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JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

Os perfis dos 41 secretários de Estado de Montenegro

O economista-chefe do BCP nas Finanças, a irmã de Marques Mendes na Ação Social e Inclusão, o centrista ao lado de Nuno Melo na Defesa e o homem da FPF no Desporto, para ajudar o Mundial 2030.

São 41 os secretários de Estado escolhidos por Luís Montenegro, que se juntam assim aos 17 ministros na orgânica do XXIV Governo. Dos 41 secretários de Estado, 17 são mulheres, com a curiosidade de, na Justiça, na Saúde e na Cultura, tutelados por ministras, os ministérios ficarem 100% do sexo feminino.

Um a um, conheça os perfis dos novos adjuntos ministeriais: o economista-chefe do BCP que se transferiu para nas Finanças; a irmã de Marques Mendes na Ação Social e Inclusão; Telmo Correia, o escolhido para o MAI, e o outro centrista ao lado de Nuno Melo, Álvaro Castello Branco, ao seu lado na Defesa. O diretor executivo da FPF que ficará com o Desporto (e seguramente a organização do Mundial 2030), Homem Cristo que se confirmou como adjunto na Educação (que não terá ninguém para o Ensino Superior) e Carlos Abreu Amorim, secretário adjunto, ficando com os Assuntos Parlamentares.

A posse acontece esta sexta-feira, às 18h00.

Ministério da Presidência

Ministro

Leitão Amaro

HUGO AMARAL/OBSERVADOR

Secretários de Estado

Paulo Lopes Marcelo, secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros

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Antigo chefe de gabinete de Jorge Moreira da Silva, então ministro do Ambiente no Governo de Pedro Passos Coelho, junta-se à equipa de António Leitão Amaro. Entre 2015 e 2021, foi administrador executivo da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) – por nomeação de Moreira da Silva, caso que chegou a motivar alguma polémica. Segundo a sua nota biográfica, foi professor assistente da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, senior manager da Vodafone Portugal e responsável pelas áreas de regulação e concorrência. É um ativo business angel e presidente da COREAngels Lisbon e integra vários órgãos consultivos, sendo presidente do Conselho Geral da Comunidade Vida e Paz.

Rui Armindo Freitas, secretário de Estado Adjunto e da Presidência

Licenciado em Economia, com um mestrado executivo em Corporate Finance pelo ISCTE, é coordenador do Conselho Estratégico Nacional para a área do Investimento e Fundos Estruturais. Com um percurso profissional no setor têxtil, era, pelo menos até hoje, administrador do Grupo Media Capital, detentor da TVI e da CNN Portugal, e Presidente do Conselho de Administração da Swipe News, detentora, entre outras do Eco Economia Online, desde 2019. Tem uma ligação importante ao aparelho social-democrata, fazendo parte a direção da concelhia do PSD/Guimarães.

Ministério dos Assuntos Parlamentares

Ministro

Pedro Duarte

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

Secretários de Estado

Carlos Abreu Amorim, secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Parlamentares

Carlos Abreu Amorim tem 60 anos, é professor universitário, doutorado em Direito e chega ao Governo como secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Parlamentares pelas mãos de Luís Montenegro, depois de ter sido deputado do PSD durante duas legislaturas pelo círculo de Viana do Castelo, entre 2011 e 2019. A nível autárquico, foi candidato pela coligação PSD/CDS à Câmara de Gaia em 2013, tendo perdido para o PS. Apoiou o atual primeiro-ministro nas eleições internas contra Rui Rio, por o considerar um conciliador, e dois anos antes abandonou o lugar de ‘vice’ da bancada do PSD quando Rio chegou à presidência do partido, alegando não se rever na estratégia da sua liderança. Agora que Luís Montenegro o promoveu para o Governo, vai trabalhar diretamente com Pedro Duarte na pasta dos Assuntos Parlamentares e com Hugo Soares, líder da bancada parlamentar do PSD, naquela que será uma pasta de especial importância num Governo que precisa de apoio parlamentar para viabilizar todos os documentos.

[Já saiu o sexto e último episódio de “Operação Papagaio” , o novo podcast plus do Observador com o plano mais louco para derrubar Salazar e que esteve escondido nos arquivos da PIDE 64 anos. Pode ouvir o primeiro episódio aqui, o segundo episódio aqui, o terceiro episódio aqui, o quarto episódio aqui e o quinto episódio aqui]

Pedro Miguel Pereira Dias, secretário de Estado do Desporto

Nasceu em Vila Nova de Gaia, começou a ligação ao desporto de forma mais estreita através do futebol em plantéis das camadas jovens do FC Porto onde partilhou balneário com nomes como Vítor Baía, Domingos, Fernando Couto ou Secretário antes de dar prioridade aos estudos e voltar a jogar em clubes mais modestos como o Unhais da Serra ou o Manteigas, teve sobretudo o seu nome associado ao crescimento do futsal em Portugal depois de ter sido praticante (de forma breve) no modesto Grupo Desportivo da Mata na Covilhã. Pedro Dias, de 55 anos, foi o escolhido pelo elenco liderado por Luís Montenegro para ser o novo Secretário de Estado do Desporto (sem Juventude, que passa a ter o seu próprio ministério), sucedendo a João Paulo Correia numa pasta que continuará sob a tutela do ministério dos Assuntos Parlamentos como no anterior governo, desta vez com Pedro Duarte.

Pedro Dias. Jogou com Baía, Couto e Domingos, fez a revolução no futsal e salta da FPF para ajudar a preparar o Mundial 2030

Atualmente, era diretor executivo da Federação Portuguesa de Futebol. O Observador sabe que Fernando Gomes, líder da entidade, esteve a par dos contactos que foram feitos por Luís Montenegro e o seu núcleo duro para escolher o nome de Pedro Dias entre duas opções finais que estariam em cima da mesa. A escolha não é alheia ao facto de Portugal receber, numa candidatura conjunta com Espanha e Marrocos, a fase final do Campeonato do Mundo de futebol de 2030, num dos maiores eventos desportivos de sempre organizados no país. Esta quinta-feira ficou confirmado que o Estádio da Luz irá receber uma das meias-finais da prova, sendo que, na última audição de Ana Catarina Mendes sobre o tema após um requerimento potestativo do grupo parlamentar da Iniciativa Liberal, a antiga responsável pela área assegurou que esse projeto “não vai implicar custos de dinheiros públicos” e que as potenciais reformas ou melhorias dos mais 30 centros de estádio e de treino em Portugal para adequar às necessidades ficarão como legado para os mais jovens.

Formado na Universidade da Beira Interior, Pedro Dias esteve na Comissão Instaladora da Federação Académica do Desporto Universitário (FADU) entre 1989 e 1991, assumindo depois a vice-presidência nos dois anos seguintes e a liderança entre 1993 e 1995. Tendo um percurso sempre ligado à gestão desportiva e à formação académica, entrou na Federação Portuguesa de Futebol em 2011, a convite de Fernando Gomes, e foi o principal obreiro da autêntica revolução no futsal nacional, que se assume hoje como uma das maiores potências mundiais e que conquistou as últimas quatro grandes competições internacionais que disputou (um Mundial, dois Europeus e uma Intercontinental). Essa evolução teve por base o Plano Estratégico Nacional para a modalidade que apresentou um ano depois de assumir o cargo na FPF, após ouvir clubes, treinadores, jogadores, autarquias e elementos da comunicação social, entre demais intervenientes.

Além de diretor executivo da Federação, vogal da Direção e responsável por futsal, futebol de praia e pela parte da investigação/desenvolvimento da FPF, Pedro Dias era também membro do Comité de Futsal da UEFA há mais de uma década, sendo um dos principais impulsionadores de uma ideia partilhada por várias entidades de, a médio prazo, conseguir colocar o futsal como hipótese de modalidade para ser avaliada no âmbito dos Jogos Olímpicos. Foi condecorado com o Grau de Comandante da Ordem do Mérito em 2015 pelo então presidente da República, Cavaco da Silva, por todo o trabalho desenvolvido no desporto nacional.

Ministério dos Negócios Estrangeiros

Ministro

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

Paulo Rangel

Secretários de Estado

Inês Domingos, secretária de Estado dos Assuntos Europeus

Inês Domingos é economista e tem 46 anos. Foi deputada entre 2015 e 2019, tendo pertencido à Comissão de Assuntos Europeus e também à de Finanças. Desde o início do segundo mandato de Marcelo Rebelo de Sousa em 2021 que era conselheira económica do Presidente da República. Durante os mandatos de Rui Rio esteve mais afastada até porque foi sempre vista como montenegrista e, ainda antes disso, passista. Apoiou, aliás, Luís Montenegro em todas as suas lutas internas pós-Passos, inclusive nas diretas contra Rui Rio em 2019. Fez também parte da primeira (e ainda em vigor) Comissão Política Nacional de Luís Montenegro (como vogal) e era a coordenadora do Conselho Estratégico Nacional do PSD na área do Empreendedorismo, Inovação e Digitalização.

Nuno Sampaio, secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação

Nuno Sampaio é um rosto conhecido em Belém, onde exerceu funções na Casa Civil desde os tempos de Cavaco Silva. Com Marcelo Rebelo de Sousa foi consultor e assessor para os Assuntos Políticos e, com Cavaco Silva, assessor para os assuntos parlamentares e para as autarquias.  Na academia, é professor auxiliar e do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica Portuguesa onde se doutorou em Ciência Política e Relações Internacionais. Já no tempo da liderança de Luís Montenegro foi o escolhido para coordenar as áreas de Política Externa, Diáspora e Assuntos Europeus no Conselho Estratégico Nacional do PSD. É ainda autor do livro Eleições na União Europeia.

José Cesário, secretário de Estado das Comunidades Portuguesas

“O Cesário”, como é tratado pelos companheiros sem precisar de outra designação, já pode ser considerado um histórico do PSD, tendo sido várias vezes eleito deputado desde 1983. Profundo conhecedor da comunidade emigrante, já é a quarta vez que assume o cargo de secretário de Estado das Comunidades. A primeira vez foi no Governo de Durão Barroso, a segunda no de Passos Coelho e a terceira no mini-segundo Governo de Passos Coelho – sendo visto como alguém próximo de Miguel Relvas. No PSD de Montenegro assumiu o cargo de coordenador das Comunidades Portuguesas. Entre a III e a IX Legislatura foi eleito pelo círculo de Viseu, mas entre a X e a XVI Legislatura foi eleito pelo círculo de Fora da Europa. Tem 65 anos, é licenciado em Administração e Gestão Escolar. Sendo um dos decanos do Parlamento, chegou a estar entre ele e António Filipe a hipótese de ser presidente da AR interino, mas o próprio PSD quis facilitar e convidou o comunista, tendo ficado Cesário como secretário da Mesa da AR provisória.

Ministério da Finanças

Ministro

Miranda Sarmento

LUSA

Secretários de Estado

José de Brandão de Brito, secretário de Estado do Orçamento

O até agora economista-chefe do Millennium BCP vai tornar-se secretário de Estado do Orçamento. Há muito que colabora com a política e com o PSD – já em 2015 tinha sido um dos peritos que ajudaram Pedro Passos Coelho a preparar o programa económico. José Brandão Brito é doutorado em Economia pela Universidade de Birmingham, trabalhou no Banco de Portugal antes de ir para a banca privada em 2006. É filho de José Maria Brandão de Brito, histórico professor do ISEG recentemente jubilado.

Brandão de Brito, economista-chefe do BCP, há muito próximo do PSD, será secretário do Orçamento de Miranda Sarmento

Cláudia Reis Duarte, secretária de Estado dos Assuntos Fiscais

Cláudia Reis Duarte é uma advogada especialista em fiscalidade que está ligada à Úria Menendez, uma das maiores sociedades de advogados em Portugal. Trabalha, sobretudo, com contenciosos tributários e, além disso, leciona na Universidade Católica Portuguesa de Lisboa as cadeiras de IRC e de Contencioso Tributário, (Pós-Graduação em Fiscalidade). Integra, ainda, a lista de árbitros em matéria tributária do CAAD – Centro de Arbitragem Administrativa.

João Silva Lopes, secretário de Estado do Tesouro e das Finanças

Tal como Cláudia Reis Duarte, nova secretária de Estado dos Assuntos Fiscais, também o novo secretário de Estado do Tesouro e das Finanças, João Silva Lopes, é um advogado especializado em direito fiscal e contencioso tributário. É licenciado em Direito pela Universidade Católica Portuguesa e pós-graduado pelo Instituto Superior de Gestão (ISG). Fez parte da Comissão para a Reforma da Fiscalidade Verde e também foi administrador na EMAC – Empresa Municipal de Ambiente de Cascais. Também tem experiência na área da contratação pública, tendo sido membro da comissão independente de acompanhamento e fiscalização das medidas especiais de contratação pública (CIMEC).

Marisa Garrido, secretária de Estado da Administração Pública

A nova secretária de Estado da Administração Pública, que está sob a alçada do ministro Joaquim Miranda Sarmento, é Marisa Garrido, que foi vice-presidente do IAPMEI – Agência para a Competitividade e Inovação e, segundo uma curta nota biográfica divulgada pelo Governo, “gestora em diferentes setores”. Entre esses setores está o cargo de diretora de recursos humanos dos CTT, que deixou para ir para o IAPMEI há pouco mais de um ano. É licenciada em gestão de empresas pelo ISG (a mesma faculdade onde se pós-graduou o secretário de Estado João Silva Lopes). Numa nota biográfica escrita pela própria em 2023, Marisa Garrido diz ter “sólida experiência em todas as vertentes da gestão de pessoas, especialmente em contextos de processos de transformação organizacional”.

Ministério da Economia

Ministro

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

Pedro Reis

Secretários de Estado

João Rui Ferreira, secretário de Estado da Economia

Da cortiça para a Economia. João Rui Ferreira é o secretário-geral da APCOR (Associação Portuguesa da Cortiça) desde 2022, tendo estado na direção da WFSCork. Em 2022 desejou que das eleições saísse um quadro estável e rápido e que se aproveitasse o PRR e o PT 2030, em declarações ao Eco. Agora assume a secretaria de Estado da Economia, num governo que quer pôr a economia a crescer em torno dos 3%. Licenciado e com mestrado em engenharia química é, ainda, pós-graduado em métodos quantitativos em gestão. Está no Conselho Estratégico Nacional do PSD, que apoia a Direção Nacional do PSD.

Pedro Manuel Monteiro Machado, secretário de Estado do Turismo

A sua ligação ao turismo já é de há vários anos. Foi o rosto que durante muitos anos esteve ligado à promoção turística do centro, liderando a Entidade Regional de Turismo do Centro de Portugal, de onde saiu por limites de mandato em 2023 e ao fim de 17 anos. Aos 57 anos assume a secretaria de Estado do Turismo. Ao sair do Turismo do Centro declarou que saia naquela expectativa de que “faltava um bocadinho para fazer”, antecipando, em agosto, ao Jornal de Abrantes que iria dedicar-se a partir de então ao mercado externo. Foi para a ARPT – Agência Regional de Promoção Turística Externa do Centro de Portugal. Licenciado em filosofia, por Coimbra, tirou mestrado em Ciências de Educação em Coimbra e doutoramento em turismo em Aveiro.

Lídia Bulcão, secretária de Estado do Mar 

Foi jornalista nos anos de 1990 e 2000 em vários jornais: Semanário, Euronotícias, Capital, Meia Hora, Tribuna das Ilhas. Nascida a 19 de abril de 1974, está prestes a completar 50 anos, tal como a revolução de Abril. Nascida nos Açores, licenciou-se em Ciências da Comunicação e frequentou a pós-graduação em relações internacionais. Foi deputada pelo círculo dos Açores e é ao seu nome que fica ligado ao anúncio de que os deputados do PSD/Açores que votaram contra a lei das Finanças Regionais proposta pelo governo de Passos Coelho (quebrando a disciplina partidária) iriam ser sujeitos a processos disciplinares (e foram). Mais recente é a sua passagem pela Assembleia Legislativa regional.

Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social

Ministro

DIOGO VENTURA/OBSERVADOR

Rosário Ramalho

Secretários de Estado

 Adriano Rafael Sousa Moreira, secretário de Estado do Trabalho

Licenciado em Direito, Adriano Rafael Sousa Moreira tem uma pós-graduação em direito penal económico e europeu e outro em contratação pública. Foi deputado pelo círculo eleitoral do Porto. Exerceu funções de vogal do conselho de administração da Infraestruturas de Portugal (IP), cargo ao qual renunciou em 2016, pouco depois da saída de António Ramalho da liderança da empresa para ir presidir ao Novo Banco. António Ramalho é marido de Rosário Palma Ramalho, a nova ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social com quem Adriano Sousa Moreira vai trabalhar de perto. Segundo a resolução publicada em Diário da República em 2003 com a sua nomeação para vogal da CP, foi membro do conselho coordenador do Pacto Territorial para o Emprego do Vale do Sousa.

Jorge Manuel de Almeida Campino, secretário de Estado adjunto e da Segurança Social

No currículo, Jorge Manuel de Almeida Campino tem passagens por diversas entidades ligadas à Segurança Social, obra publicada na área e o trabalho governativo não lhe será novidade: foi chefe de gabinete do secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social no governo de Pedro Passos Coelho. Doutorado em Economia, foi técnico superior no Instituto da Segurança Social e na experiência profissional tem também a experiência como diretor do centro distrital da Segurança Social de Aveiro ou presidente do conselho diretivo do centro regional de Segurança Social da região centro e, depois, de Aveiro. Passou, mais tarde, a vice-presidente do conselho diretivo do Instituto da Segurança Social (ISS) durante perto de um ano, o que, segundo o Portal d’Aveiro, o levou a mudar-se para Lisboa. Para exercer esse cargo deixou a vice-presidência da Câmara Municipal de Aveiro, já na altura presidida por Ribau Esteves. Mas com o primeiro governo de António Costa a direção de que Campino fazia parte no ISS foi demitida, com o Executivo a alegar uma necessidade “premente” de dar uma “nova orientação” à gestão daquela entidade.

Jorge Campino, o novo secretário de Estado que foi demitido por Vieira da Silva e tem pela frente os desafios da Segurança Social

Clara Marques Mendes, secretária de Estado da Ação Social e Inclusão

Clara Marques Mendes era uma das deputadas social-democratas que liderava as intervenções do PSD na comissão parlamentar de Trabalho e Segurança Social, pelo que a pasta com que vai liderar não lhe é nova. Licenciada em direito, é advogada de profissão (trabalhou no escritório de advogados do pai). Segundo um artigo de 2011 do Diário de Notícias, Marques Mendes nunca pensou em ser deputada antes de ser eleita (a primeira vez foi em 2011). “Sou do PSD desde jovem, mas não militante. Faço parte do enorme grupo de cidadãos que acompanham a vida do PSD, sofrem com as suas derrotas, rejubilam com as suas vitórias, mas não são profissionais da política. Sou aquilo a que se pode chamar uma ‘laranjinha não encartada’”, disse na altura. É irmã do comentador e ex-líder do PSD Luís Marques Mendes.

Ministério das Infraestruturas e Habitação

Ministro

Miguel Pinto Luz

Miguel Pinto Luz, vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais e candidato à liderança do Partido Social Democrata (PSD), em entrevista ao Observador para o programa "Sob Escuta". 5 de Abril de 2022, Lisboa TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

Secretários de Estado

Hugo Espírito Santo, secretário de Estado das Infraestruturas

Consultor da McKinsey, com especialidade na área da aviação, Hugo Espírito Santo assume a secretaria de Estado das Infraestruturas que ficará com o pelouro da TAP, dossiê que Pinto Luz já teve mão quando na passagem (rápida) pelo governo de Passos Coelho, um governo de curta duração e que finalizou a privatização da transportadora. Hugo Espírito Santo estudou na Academia de Música Santa Cecília e licenciou-se na Universidade Católica em Economia. Na consultora McKinsey (que fez trabalho para a TAP), Hugo Morato Alface do Espírito Santo tem trabalhado em vários projetos em África, nomeadamente Angola. “Nos tempos livres, gosta de viajar por África e pelo mundo, e tem a paixão da boa gastronomia”, lê-se no seu perfil na McKinsey.

Cristina Dias, secretária de Estado da Mobilidade

A pasta da mobilidade vai estar nas mãos de Cristina Dias, até agora vogal do conselho de administração da AMT (Autoridade da Mobilidade e dos Transportes). Está neste organismo desde 2015 depois de uma saída polémica da CP, onde chegou a vice-presidente. Na CP estava, aliás, desde 1992, subindo à administração em 2010. Quando rescindiu o contrato com a empresa pública ferroviária, negociou uma indemnização de 80 mil euros (quando já teria indicação de que iria para a AMT). Foi em outubro de 2015: Cristina Dias passou da CP para a AMT, nomeada durante o (curto) governo de Pedro Passos Coelho, que tinha vencido as eleições mas acabaria derrubado, poucas semanas depois, por António Costa e pela “geringonça”. Cristina Dias foi muito criticada, por exemplo, por José Reisinho, da comissão de trabalhadores da CP, que considerou “escandaloso” ter sido atribuída uma indemnização. “Foi ela que pediu para sair, logo foi ela que se quis ir embora. Por isso não teria direito a indemnização”.

Cristina Pinto Dias, nova secretária de Estado da Mobilidade, teve saída polémica da CP (com indemnização)

Patrícia Machado Santos, secretária de Estado da Habitação

A habitação volta a ser apenas uma secretaria de Estado, depois de ter estado com a ministra socialista Marina Gonçalves. Quem agarra esta pasta sensível, no governo de Luís Montenegro, é Patrícia Machado Santos, arquiteta. É nessa área que fez a licenciatura, para depois concluir um doutoramento na especialidade de Tecnologias de Gestão da Construção. Patrícia Machado Santos já trabalhou nos departamentos de habitação nas câmaras municipais de Lisboa e de Oeiras (onde foi diretora do Departamento de Habitação Municipal, a partir do final de 2020).

De Oeiras para o Governo. Aquitecta Patrícia Machado Santos assume pasta da Habitação

Ministério do Ambiente e Energia

Ministro

Maria da Graça Carvalho

DR

Secretários de Estado

Emídio Ferreira dos Santos Sousa, secretário de Estado do Ambiente

O escolhido para a pasta do Ambiente é outro dos novos secretários de Estado com experiência autárquica. Emídio Sousa era até há pouco tempo presidente da Câmara de Santa Maria da Feira, cargo que ocupava desde 2013 e ao qual renunciou para ser cabeça de lista pelo PSD em Aveiro. Antes, foi vice-presidente da mesma autarquia, onde também já tinha sido vereador, sendo o ambiente um dos seus pelouros. Aos 63 anos, Emídio Sousa assume uma pasta complexa. É licenciado em Administração Autárquica e chegou a ser presidente da empresa municipal de Santa Maria da Feira, da Associação de Desenvolvimento Rural Integrado das Terras de Santa Maria e do Parque Empresarial da Recuperação de Materiais das Terras de Santa Maria.

Maria João Pereira, secretária de Estado da Energia

Para a Energia, Luís Montenegro foi recrutar à academia. Maria João Pereira é professora catedrática do Instituto Superior Técnico e Presidente do Departamento de Engenharia de Recursos Minerais e Energéticos do Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa, não tendo qualquer experiência política. É doutorada em Engenharia de Minas, área na qual já tinha tirado o mestrado e a licenciatura. Este poderá ser um dos temas que Maria João Pereira terá em mãos durante a legislatura, já que o concurso para a atribuição de novas concessões de lítio, que esteve previsto no Governo socialista, não chegou a avançar. Ao longo do percurso académico, a nova secretária de Estado participou em mais de 30 projetos científicos e publicou mais de 120 artigos em revistas científicas.

Ministério da Educação

Ministro

Fernando Alexandre

DIOGO VENTURA/OBSERVADOR

Secretários de Estado

Alexandre Homem Cristo, secretário de Estado Adjunto e da Educação

Alexandre Homem Cristo será o número 2 da Educação e ajuda a compor o super-ministério de Fernando Alexandre. Licenciado em Ciência Política pela Universidade Católica Portuguesa e com mestrado em Política Comparada, Homem Cristo foi assessor parlamentar do CDS entre 2012 e 2015. Já do lado da Educação, passou pelo Conselho Nacional de Educação, como conselheiro, entre 2013 e 2015, e foi ainda autor de um estudo para a Fundação Francisco Manuel dos Santos sobre as escolas do século XXI.

Para já, sabe-se que defende o regresso das provas de aferição no 4.º e 6.º anos e a monitorização dos resultados escolares para que possam ser analisados. Enquanto colunista do Observador, defendeu, num artigo de opinião, que o sistema de recrutamento de professores deveria ser alterado, dando mais autonomia às escolas neste processo.

Pedro Cunha, secretário de Estado da Educação

Pedro Cunha conhece as escolas desde 1996, ano em que começou a exercer funções técnicas nesta área. Foi subdiretor-geral da Educação durante sete anos — entre 2010 e 2017 — e ainda chegou a assumir provisoriamente, em regime de substituição, o cargo de diretor-geral da Educação, em março do ano passado. Doutorado em Psicologia, com especialização em Psicologia Educacional, o novo secretário de Estado da Educação deixa agora a Fundação Calouste Gulbenkian, onde foi diretor e diretor-adjunto do Programa Gulbenkian Conhecimento desde 2019.

Ana Severino Paiva, secretária de Estado da Ciência

É uma figura pouco conhecida da esfera política. Vem da academia, onde é professora catedrática do Departamento de Engenharia Informática do Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa. Ana Severino Paiva assume agora a pasta da Ciência, tendo como área de especialização a inteligência artificial e robótica.

Ministério da Saúde

Ministro

Ana Paula Martins

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

Secretários de Estado

Ana Margarida Povo, secretária de Estado da Saúde

Ana Margarida Povo é a nova secretária de Estado da Saúde. É médica cirurgiã do Hospital de Santo António, no Porto, especialista nas áreas de proctologia e distúrbios do pavimento pélvico. É também professora convidada do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto. Foi, aliás, a mais nova a assumir a liderança do Centro Académico Clínico do ICBAS- Hospital de Santo António.

Em 2017, quando defendeu a sua tese de doutoramento na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), a cirurgiã foi notícia pelo estudo e aplicação inovadora de um elétrodo estimulador dos nervos sagrados, em dois pacientes com malformação do sacro (osso na base da coluna vertebral), responsáveis, nestes casos, pela incontinência fecal e urinária.

Para além do Hospital de Santo António, a médica, que nasceu em Vila Real mas que se mudou para o Porto ainda pequena, trabalhou também no Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos.

Cristina Vaz Tomé, secretária de Estado da Promoção da Saúde

Já Cristina Vaz Tomé tomará posse esta sexta-feira como secretária de Estado da Promoção da Saúde. No entanto, chega ao Governo com um percurso profissional que nunca se cruzou com a área da Saúde. Engenheira de gestão industrial de formação, é professora de Ética e Responsabilidade Social na Católica Lisbon School of Business & Economics. Trabalhou na Autoeuropa, na consultora KPMG, foi administradora da RTP, trabalhou no grupo IMPRESA e é atualmente consultora na EURONEWS. Cristina Vaz Tomé integra o Conselho Estratégico Nacional do PSD, onde é coordenadora da área de Economia e Empresas.

Aos 56 anos, assume aquele que é talvez o maior desafio da sua carreira profissional, integrando uma equipa composta exclusivamente por mulheres no Ministério da Saúde, algo inédito pelo menos neste século.

Ministério da Defesa

Ministro

Nuno Melo

DIOGO VENTURA/OBSERVADOR

Secretários de Estado

Álvaro Castello Branco, secretário de Estado Adjunto e da Defesa Nacional

Era número dois do CDS nas listas da Aliança Democrática pelo círculo do Porto. Não conseguiu a eleição a 10 de março, mas chegou a ser conjeturado um regresso de Álvaro Castello-Branco ao Parlamento (onde chegou pela primeira vez em 1999), depois de Nuno Melo ter sido chamado para assumir a pasta da Defesa no Governo. Não vai acontecer, porque o centrista acaba por seguir para o mesmo ministério, depois de ter sido convidado para secretário de Estado Adjunto e da Defesa Nacional. Ex-vice-presidente da Câmara Municipal do Porto, e atual vice-presidente do CDS, o advogado (prestes a completar 63 anos) teve passagens pela comissão de Defesa da Assembleia da República — ainda que o principal destaque deva ir para a participação na Comissão Parlamentar de Inquérito sobre as consequências e responsabilidades políticas do furto do material militar ocorrido em Tancos. Como “Adjunto” de Nuno Melo, será o secretário de Estado mais próximo do ministro da Defesa e assume a pasta num momento particularmente difícil do universo militar, sobretudo devido às dificuldades em captar — e, depois, reter — elementos nos diferentes ramos das Forças Armadas.

CDS passa a ter mais governantes do que deputados com pastas que permitem combate ao Chega

Ana Isabel Xavier, secretária de Estado da Defesa Nacional

Numa entrevista ao Diário de Notícias, no início de fevereiro, a nova secretária de Estado da Defesa Nacional tocava num dos pontos centrais da política de (gestão dos recursos da) Defesa de hoje: investir em Defesa — e chegar à meta dos 2% do PIB para esta área — significa reforçar capacidades, adquirir equipamentos mais modernos e reforçar a investigação e a tecnologia ao serviço das Forças Armadas, sim. Mas, questionava-se a professora universitária e membro do Conselho Estratégico Nacional do PSD, “de que nos servirá ter umas forças armadas capacitadas em matéria de investimento e meios operacionais, se não conseguimos atrair, recrutar, e sobretudo manter e desenvolver carreiras profissionais sólidas em todos os níveis hierárquicos?” Ex subdiretora Geral de Política de Defesa Nacional (entre 2015 e 2017), ex-presidente da Associação de Auditores dos Cursos de Defesa Nacional (nos anos de 2014 a 2016) e presidente da Associação dos Jovens Auditores para a Defesa, Segurança e Cidadania (de 2009 a 2013), Ana Isabel Xavier é doutorada em Relações Internacionais pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, numa ligação à academia que se estende às funções de professora associada na Universidade Autónoma de Lisboa e professora convidada do ISCTE-IUL.

Defesa. Ministério mais político e a ameaça de militares nas ruas

Ministério da Justiça

Ministro

Rita Júdice

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

Secretários de Estado

Maria José Barros, secretária de Estado Adjunta e da Justiça

Maria José Barros é jurista de formação, formada na Universidade Católica, e foi adjunta de Paulo Rangel quando este ocupou precisamente a pasta de secretário de Estado Adjunto do ministro da Justiça (à altura, Aguiar-Branco), no Governo de Santana Lopes. Seguiu, a partir daí, uma carreira sempre afastada da área política, ocupando vários lugares ligados à gestão hospitalar, na sequência de uma especialização que tinha feito no passado (2001-2003) nessa área, na Escola Nacional de Saúde Pública: foi administradora no Hospital de Santa Marta, vogal do Conselho de Administração do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia, vogal de administração no Hospital de São João e administradora executiva do Hospital de Braga.

Maria Clara Figueiredo, secretária de Estado da Justiça

A pasta da secretaria de Estado da Justiça será agora ocupada por uma juíza. Maria Clara Figueiredo fez grande parte da carreira como magistrada no Tribunal de Portalegre, onde esteve no Juízo do Trabalho e depois cumpriu funções como juíza da Comarca. Em 2016, foi nomeada magistrada coordenadora naquele tribunal. Subiu entretanto a juíza desembargadora, tendo sido colocada na secção criminal do Tribunal da Relação de Évora em 2021. Recentemente, fez parte do coletivo de juízes desse mesmo tribunal que deu razão ao recurso da família do trabalhador atropelado pelo carro onde seguia o então ministro Eduardo Cabrita, ordenando abertura de instrução nesse processo.

Ministério da Administração Interna

Ministro

Margarida Blasco

DIOGO VENTURA/OBSERVADOR

Secretários de Estado

Telmo Correia, secretário de Estado da Administração Interna

A secretaria de Estado da Administração Interna será ocupada por Telmo Correia, um dos nomes mais conhecidos do CDS-PP, com pouca experiência governativa, mas muitos anos no Parlamento. Foi deputado durante mais de 20 anos (de 1999 a 2022), líder da bancada do CDS por três vezes e chegou a ser vice-presidente da Assembleia da República. Teve uma breve experiência governativa como ministro do Turismo no governo de Santana Lopes (2004-2005). Formado em Direito, trabalhou como advogado — estava inclusivamente na sociedade de advogados BRAM desde que abandonou o Parlamento — e professor universitário.

Paulo Ribeiro, secretário de Estado da Proteção Civil 

Advogado de profissão, é, no entanto, um nome vindo do aparelho do PSD. Foi deputado na Assembleia da República durante as legislaturas dos governos de Passos Coelho, cargo pelo qual voltou a ser eleito agora em março. Foi candidato à câmara de Palmela por três vezes (2013, 2017 e 2021), mas acabou sempre por ficar como vereador sem pelouros num município que é um bastião comunista na península de Setúbal. Com a liderança de Luís Montenegro, passou a ter lugar na Comissão Política do partido.

Ministério da Coesão Territorial

Ministro

Manuel Castro Almeida

DIOGO VENTURA/OBSERVADOR

Secretários de Estado

Hélder Reis, secretário de Estado do Desenvolvimento Regional

Foi secretário de Estado Adjunto e do Orçamento com os ministros Vítor Gaspar e Maria Luís Albuquerque, no tempo do Governo de Passos Coelho, em pleno programa de ajuda externa e a sua saída. Volta ao elenco governativo como secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, a responder a Castro Almeida, que ficou com o poder de gerir os fundos estruturais europeus.

Hélder Reis nasceu em 1969 e é mais um economista neste Governo de Montenegro. É licenciado em economia e mestrado em Economia Monetária e Financeira, com tese na área orçamental, pelo Instituto Superior de Economia e Gestão. Antes da primeira passagem como governante foi adjunto de um outro secretário de Estado (o dos Assuntos Fiscais com Durão Barroso e Santana Lopes), mas esteve sempre ligado a áreas técnicas do Ministério das Finanças desde 1999. Era até agora consultor para os Assuntos Económicos de Marcelo Rebelo de Sousa na Presidência da República.

Hernâni Dias, secretário de Estado da Administração Local

Hernâni Dias foi um dos sete presidentes de câmara do PSD candidatos às legislativas de 10 de março. Renunciou ao cargo em Bragança, que presidia desde 2013, para ser cabeça de lista pela AD. Aos 56 anos, o novo secretário de Estado da Administração Local é licenciado em Português/Francês, e antes de se dedicar à política autárquica deu aulas em várias escolas do distrito de Bragança. Foi presidente da junta de Sendas durante oito anos, ao fim dos quais passou a ser vereador em Bragança, até chegar à presidência.

Ministério da Juventude e Modernização

Ministro

Margarida Balseiro Lopes

DIOGO VENTURA/OBSERVADOR

Secretários de Estado

Carla Mouro, secretária de Estado Adjunta e da Igualdade

Presidente Executiva na Fundação da Juventude desde 2018, tem um um percurso académico dedicado ao tema. Licenciada em Relações Internacionais pela Universidade Lusófona, de acordo com a sua nota biográfica, foi atleta de alta competição. Passou pelas Nações Unidas como consultora e, em 2008, passou a integrar a equipa de assessores do Presidente da República Aníbal Cavaco Silva, função que desempenhou até 2016 antes de integrar a Fundação da Juventude.

Alberto Rodrigues da Silva, secretário de Estado da Modernização e Digitalização

De acordo com a nota curricular, tem um doutoramento em Engenharia Informática e de Computadores; mestrado em Engenharia Electrotécnica e Computadores; e licenciatura de Engenharia Informática. É investigador e docente universitário, sendo professor catedrático do Instituto Superior Técnico.

Ministério da Agricultura e Pescas

Ministro

José Manuel Fernandes

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

Secretários de Estado

João Moura, secretário de Estado da Agricultura

O secretário de Estado da Agricultura escolhido por Montenegro é administrador de empresas de profissão. João Moura, de 52 anos, é licenciado em engenharia agropecuária e tem um MBA em gestão de empresas. Tem passado os últimos anos no Parlamento, para onde foi eleito deputado, no último dia 10 de março, pela quinta vez pelo círculo de Santarém. Nas últimas duas legislaturas pertenceu às comissões parlamentares de agricultura. Foi nesse âmbito que no ano passado criticou a então ministra da pasta, Maria do Céu Antunes, pela demora em nomear, precisamente, o secretário de Estado da Agricultura, acusando a ministra de cometer sucessivas “trapalhadas”. É ainda presidente da Comissão Política Distrital do PSD de Santarém e da Assembleia Municipal de Ourém. Tem duas participações suspensas em empresas ligadas à engenharia civil e turismo.

Cláudia Monteiro de Aguiar, secretária de Estado das Pescas

É madeirense a escolhida por Montenegro para a pasta das Pescas. Mas antes de o nome ser oficialmente confirmado no site da Presidência da República, foi no Facebook de Miguel Albuquerque que o país ficou a saber que Cláudia Monteiro de Aguiar vai integrar o Governo. A atual eurodeputada, de 41 anos (faz 42 na próxima segunda-feira) é licenciada em sociologia e tirou uma pós-graduação em comunicação e marketing, especialidade que exerceu no grupo hoteleiro Porto Bay Hotels & Resorts, antes de rumar ao parlamento português. Foi eleita deputada em 2011 e rumou a Bruxelas nas europeias de 2014, sendo reeleita nas eleições de 2019. No Parlamento Europeu foi até agora membro suplente da comissão das Pescas.

Rui Ladeira, secretário de Estado das Florestas

Rui Ladeira foi presidente da Câmara de Vouzela até 25 de janeiro, data em que suspendeu o mandato para se candidatar às legislativas de 10 de março. Uma vez que não foi eleito pelo distrito de Viseu, retomou a liderança da autarquia. Foi por pouco tempo. Vai ser secretário de Estado das Florestas, uma pasta do ministério da Agricultura. O benfiquista nascido em 1974 estudou engenharia florestal e foi eleito para um terceiro mandato na câmara de Vouzela nas autárquicas de 2021.

Ministério da Cultura

Ministro

Dalila Rodrigues

DIOGO VENTURA/OBSERVADOR

Secretários de Estado

Maria de Lurdes dos Anjos Craveiro, secretária de Estado da Cultura

Para a secretaria de Estado da Cultura, Luís Montenegro foi recrutar novamente à área dos museus: Maria de Lurdes Craveiro é atualmente diretora do Museu Nacional Machado de Castro, cargo que ocupa desde 2021. É doutorada em História de Arte pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (UC), onde é professora desde 1988.  Segundo a UC, tem tido uma “ação destacada na defesa, conservação e divulgação do património arquitetónico”.

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