i MÁRIO CRUZ/LUSA MÁRIO CRUZ/LUSA Quem ganhou e quem perdeu Diogo Queiroz de Andrade Texto A noite das presidenciais deu resultados claros sobre cada um dos candidatos. E já é possível fazer o balanço de quem ganha e quem perde. 24 Jan 2016, 22:14 52%Marcelo Rebelo de SousaEleito à primeira, o professor Marcelo confirmou que os fins justificam os meios: uma campanha a fazer de conta que não existe garantiu a vitória nas urnas, sem necessidade de segunda volta. O primeiro desafio agora é ser mesmo o Presidente de todos os portugueses, mesmo sem acesso à dose semanal de televisão.José Sena Goulão/LUSA10,1%Marisa MatiasO resultado de Marisa Matias confirma que o Bloco de Esquerda já não é uma moda passageira e que os seus candidatos são o espelho de uma parte importante do país. A candidata fixou o eleitorado do partido, que ainda tem grande margem de crescimento graças à entrada no eleitorado mais jovem. O PCP que se cuide. MANUEL DE ALMEIDA/LUSA22,9%Sampaio da NóvoaGanhou espaço na sociedade portuguesa ao assumir-se como o melhor nome da oposição e mais votos que Alegre em 2011. Sem apoios partidários declarados, agregou quase todos os socialistas e ainda terá recolhido alguns votos da direita anti-Marcelo. Perdeu o acesso à segunda volta, mas nem isso o envergonha.JOSE SENA GOULAO/LUSA 4%Edgar SilvaÉ a pior votação de sempre de um candidato comunista: metade dos votos de Francisco Lopes há cinco anos e um resultado quase igual ao de Tino de Rans. A aposta no madeirense saiu cara ao partido comunista, que nem compensação financeira recebe e que perde relevância na guerra à esquerda do PS.HUGO AMARAL/OBSERVADOR4,2%Maria de BelémUma derrota humilhante que foi de erro em erro até ao descalabro eleitoral final. Belém foi das que mais gastou e de nada serviu. Nem sequer chegou aos 5%, valor que garantia os apoios estatais que terão sido a maior razão para a candidata levar a candidatura até ao fim. Sai pela porta mais pequena.Arménio Belo/LUSAAntónio CostaO primeiro-ministro vê um fundador do partido rival subir à presidência, com a legitimidade de mais de 52% dos votos. E vê as forças de apoio ao seu governo confirmarem o desequilíbrio a favor do Bloco, atirando o PCP outra vez para a força das ruas. Os próximos meses tornaram-se bem mais difíceis.MÁRIO CRUZ/LUSA