente quando passamos a ter responsabilidades. Até receber o meu primeiro ordenado eu vivia livre de preocupações. Podia ter problemas de relacionamento com o meu pai, que era uma pessoa difícil, de  personalidade muito dominadora, mas era só isso. Até começarmos a trabalhar, somos felizes, a vida canta, depois, passamos a ter de prestar contas».

Não ficou marcado pela saída da Polónia aos seis anos, o abandonar do país, da família, o Holocausto?
«Na altura não tive noção desse impacto, era muito pequeno, tinha seis anos e não me apercebi. Os meus pais eram pessoas muito positivas, não gostavam de olhar para trás, principalmente o meu pai, que era muito objetivo».

Era uma criança introvertida?
«Era tímido. Depois descobri que a timidez não era uma boa coisa porque a gente arriscava ser humilhado em certas situações.  Então resolvi não ser tímido e comecei a combater a timidez. Até agora (risos)»

André Jordan com 5 anos

O que é que queria ser quando fosse grande?
«Na verdade, eu queria ser duas coisas: político e escritor. Político não dava porque sendo um brasileiro naturalizado tinha muitas áreas da vida pública vetadas por causa isso. Escritor, descobri uma coisa simples, que demorou muito tempo a compreender, e que foi não ter a menor vocação para a ficção. Li muito, muita ficção, todos os americanos, todos os ingleses, todos os franceses, italianos, todos os portugueses. Sou viciado em leitura. Mas um dia, há 20 ou 30 anos, parei de ler ficção e nunca mais li. Percebi que os escritores têm uma grande competição estilística entre si e isso retira um pouco a naturalidade e autenticidade do texto. Eu não tinha vocação para fabricar uma história. Mas quando comecei a escrever este livro vi que a minha história correspondia a uma ficção também».

Conta no livro que quando começou a fazer jornalismo lhe disseram que aquilo não era literatura….
«Tinha 17 anos, era um estagiário com ambições literárias. O chefe de redação era uma figura de filme, cigarro no canto da boca, falava muito pouco, um personagem. Eu vivia a fazer trabalhos, ia para a rua, sentava-me a escrever naquelas máquinas barulhentas, deixava o texto. Acordava cedo de manhã para comprar o jornal e o artigo não saia. Até que um dia tomei coragem e fui falar com ele. E ele disse: “É que nós aqui fazemos jornalismo, a notícia vem no primeiro parágrafo, você está fazendo literatura». (risos).

Ainda fala polaco?
«Consigo falar um pouco, leio mal e não sei escrever. Quando saímos da Polónia, estivemos em Portugal cinco meses e frequentei o colégio St. Julians, que era uma escola inglesa, e aí comecei a aprender inglês, mas quando cheguei ao Brasil, para me entender com a professora nos primeiros tempos, falava francês. Não sei bem porquê, nós estivemos só dois meses em Paris, mas eu aprendi francês. Mas muito rapidamente aprendi português e li o primeiro livro ainda no primeiro ano primário. Foi um livro do Monteiro Lobato, um grande escritor infantil, não me lembro do título».

André Jordan e os Reis de Espanha em 1982

André Jordan e os Reis de Espanha em 1982

Como era a relação com os seus pais?
«O meu pai era positivo em relação à vida mas tinha uma tendência depressiva ao mesmo tempo, era difícil de compreender. Eu sempre digo que nós não compreendemos os nossos pais porque não conhecemos a infância deles. Ele era um homem muito inteligente, muito interessante, um contador de histórias, mas dominador, comigo e com todos. A minha mãe, quando era preciso, era muito prática, mas era uma fantasista, vivia num mundo criado por ela. A relação com ela era muito intelectual, falávamos sobre livros, música, arte. A relação pessoal era um pouquinho mais difícil, ela era muito exigente, queria que eu fosse o melhor do mundo e eu não era o melhor do mundo e isso gerava algumas discussões. A fase pré-divórcio também foi um bocadinho difícil, o clima em casa era tão mau que percebi que era mesmo melhor que se separasse, mas foi muito traumático para a minha mãe. Ela nunca recuperou».

Lidou bem com o facto de ela o ter posto num colégio interno aos 15 anos quando foram viver para Nova Iorque?
«Sim. Houve um período de adaptação, era uma vida muito diferente do Brasil, mas foi uma experiência muito interessante, lá foi onde aprendi democracia e encontrei a minha família política, que é a social democracia, com a doutrina do New Deal, do Franklin Roosevelt. O colégio tinha uma confissão de uma igreja unitária, chamava-se Unitary Church, que era a igreja do Thomas Jefferson e dos fundadores da democracia americana. Teve um grande impacto no meu pensamento e valores políticos. Na altura era uma prática comum, colocar os filhos em colégios internos, hoje já não se justifica, claro».

"(...) lá foi onde aprendi democracia e encontrei a minha família política, que é a social democracia, com a doutrina do New Deal, do Franklin Roosevelt. O colégio tinha uma confissão de uma igreja unitária, chamava-se Unitary Church, que era a igreja do Thomas Jefferson e dos fundadores da democracia americana."
André Jordan

Um dos períodos difíceis da sua vida foi a década de 70. O seu pai tinha morrido aos 61 anos e a revolução de Abril deixou-o sem a Quinta do Lago e sem saber o que fazer em termos de carreira. Foi nessa altura que começou a fazer psicoterapia?
«Sim, foi muito difícil. Fiquei sem a Quinta do Lago que tinha acabado de lançar há dois anos e fui para o Brasil dando tudo por perdido e achando que nunca mais ia voltar a Portugal. Foi um período conturbado e de muita angústia. No Brasil, tive problemas com um empreendimento que comecei na Bahia, um confronto com o representante dos meus investidores italianos, que era um monstro, digamos assim, e que motivou uma depressão. E fiz uma psicoterapia durante um ano e meio que me ensinou muito a lidar com a angústia e nunca mais tive angústia, foi muito bom».

Ajudou-o a pacificar-se?
«Num dos primeiros episódios com a minha terapeuta. Já íamos com meia dúzia de sessões e ela disse: “Olha, essa história da sua vida é muito interessante, mas agora vamos falar de você”. Na verdade, eu estava a contar uma história para evitar falar de mim e do que me estava a perturbar…»

Estava a fazer literatura…
«Estava a fazer literatura… (risos)».

André Jordan na Quinta do Lago em 1974

Ela ajudou-o a definir o que queria fazer da vida?
«Isso foi numa segunda terapia, já em Portugal, com 60 e tantos anos. O meu casamento não ia bem, senti necessidade de voltar a fazer psicoterapia e tive algumas sessões. Parte de mim ainda batalhava internamente com a dúvida se era escritor ou empresário. A psicoterapeuta me disse simplesmente: “Você é tudo isso, não tem que abdicar de um”, e isso foi muito libertador para mim. E também apontou: “Não tem que pensar que tem de ser o melhor do mundo em tudo, você pode ser bom apenas”, mas esse era o trauma que a minha mãe me deixou».

Essa exigência também o ajudou a alcançar muitas coisas. O que é que aprendeu com os seus pais? Elaborou isso também?
«Acho que aprendi com eles a não ter medo, enfrentar a vida e as situações e os desafios. E aprendi que tudo é possível. E que a vida está aqui para ser vivida. Cada um deles, à sua maneira, era assim. Não se sentiam intimidados por nenhum desafio».

Qual foi o melhor conselho que lhe deram e o melhor que já deu?
Há uma frase impactante, de um grande humorista brasileiro, Aparício Torelly, que se auto intitulava Barão de Itareré, era um homem fascinante. Eu tinha 20, 21 anos, o meu pai meteu-se num problema muito grande que envolvia política, mas estava na Europa, eu tinha 20 anos ou 21 e estava no escritório e a imprensa começou a pressionar, um inferno. Veio o contínuo e disse que ele estava ali. Eu pensei que ele vinha pedir um anúncio e disse para lhe dizer que não podia atendê-lo, mas acabei por fazê-lo. Ele falava com um sotaque espanholado, gaúcho, e disse: “Venho dizer-lhe uma única frase: não há situações desesperadoras, há cavalheiros que se desesperam”, e foi-se embora. Essa frase valeu-me a vida inteira».

Quer saber uma boa história?

"Há uma frase impactante, de um grande humorista brasileiro, Aparício Torelly, que se auto intitulava Barão de Itareré, era um homem fascinante. (...) Ele falava com um sotaque espanholado, gaúcho, e disse: “Venho dizer-lhe uma única frase: não há situações desesperadoras, há cavalheiros que se desesperam”, e foi-se embora. Essa frase valeu-me a vida inteira"
André Jordan

Como é que gostaria de ser lembrado?
«Se for lembrado já é uma grande coisa. Tirando os grandes artistas e escritores, as pessoas são esquecidas muito rapidamente. Numa altura em que era o maior acionista da Lusotur, que geria o empreendimento de Vilamoura, onde na praça principal há uma estátua de Cupertino de Miranda, que foi o fundador do empreendimento, ninguém sabia de quem era a estátua. Na quinta do Lago, quando ia ao QuintaShopping e entregava o cartão para pagar via pela expressão delas que não reconheciam o meu nome. E perguntava “Sabe quem sou eu?” “Ah, não”. “O meu nome está na avenida”. “Nunca reparei”. Ainda estou vivo, de modo que não tenho muitas ilusões sobre ser lembrado. Mas tenho uma obra feita e muitas pessoas lembram sim. No Algarve, às vezes vêm pessoas dizer que o pai delas trabalhou comigo. Um dia desses já foi “O meu avô trabalhou consigo”, veja lá».

Será lembrado pelos seus filhos e netos. Foi um bom pai?
Tentei, mas no computo das coisas talvez seja melhor avô do que fui pai, porque houve separações e essas coisas afetam os filhos. Mas tenho filhos magníficos e um bom relacionamento com eles e muito bom com os meus netos. Procuro manter a família unida e amiga, acabou de nascer um novo neto, tenho mais oito, a mais velha tem 31 anos, o meu filho mais novo tem a mesma idade dela e cresceram juntos.

"(...)Procuro manter a família unida e amiga, acabou de nascer um novo neto, tenho mais oito, a mais velha tem 31 anos, o meu filho mais novo tem a mesma idade dela e cresceram juntos."
André Jordan

Já leram o seu livro?
Alguns sim, infelizmente não há muito o hábito de leitura na juventude, e eles olham para este livro com quase 800 páginas e assustam-se. Mas, modéstia à parte, tenho recebido muito boas manifestações de agrado do livro por parte de muitas pessoas.

Viveu muito e viveu bem. Há alguma coisa que se arrependa?
«É difícil dizer. Talvez não tivesse tomado algumas decisões precipitadas quando saí de Portugal. Mas estava muito traumatizado pela revolução que tinha trazido à tona toda a situação da guerra e na altura não tinha plena consciência disso. Sentia-me muito desorientado e cometi muitos erros nessa altura, precipitei decisões, julguei mal situações, estava realmente perturbado, vejo hoje que devia ter tido uma atuação muito mais tranquila. Tinha meios de vida, não precisava daquele desespero – não segui o conselho do meu amigo Barão de Itareré (risos), podia não ter vivido dessa maneira».

Nasceu judeu, tornou-se cristão e mais tarde voltou a reencontrar-se com o judaísmo, como está agora em termos de fé?
Com o tempo, fui conciliando as duas religiões. Já fui um católico entusiasmado mas era muito novo. Atualmente, sinto uma grande amizade por Jesus, gosto muito de Fátima e cultivo com muito amor a minha origem judaica, que reencontrei em 1967, quando estava em Buenos Aires. Estava muito desligado da política e da religião mas, quando houve a guerra dos 6 dias e Israel estava sendo destruída, comecei a chorar compulsivamente e percebi que tinha que me reencontrar com a minha origem. Hoje mantenho os meus valores éticos e morais, que considero serem parecidos em ambas as religiões.

André Jordan condecorado como Cidadão Honorário do Rio de Janeiro no ano de 2007

Tem fé, portanto?
Sim, principalmente porque grande parte da minha família foi sacrificada no Holocausto e uma das minhas principais motivações é justamente a afirmação de que o Hitler não nos destruiu e fomos capazes de criar uma obra. É extremamente reconfortante saber que existe uma força maior.

O que lhe dá mais prazer fazer nos dias que correm?
Estar ativo, envolvido com as pessoas, a família, os netos, acompanhar a vida deles, eles virem conversar comigo, pedir orientação, do que imaginam que é a sabedoria do avô. Não consigo não estar ativo, toda a vida fui assim e se não tivesse nada que fazer estaria infeliz. Agora estou mais resguardado e a lidar com a pandemia de forma defensiva porque não estou ansioso para morrer, embora não tenha medo.

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