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zona aluvial conhecida por The Moon
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Vista sobre uma zona aluvial conhecida por The Moon, pelas semelhanças com o satélite natural da Terra

PJ Marcellino

Vista sobre uma zona aluvial conhecida por The Moon, pelas semelhanças com o satélite natural da Terra

PJ Marcellino

Simular vida em Marte: as emergências, o labirinto e as cianobactérias de estimação

Duas semanas depois, a missão de simulação de Marte terminou. Fizeram o labirinto da meditação, passaram no teste das emergências, mas terão ainda muito trabalho para concluir no regresso à Terra.

“OK TENHO Q IR
EMERGENCIA DE INCENDIO!!!!”

Foi com esta mensagem que Pedro José-Marcellino terminou uma das entrevistas com o Observador durante a missão que simulava a vida em Marte, no deserto do Utah (Estados Unidos). Faltavam ainda alguns minutos para as 10h na Mars Desert Research Station (MDRS), mas a tripulação já tinha começado os afazeres diários. Ao sinal de alarme, os três elementos que se encontravam no computador olharam uns para os outrosé possível que lhes tenham saído dois ou três palavrões —, o quarto elemento, a Kay Sandor, foi apanhada a sair da casa de banho ainda sem perceber muito bem o que se passava.

Depois de avisar pelo rádio que se tratava de um exercício, o responsável pela saúde e segurança (HSO, Health and Security Officer), Robert Turner, iniciou a simulação:
“Hab, Hab!!!” [quebras] “Hab, this is HSO Turner!” [quebras e tosse] “Hab, Come in!”…

Uns segundos para aceitar que se teriam de levantar e correr para o local da emergência e outros tantos para deixar a mensagem escrita que o Observador só receberia cinco minutos depois. Nesta simulação de Marte, a tripulação está a testar um sistema de comunicação — exclusivamente por escrito — que simula um atraso na receção das mensagens, como aconteceria caso Marte estivesse a cerca de 90 milhões de quilómetros da Terra.

Quando a mensagem “chegou à Terra”, já a tripulação da missão MDRS 238 tinha vestido os fatos de astronauta e seguia pelo corredor em direção à oficina onde se encontrava Robert Turner — mas do engenheiro Simon Werner nem sinal. Assim que viram o fumo, a equipa usou prontamente o extintor. Aí sim, qual voz do além, Werner avisou por rádio que o fogo estava dentro da oficina e que eles estavam a usar o extintor no fumo.

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Como se vive em Marte sem sair das Montanhas Rochosas? A missão que vai testar saúde mental, comunicações e respostas de emergência

A tripulação sabia que estas simulações iriam acontecer, mas não sabia quando. “Andamos aqui muito nervosos”, confessou Pedro José-Marcellino antes de ser chamado para a emergência. Convencidos de que alguma das simulações aconteceria durante a noite, nem conseguiam dormir descansados, disse o primeiro oficial. Quanto a Werner e Turner, formavam uma dupla tão cúmplice que, à mínima troca de olhares, a tripulação ficava em estado de alerta, contou o engenheiro ao Observador.

“Foi interessante ver quão rapidamente a tripulação demonstrou sinais de aborrecimento: ‘Oh, não! Agora não!’ e afins”, contou Simon Werner. Claro que, com simulações de surpresa, todos eram apanhados no meio de qualquer tarefa — o engenheiro confessou que sentia o mesmo quando era bombeiro voluntário e a sirene o arrancava das suas tarefas. Resmunguices à parte, a tripulação respondeu rapidamente às simulações, pondo em prática o que tinham aprendido. “Isso foi muito impressionante.”

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Emergências: um socorrista sem fôlego e o engenheiro apanhado nas próprias partidas

Robert Turner, paramédico com experiência em respostas de emergência e de suporte avançado de vida, e Simon Werner, antigo bombeiro voluntário, foram os mentores da formação, treino e simulação das emergências, que incluíram incêndios, radiação solar, queda de meteoritos e o resgate de um astronauta no exterior. Em Terra tinham o apoio de Bhargav Patel, o engenheiro de Sistemas e Comunicações, que, a partir da Índia, ajudava a preparar as simulações e as comunicações que estariam em teste.

Com as duas simulações de incêndio, todos os membros da tripulação tiveram oportunidade de usar um extintor — alguns deles, pela primeira vez. E na segunda simulação tiveram um desempenho melhor: direcionaram o extintor para o fogo, as orientações dadas foram mais precisas e a comunicação com a pessoa presa ajudou-a a acalmar, contou Werner. Para a comandante Sionade Robinson, no entanto, a maior aprendizagem leva-a para a Terra: “Vou reavaliar a segurança contra incêndios na minha própria casa. Vou arranjar um extintor de incêndio e garantir que toda a família sabe como usá-lo”.

“A nossa intenção era exatamente esta: que uma tripulação não treinada fosse exposta a várias situações de emergência e fomos bem sucedidos.”
Simon Werner, engenheiro da missão MDRS 238

Uma outra emergência aconteceu durante uma atividade extraveicular (EVA). A Aga Pokrywka sentiu-se mal e desmaiou antes de chegar ao habitáculo. O procedimento de emergência foi acionado, mas o facto de a tripulação ser de apenas seis pessoas trocou-lhes os cálculos e acabaram por só poder ter três pessoas (em vez de quatro) para transportar o elemento caído. Mesmo sendo os três homens da tripulação a transportar o elemento mais leve, o esforço foi tremendo, disse Pedro José-Marcellino que, por pouco, não teve de ser socorrido de verdade.

Apesar de só terem percorrido cerca de 100 metros com a maca nas mãos, os fatos espaciais de exterior, o Sol do deserto sobre a tripulação e os capacetes, tornaram a tarefa muito mais difícil. “Quando chegámos ao fundo das escadas [de entrada para o habitáculo], o meu capacete parecia ter menos oxigénio do que dióxido de carbono”, contou Marcellino. “Pedi ao Simon que verificasse os meus níveis, mas o rádio dele estava morto. Bati no capacete, mas ele não entendeu.” Só quando entraram na câmara de vácuo (airlock, entre a porta do exterior e a que dá acesso ao habitáculo), viram que o vidro do capacete estava embaciado: com o esforço, o sistema de ventilação não estava a conseguir retirar o dióxido de carbono à velocidade necessária, deixando o primeiro oficial prestes a precisar de socorro.

Simon Werner também reconhece dificuldades nesta simulação. Primeiro, ou as macas são modificadas ou o astronauta caído no exterior só pode ser transportado de lado por causa do sistema de suporte de vida que carrega nas costas. Depois, o tamanho da “airlock”, que é demasiado apertada para quatro pessoas e uma maca. E ainda, o tempo: 10 minutos para vestir os fatos espaciais, cinco minutos de descompressão na “airlock”, tempo até à pessoa que precisa de socorro e regresso, e mais cinco minutos na “airlock”, resultaram num tempo de resposta que o engenheiro estima terem sido de 25 minutos — porque aconteceu perto do habitáculo. “Se estivermos numa situação real de risco de vida, poderia ser fatal.”

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Antes de a missão chegar ao fim, Werner, que planeou todas as simulações com Turner, quis apanhar o colega de equipa e combinou a simulação de queda de meteoritos com a comandante Robinson. O primeiro oficial Marcellino viu aí a oportunidade de se “vingar” do engenheiro: “Em vez de uma rutura, coloco sete no túnel, e mais uma de dois palmos de diâmetro, mais perigosa, que ameaça fazer colapsar os sistemas de suporte de vida nos túneis”.

À medida que Werner e Turner, de fatos espaciais, luvas grossas, capacetes na cabeça e sistema de suporte de vida às costas iam reparando as várias brechas na estrutura, o primeiro oficial ia comunicando que ainda tinha informação de estragos por reparar, incluindo o grande rasgão. “O rosto do Simon Werner ilumina-se quando vê as mudanças dinâmicas no exercício. Não o ouço dentro do capacete, mas leio nos lábios dele: ‘echt Geil!’ [muito fixe!]”, contou Marcellino numa das suas crónicas diárias.

Ao Observador, Simon Werner confirmou ter ficado agradavelmente surpreendido. “Tive o meu próprio momento de desconhecido e agradeço-lhes por isso”, contou. “Aprendi o quão limitante é estar a usar luvas e capacetes quando estamos a tentar reparar as ruturas no ‘casco’ [da estação].” Ainda assim, nada que não tivesse já enfrentado nos seus tempos de bombeiro voluntário.

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O melhor do labirinto de meditação foi a felicidade de Kay

Cada elemento da tripulação entrou na missão com projetos individuais, com um horário completamente definido e preenchido e com horas específicas para contactar os entes queridos — no âmbito do teste do sistema de comunicação. As simulações de emergência inesperadas obrigavam a interromper tudo isto. Contrariados nos primeiros segundos, a tripulação acabou por aderir aos exercícios, assim como cooperaram sempre generosamente nos projetos uns dos outros.

Um dos momentos mais emotivos, relacionados com a partilha e entreajuda, foi a construção do “labirinto da Kay”. Aos 74 anos, a norte-americana de pais húngaros, admite que se forçou fisicamente para estar ali. “Estou tão feliz por o ter feito e por ter conseguido alcançar aquilo que me propus fazer”, contou ao Observador, apesar dos problemas de mobilidade que chegaram a colocar em risco a sua participação na missão. “Sou uma pessoa de desafios e sei que consigo enfrentar qualquer coisa que meta na cabeça.”

E uma das coisas que tinha colocado na cabeça é que havia de desenhar um labirinto de meditação, com sete circuitos, tal como costuma fazer em Galveston (Texas) onde vive. O objetivo da psicoterapeuta agora reformada era proporcionar à tripulação de astronautas-cidadãos uma forma de reduzir o stress, relaxar o corpo e acalmar, tal como poderá ser necessário fazer com as tripulações que tenham de lidar com o isolamento nas viagens espaciais. A missão desta tripulação era precisamente estudar o bem estar de uma tripulação em isolamento.

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A primeira tentativa, no entanto, não foi bem sucedida. O solo de Marte (leia-se, do deserto do Utah) no local escolhido era demasiado rijo para permitir ser desenhado como Kay Sandor costuma fazer nas areias da praia do Golfo do México. Mas a tripulação estava determinada a conseguir proporcionar a Kay — a avó do grupo, como a descreveu Pedro José-Marcellino — aquilo que ela tanto desejava. “Cavámos por turnos, porque era tão difícil”, contou o primeiro oficial. Os fatos espaciais quentes e de mobilidade reduzida, a falta de oxigénio resultado do esforço e da pobre ventilação dos capacetes fez com que demorassem umas duas horas a desenhar o labirinto, mesmo num solo mais macio e bem mais perto do habitáculo.

Robinson, Marcellino e Werner percorreram também o labirinto. Primeiro um a um, depois todos juntos. Simon Werner, com um percurso académico e profissional ligado à ciência, admitiu que não é muito de “coisas espirituais”. Mas quando estava a caminhar no labirinto, especialmente quando os outros elementos da tripulação saíram do campo de visão e tudo o que via eram as linhas da paisagem notou “uma espécie de efeito de foco mental”.

A caminhada no labirinto foi calmante, também graças ao ruído monótono do ventilador, disse Werner, mas a melhor parte aconteceu já no habitáculo — como também relatou Marcellino. “A experiência mais impressionante para mim não teve nada a ver com o próprio passeio. Foi o momento em que entrámos pela câmara de vácuo e olhei para a cara feliz da Kay, com os olhos cintilantes de pura alegria”, descreveu o engenheiro alemão.

“Senti uma enorme gratidão pela tripulação. Completaram algo com o qual tinha sonhado e vê-lo acontecer foi incrível.” 
Kay Sandor, psicoterapeuta e responsável pela estufa na MDRS 238

Não se pense, no entanto, que foi tudo um mar de rosas, os elementos da tripulação admitem que houve momentos de tensão, mas nada que não ficasse resolvido (e bem resolvido) nas reuniões de grupo. Ajudou conhecerem-se há dois anos e terem tido reuniões frequentes nesse período e ajudou que fossem pessoas maduras e experientes — com uma média de idades de 53 anos —, dizem. “Existiram discussões, mas sem raiva nem stress. Era mais sobre pontos de vista diferentes ou sobre como lidar com uma situação, mas, no final, encontrámos sempre uma solução ou um bom compromisso”, respondeu Simon Werner.

O espaço era pequeno, os dias preenchidos e as vivências intensas. As refeições em conjunto e os momentos relaxantes à noite permitiram muitas conversas e gargalhadas. Mas cada um precisava do seu próprio espaço ou refúgio: Kay Sandor tinha a estufa e a cozinha, mas para a artista residente Aga Pokrywka e para o documentarista Pedro José-Marcellino, a necessidade de isolamento levava-os até à redoma científica, onde também podiam desfrutar de uma maravilhosa vista sobre “Marte”.

Primeira semana em Marte: do racionamento da água às conversas intimistas depois do jantar

Precisamos de contactar com outros seres vivos, mesmo que seja tomar conta de bactérias

Apesar da eventual necessidade de momentos a sós, a tripulação acabou por se dar conta da carência que sentia de estar com outras pessoas — ou até com outros seres vivos. O entusiasmo com que receberam um jornalista “marciano” por um dia na estação e as conversas que partilharam com ele deixaram-nos mais entusiasmados do que à partida esperariam, como contou Pedro José-Marcellino numa das suas crónicas.

Ou até a ternura com que tratavam Alice, o rato-do-deserto, que escolheu o quarto do Simon Werner como seu e que acabou por ser capturada e libertada pela terceira vez antes do final da missão (Alice ou um primo, tanto faz). Alice só não encantava a comandante que, na última vez que a viu deu um grito tão grande que fez toda a gente gritar também com o susto.

Aga Pokrywka que trabalhou com microorganismos e fermentações na estação quis levar esta necessidade de ligação a um ser vivo mais longe e ofereceu a cada membro da tripulação um pequeno biorreator com espirulina — uma cianobactéria que cresce em colónias que formam filamentos. “O objetivo era que cada pessoa tomasse conta da sua [por 72 horas]”, contou a artista ao Observador. “É engraçado ver quão envolvidas as pessoas estão.” Tinham de lhes dar horas de luz e de sombra e algum calor. Com este ser vivo a comandante Robinson estava felicíssima e no final do tempo de vigília tinha, aparentemente, as espirulinas mais saudáveis (leia-se mais desenvolvidas) do grupo. A experiência terminou com a degustação de espirulina, também usada como suplemento alimentar.

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Fora os elementos da tripulação, Alice, as espirulinas e as plantas da estufa, cada um dos astronautas-cidadãos podia falar com dois elementos da família (ou pessoas próximas) uma vez em cada uma das duas semanas da missão (de 2 a 15 de janeiro). Mas, claro, não era um contacto ao vivo, nem sequer por voz, era um contacto no âmbito do sistema de comunicação que estava a ser testado para melhorar o bem estar da tripulação ao proporcionar conversas mais dinâmicas e com maior envolvimento — mesmo quando as mensagens demoram cinco ou mais minutos a chegar ao outro lado.

Em geral, os membros da tripulação ficaram satisfeitos por poderem comunicar com as pessoas próximas que escolheram, ficando realmente tristes — como aconteceu com Kay Sandor — se por algum motivo essa oportunidade de conversa, que teve de ser previamente agendada, fosse perdida. Mas se uns conseguiram descontrair ao ponto de rir à gargalhada, como Sionade Robinson a falar com o marido, outros mostraram mais irritabilidade ao lidar com o sistema de comunicação em carrossel desenvolvido pela Braided Communications. As conclusões da experiência virão depois de os relatos serem analisados por Julia Yates, investigadora na City – University of London.

Em cada face do carrossel podem ser trocadas mensagens dentro de um tópico. No topo corre uma barra de tempo no fim da qual a face do carrossel gira automaticamente (deixando uma frase a meio, se for caso disso, e só tornará a escrever nessa face depois da volta completa). Depois, minutos antes de terminar a sessão (tantos quantos uma mensagem demora a chegar) deixa de poder escrever e só poderá ler o que foi enviado cinco minutos antes (ou outra latência definida), porque as suas mensagens também vão demorar cinco minutos a chegar ao outro lado.

“Algo de que sinto falta é de um espaço pessoal, mas encontrei algum isolamento quando trabalho na redoma científica, que é uma bela construção com uma vista deslumbrante e uma acústica fantástica para cantar sozinha enquanto trabalho nas coisas científicas.” 
Aga Pokrywka, artista residente na missão MDRS 238

Tirando as sessões para a experiência, os relatórios para a base de controlo, os contactos com o engenheiro de comunicações e as entrevistas com o Observador, a tripulação não tinha contacto com o exterior — afinal estavam em Marte e as comunicações não são assim tão fáceis. Mesmo a Internet tinha uma largura de banda muito, muito limitada e falhava com frequência. “Se formos para Marte, temos de ter um servidor local marciano que simule a Internet da Terra, mesmo com latência”, brincou Simon Werner.

A experiência global não deixa dúvidas à comandante: “O mais importante nas futuras missões a Marte ou outras explorações espaciais serão os fatores humanos — e as relações com o comando na Terra”. Neste caso, o contacto com a base teve muitos problemas e os momentos de tensão passaram sobretudo por aí.

Sionade Robinson admitiu também que apesar de todo o planeamento feito, a tripulação subestimou as rotinas de viver numa estação espacial, todos os requisitos em relação aos relatórios e ao cumprimento de certas rotinas, como a verificação da saúde dos astronautas ou as simulações de emergência. Isso tirou-lhes algum do tempo que tinham para os projetos pessoais.

“No que diz respeito aos projetos individuais, acho que o trabalho aqui, na MDRS, foi o início”, disse Sionade Robinson. “Mais como uma recolha de dados”, explicou. Muitas notas que ainda darão azo a muito mais pesquisa. “Teremos muito trabalho para fazer quando sairmos daqui.”

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