É um apartamento parcialmente destruído sem janelas. Esta imagem está a ser partilhada por várias contas nas redes sociais e está a ser atribuída ao edifício onde Ismail Haniyeh, o líder político do Hamas, terá morrido em Teerão, quando ia assistir à tomada de posse do novo Presidente iraniano, Masoud Pezeshkian.

“Isto é um ataque preciso: apenas um míssil, através da janela, e apenas Haniyeh e o seu guarda-costas foram mortos. Mais ninguém no edifício foi sequer ferido”, lê-se nas publicações, muitas delas inspiradas e que mostram mesmo um print de um post no X (antigo Twitter) de Eli David, que se apresenta como empreendedor e que conta com quase 700 mil seguidores naquela rede social.

Não obstante, o post escrito por Eli David, originalmente publicado a 31 de julho de 2024, acabou por desaparecer das redes sociais daquele empreendedor. No entanto, continua a aparecer nas redes sociais e até mesmo em contas do X verificadas que partilham informações sobre o conflito no Médio Oriente, muitas delas com um claro viés que favorece Israel.

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Ainda assim, aquela fotografia do apartamento parcialmente destruído não se refere ao local onde Ismail Haniyeh estava hospedado antes de ser morto por Israel. Refere-se antes a uma casa em Cabul — capital do Afeganistão — em que Ayman al-Zawahiri, líder da Al-Qaeda, foi morto com um ataque de drone, em agosto de 2022.

Através de geolocalização, imagens de arquivo e de satélite, a CNN internacional comprovou que foi naquele apartamento parcialmente destruído — cujas fotografias estão agora a ser atribuídas ao ataque em Teerão — que Ayman al-Zawahiri acabou por morrer.

Conclusão

Não é verdade que as fotografias que estão a ser partilhadas mostrem o edifício onde morreu o líder político do Hamas em Teerão. Em vez disso, as imagens revelam como ficou o apartamento onde o líder da Al-Qaeda acabou por ser morto em 2022, num ataque com drone.

Assim, de acordo com o sistema de classificação do Observador, este conteúdo é:

ERRADO

No sistema de classificação do Facebook, este conteúdo é:

FALSO: As principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.

NOTA: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook.

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