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"Cansado? Desde as eleições, quem se cansou foi um líder do PSD, um líder da Iniciativa Liberal e um líder do PCP. Eu ainda cá estou", disse Costa à Visão
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"Cansado? Desde as eleições, quem se cansou foi um líder do PSD, um líder da Iniciativa Liberal e um líder do PCP. Eu ainda cá estou", disse Costa à Visão

"Cansado? Desde as eleições, quem se cansou foi um líder do PSD, um líder da Iniciativa Liberal e um líder do PCP. Eu ainda cá estou", disse Costa à Visão

O que fazem os ex-líderes partidários? Aulas em Abu Dhabi, muito Twitter e um recém-pai

Partidos trocaram dez vezes de líder desde que Costa é primeiro-ministro. Há quem esteja reformado, quem não exclua voltar e quem se dedique aos terrenos da família ou ao filho recém-nascido.

“Cansado? Desde as eleições, quem se cansou foi um líder do PSD, um líder da Iniciativa Liberal e um líder do PCP. Eu ainda cá estou.” Foi assim que António Costa reagiu, em entrevista à Visão, a uma pergunta sobre o cansaço que (não) sente, depois de sete anos como primeiro-ministro. Durante esses anos, antes e depois destas eleições — os Governos Costa incluem três legislaturas diferentes — o primeiro-ministro confrontou-se com os mais variados líderes. A direita mudou mais vezes durante a era Costa, mas até o histórico Jerónimo de Sousa viu sair.

E depois da hora do adeus, a que se dedicam os ex-líderes? A reforma política é encarada de muitas maneiras diferentes: desde logo, há quem diga que é o fim definitivo para a vida política (“ponto final parágrafo”, como assegurava Rui Rio) e quem considere que seria uma “tolice” fechar a porta a aventuras futuras. Pedro Passos Coelho, que faz a direita suspirar de cada vez que aparece, e Paulo Portas, agora com palco mediático na TVI, continuam a ser nomes considerados para a próxima corrida a Belém.

Há quem tenha voltado ao privado e há vários professores universitários (Passos é agora colega de outro reformado político, António José Seguro, e Assunção Cristas ajudou a fundar uma licenciatura nova). O Observador foi averiguar o que andam a fazer os líderes que saíram durante o consulado de Costa e descobriu que André Silva anda a tratar dos terrenos da família e que Francisco Rodrigues dos Santos, agora advogado por conta própria, está dedicado à paternidade.

Rui Rio. Muito Twitter e consultoria pontual

A melhor forma de ir tendo notícias de Rui Rio, que ainda antes da eleição de Luís Montenegro já anunciava o fim da sua carreira política (“ponto final parágrafo”), será mesmo através do Twitter. O antigo líder do PSD mantém-se muito ativo na rede social, onde assim que deixou de ser dirigente partidário passou a descrever-se como simplesmente “economista” e a apresentar-se com uma fotografia mais descontraída, sem gravata e de óculos de sol.

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Quando fala aos seus quase 75 mil seguidores, Rio divide-se entre comentários sobre astronomia (partilhando muitas curiosidades sobre o espaço, um dos seus temas preferidos), política internacional (mostra um veemente apoio aos protestos no Irão), política nacional (não perde uma oportunidade para ‘malhar’ na TAP) e alguns temas alternativos (há dias partilhava uma lista com as 55 mulheres mais bonitas do mundo).

Os comentários sobre política nacional são, ainda assim, os que vão permitindo seguir as posições públicas do ex-líder do PSD: no final de dezembro, sentenciou rapidamente que Alexandra Reis não poderia continuar no Governo e foi comentando o caso no Twitter, criticando o “esbanjamento de dinheiro público”: “Cada cavadela, cada minhoca”. Quanto ao Novo Banco, críticas semelhantes.

Mas também vai dando de vez em quando novidades sobre Zé Albino, o seu gato, que ficou célebre precisamente no Twitter, durante a campanha para as últimas eleições. Aconteceu ainda no Natal, apesar de Zé Albino estar, tal como o dono, “afastado da vida pública”.

Na mesma conta, vai comentando os desenvolvimentos na guerra da Ucrânia, com algum humor à mistura: à notícia de que Vladimir Putin tinha partido o cóccix reagiu escrevendo que Zelensky gostaria de o mandar para o SNS. E também foi pelo Twitter que se despediu de Jerónimo de Sousa, com elogios ao antigo líder comunista.

Na semana passada, o antigo presidente do PSD abriu uma exceção para falar em público, em Miranda do Douro, para uma reunião extraordinária da Assembleia Municipal para discutir o processo de venda de barragens no Douro, investigado por alegada falta de impostos pela EDP. Rio, que costumava insistir no assunto para confrontar António Costa, aceitou o convite para participar e voltar a exigir que a EDP pague os impostos em falta por “dever cívico”, dizendo ao Expresso que isto não equivaleria de forma nenhuma a um regresso à política: “Estou a pensar em NÃO regressar à vida política. É uma exceção que confirma a regra”.

Profissionalmente, o Observador confirmou junto de fonte próxima que Rui Rio não voltou às empresas onde trabalhava (fazia consultoria na multinacional de recursos humanos Boyden) e está agora a fazer trabalho como consultor, pontualmente, para algumas empresas, mas sem nenhum “vínculo” fixo.

André Silva. A casa dos avós, o filho e o comentário político

Deixou a liderança do PAN pelo próprio pé, revelando que pretendia “apanhar o comboio da paternidade” e “equilibrar a vida pessoal e familiar com a vida profissional”. E é isso que estará a fazer: ao Observador, André Silva conta que está afastado da vida partidária, mantendo-se como filiado sem pertencer a nenhum órgão do PAN, embora frise estar “muito atento à atualidade e contexto político”.

A nível profissional, o antigo líder do PAN dedica-se à “gestão de projetos na área da conservação de património e bens culturais”, revela.

De resto, como tinha anunciado antes de deixar a liderança (que seria depois conquistada por Inês Sousa Real, em cujo consulado a representação parlamentar encolheu de quatro deputados para uma deputada), André Silva diz estar dedicado a acompanhar o crescimento do filho. Além disso, também andou a “reabilitar a casa dos avós na Beira Alta” e dedica-se agora a “valorizar os terrenos agrícolas da família”.

Mesmo afastado dos cargos dirigentes, André Silva não abdica de dar a sua opinião e para isso conta com um espaço de comentário dividido com a centrista Isabel Galriça Neto, na TSF. No programa “Café Duplo”, o ex-líder do PAN comenta a atualidade nacional — ainda recentemente considerava, por entre críticas ao Governo, que não se pode contar com a oposição, “que tem sido uma inexistência”.

Pelo meio, vai fazendo algumas partilhas, por exemplo das exposições que visita, no Facebook.

Foto retirada do Facebook de André Silva

Assunção Cristas. O Direito, o Mar e Nick Cave

Na noite em que o CDS passou a contar com apenas cinco deputados no Parlamento, começando a trilhar o seu caminho para o abismo, Assunção Cristas despediu-se da liderança e, ao entrar no carro, disse aos jornalistas: “Boa noite, bom descanso. Agora deixem-me descansar a mim também”. E cumpriu: saiu do Parlamento, acabou o mandato como vereadora em Lisboa e, politicamente, contam-se pelos dedos de uma mão as intervenções que fez desde então, embora profissionalmente continue muito ocupada, entre o regresso à universidade, o Direito e o trabalho numa IPSS.

Uma visita ao Linkedin da antiga líder do CDS e ao site da Nova School of Law (a faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa) faz o resumo curricular: Cristas voltou à Nova, voltou a ensinar Direito, assumiu a coordenação conjunta do mestrado em Direito e Economia do Mar e a coordenação do NOVA Ocean Knowledge Center, onde ajudou a fundar uma licenciatura nova sobre os temas do Mar.

Além disso, está na sociedade de advogados Vieira de Almeida desde janeiro do ano passado, sendo a responsável pela área do Ambiente. Mas, além do regresso à universidade e ao Direito, Cristas começou, em dezembro, uma nova atividade: é agora presidente de uma IPSS, a CADIn, que “trabalha com crianças, jovens e adultos com alterações do neurodesenvolvimento, problemas comportamentais ou emocionais”, lê-se na página da CADIn.

Fotografia retirada do Facebook de Assunção Cristas

As aparições públicas da ex-líder são raras e sobretudo dedicadas aos temas do Mar, mas não só. A nível de vida partidária, decidiu quebrar o seu silêncio de ex-líder uma única vez para apelar diretamente ao voto em Nuno Melo, a pessoa que acreditava estar em condições para “fazer renascer o CDS”, mesmo não tendo marcado presença no congresso que o elegeu.  Também expressou claramente a sua posição, que já era conhecida, sobre a eutanásia, quando a despenalização voltou a ser aprovada, em dezembro: no Facebook, declarou que o país tinha “andado para trás” e deixou os seus votos de que a lei ainda fosse travada por Marcelo Rebelo de Sousa ou pelo Tribunal Constitucional.

De resto, é possível ir acompanhando as andanças de Cristas no Facebook, onde partilha desde entrevistas pontuais que dá ou conferências em que participa. Mas também há fotografias com os filhos (quatro), homenagens ao papa Emérito Bento XVI e até partilhas de momentos mais pessoais, como a fotografia do palco do Kalorama, onde viu, com o marido, o concerto de Nick Cave, em setembro.

Passos Coelho. As aulas e a “tolice” que seria fechar portas ao futuro

Será o ex-líder de cujo futuro político mais se fala e possivelmente o que está menos claro. Em posição de recato desde que saiu da liderança do PSD, em janeiro de 2018, o país político pára para o ouvir quando fala — e também se entretém a interpretar os seus silêncios. Boa parte da direita suspira pelo seu regresso, a pensar no PSD mas sobretudo numa candidatura a Belém; e Passos vai chutando para canto, embora já admita que seria “uma tolice” dizer jamais a um regresso político.

Passos tinha, de resto, por hábito manter-se em silêncio, tendo chegado em 2021 a cancelar um evento privado em que iria marcar presença (uma sessão no INSEAD integrada na série “Repensar Portugal”) para não alimentar especulações sobre um eventual regresso à vida pública e política.

Mas tem aparecido com mais frequência: já tinha acontecido este ano na tradicional rentrée do Pontal, ao lado de Luís Montenegro; na apresentação do livro “O Governador”, onde se sentou na primeira fila; e, depois de Marcelo Rebelo de Sousa ter puxado pelo seu nome (classificando-o como um “ativo político importante para o futuro”), reafirmou que está “afastado da vida política”, mas concedendo que não há “nenhuma razão” para dizer que não voltará a “fazer coisa nenhuma” — “seria uma tolice dizer coisas dessas, seria um absurdo, mas não estou a pensar em coisa nenhuma, estou muito fora de tudo e assim pretendo continuar”.

Lançamento do livro “O Governador”, do jornalista Luis Rosa, sobre Carlos Costa ex-líder do Banco de Portugal, na Fundação Calouste Gulbenkian. Contou com a presença de várias figuras, entre elas estavam Luis Marques Mendes, Ramalho Eanes, Cavaco Silva, Pedro Passos Coelho e Luis Montenegro. Lisboa, 15 de Novembro de 2022. FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

Pedro Passos Coelho com Luís Montenegro na apresentação do livro "O Governador"

FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

Mesmo estando fora de “tudo”, protagonizou um embate improvável com Montenegro em dezembro, criticando a opção de dar liberdade de voto aos deputados relativamente à eutanásia e pressionando o partido a prometer reverter a lei quando tiver maioria, em vez de defender um referendo. Montenegro não pareceu gostar e disse “discordar completamente” da sua leitura, tornando clara a divergência entre os dois aliados.

Uma coisa é dada por certa nos círculos da direita: se Passos quiser avançar para Belém em 2026, terá todas as condições e o apoio do PSD. Por agora, começou a escrever a história da sua própria liderança no prefácio do livro do ex-embaixador de Portugal durante a troika e dá aulas no ISCSP, como professor catedrático convidado na área da Administração Pública (onde será assim colega de António José Seguro), e no curso de Economia da Universidade Lusíada de Lisboa, onde dá aulas de Economia Portuguesa e Europeia.

Paulo Portas. Aulas em Abu Dhabi e Belém no horizonte?

Está um pouco por todo o lado: o antigo líder do CDS, que se cruzou com António Costa por pouco tempo no Parlamento (saiu no final de 2015), dá aulas dentro e fora de Portugal. É professor auxiliar convidado na Nova Business School, onde dá aulas de Geoeconomia e Relações Internacionais; também ensina na Emirates Diplomatic Academy, em Abu Dhabi; e participa em seminários sobre Diplomacia Económica para empresas multinacionais.

Profissionalmente, Portas regressou ao setor privado assim que saiu da política partidária, tornando-se presidente do Conselho Estratégico Internacional da Mota-Engil para a América Latina e África. Essa ligação ficou ainda mais profunda este mês, tendo passado a administrador não executivo da construtora. A sua página no website da Nova lista uma série de outras tarefas, evidenciando que Portas raramente pára, entre as funções como membro do Conselho Internacional da Pemex Gas (México) e vice-presidente da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa ou como sócio-fundador da Vinciamo Consultoria (análise estratégica e business intelligence).

O vice-primeiro-ministro e ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros dos XV e XVI Governos, Paulo Portas, durante o debate "O Turismo na atual geoestratégia mundial", no auditório da Fundação Champalimaud, em Lisboa, 27 de setembro 2022. JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA

Portas dá aulas e participa regularmente em conferências e debates

JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA

Esse regresso ao privado não é entendido, no entanto, como um não taxativo à hipótese de se candidatar a Belém em 2026, uma possibilidade que continua a pairar no ar. Ainda assim, com algumas dificuldades evidentes para o lado de Portas, se for essa a sua vontade: embora seja um nome respeitado à direita, um eventual apoio do CDS já valeria de pouco, e a hipótese de concorrer contra nomes como Pedro Passos Coelho ou o seu rival nos comentários de domingo à noite, Luís Marques Mendes, poderá dificultar-lhe essas contas.

Publicamente, as funções em que tem maior projeção são precisamente no seu programa de comentário “Global”, que passou da grelha da TVI24 ao sinal aberto, na TVI, e onde se dedica sobretudo à análise da realidade internacional (com muitos programas dedicados à guerra na Ucrânia). Pelo meio, alguns comentários sobre o país: recentemente, Portas avisava que o “otimista” Governo português estava a ficar “isolado” em matéria de previsões económicas.

Sobre o CDS, quebrou excecionalmente um silêncio que mantinha há anos para considerar que a crise interna que o partido, então liderado por Francisco Rodrigues dos Santos, vivia em 2021 era “grave”, tendo no congresso seguinte viajado até Guimarães, onde se realizava o congresso do partido, para apoiar Nuno Melo.

Nunca o tinha feito desde que se despedira da liderança e esteve em Guimarães durante poucos minutos, regressando a Lisboa logo de seguida por “compromissos profissionais” e justificando a opção com as “circunstâncias absolutamente excecionais” que o partido vivia. Na altura, Portas consideraria positivo que o CDS não se metesse em “ajustes de contas” e tentasse virar a página das guerras internas — num congresso em que também estaria, curiosamente, o arqui-inimigo também regressado da reforma partidária, Manuel Monteiro.

Francisco Rodrigues dos Santos. O recém-pai é advogado por conta própria

Saiu da liderança do CDS, no ano passado, entre promessas de recato e assim ficou, longe da vida partidária e a aproveitar a nova experiência da paternidade (o primeiro filho, José Pedro, nasceu a poucos dias do Natal). No Facebook vai, aliás, partilhando fotografias com o bebé e com a mulher, Inês Vargas, embora se encontrem algumas publicações com teor mais político pelo meio: no meio da crise no Governo, fez um post com a fotografia de Pedro Santana Lopes, recordando a queda do seu Governo, para defender que foi um “erro” que o país ainda está a “pagar”, tendo mergulhado agora num “novo pântano”.

De resto, fez posts de homenagem ao Papa emérito Bento XVI ou a Adriano Moreira, que também morreu no ano passado; deu os parabéns à Juventude Popular no seu aniversário, e mostrou o seu cão, Burke, “o cãoservador da família”.

Fotografia retirada do Facebook de Francisco Rodrigues dos Santos

Política e partidariamente, e depois das eleições em que o CDS desapareceu do Parlamento consigo ao leme do partido, Rodrigues dos Santos mantém-se calado. No discurso de despedida, tinha feito referência à famigerada expressão (também de Santana Lopes) prometendo que não iria “andar por aí”: “Porque sempre estive aqui e vou continuar por aqui, acordado para o meu partido e com a esperança de que daremos a volta por cima”. Agora, planeia continuar discreto, pelo menos no futuro próximo, e manter-se em silêncio.

Profissionalmente, Rodrigues dos Santos saiu da Valadas Coriel & Associados (que integrava antes de liderar o CDS) e lançou-se como advogado por conta própria.

Jerónimo de Sousa. Reforma política sem cargos

Jerónimo saiu de surpresa — esperava-se que a transição de liderança no PCP fosse mais suave — e já nem se despediu do Parlamento, acabando assim com a representação dos deputados constituintes na Assembleia da República. Entre os principais motivos estavam os problemas de saúde de que ia sofrendo, tendo, aliás, sido operado ainda em janeiro de 2022, razão pela qual ficou de fora da maior parte da campanha eleitoral desse mês.

Espera-se, por isso, que o ex-líder do PCP tenha uma reforma política recatada. Quanto ao partido, cumpriu a tradição: como Álvaro Cunhal e Carlos Carvalhas antes dele, abandonou os cargos executivos que ocupava no partido, para ajudar à transição para a liderança de Paulo Raimundo. Só se mantém como membro do Comité Central, como confirmou o Observador.

Ferreira da Silva, Guimarães Pinto e agora Cotrim: os liberais em rotação

João Cotrim Figueiredo é o mais recente ex-líder partidário. Aliás, a Iniciativa Liberal é o partido com mais trocas de líder neste período, a par do CDS. O primeiro presidente da IL, fundada oficialmente no final de 2017, foi Miguel Ferreira da Silva, que apenas oito meses depois da oficialização saía do cargo (depois de se saber que a página de Facebook do partido era a mesma que servira de rampa de lançamento à candidatura de António Costa e de a sua direção não ter concordado em apagar a página). No entanto, continua bem ativo: é deputado municipal por Lisboa e encabeçou uma das listas para o Conselho Nacional na Convenção da IL deste fim de semana.

Seguiu-se Carlos Guimarães Pinto, que assumiu a liderança em 2018 e deixou-a em 2019: tendo falhado a eleição como deputado pelo Porto e visto Cotrim Figueiredo conseguir o primeiro assento parlamentar para a IL, em Lisboa, anunciou que estava cumprida a sua missão no “dia histórico” em que os liberais passavam a ter lugar no Parlamento. “Não me podem pedir que continue a sacrificar a minha vida por uma causa. Foi um ano intenso em que tive que abdicar de muito para fazer este caminho (…) Não me podem exigir mais”, escreveu na altura.

Entretanto, foi diretor executivo durante um ano e meio do think tank Instituto Mais Liberdade, tendo passado a diretor não executivo ao conseguir, à segunda tentativa, assegurar a eleição como deputado, no ano passado. Está assim ocupado com as funções de deputado, que exerce em exclusividade, e manteve-se neutro na corrida à liderança da IL.

A mesma corrida que elegeu o sucessor de Cotrim Figueiredo e acaba de fazer dele mais um ex-líder para somar a esta lista. Agora, o gestor Cotrim, que saiu do congresso bem cotado — com uma sondagem a atribuir-lhe o posto de líder mais bem avaliado do país — promete continuar como deputado, sentado ao lado do antecessor, Guimarães Pinto, e do sucessor, Rui Rocha (uma situação única no Parlamento). Diz estar disponível para o partido, sem excluir à partida hipóteses como candidaturas ao Parlamento Europeu ou a Belém, mas já avisou: não quer estar na política até aos 70 anos (o que lhe dá uma margem de nove anos antes da reforma política).

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