Uma página no Facebook alega que a muralha do Forte de Santa Apolónia está em risco de derrocada. Na imagem é possível ver que a edificação está deteriorada. Mas será que está em risco de cair, como alega o utilizador?

A construção da muralha do Forte de Santa Apolónia foi concluída em 1668 e originalmente tinha como função a defesa da cidade, como é explicado no site do Sistema de Informação para o Património Arquitectónico.

As informações da Câmara Municipal de Lisboa adiantam que a muralha se inseria na “linha de defesa da orla ribeirinha, com início na foz da ribeira de Alcântara e término na Cruz da Pedra”. Do Forte, entretanto classificado como Imóvel de Interesse Público, restam hoje em dia “a muralha da face direita, as bases de 2 guaritas e 2 portões seiscentistas mandados construir pelo Visconde de Manique”.

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Apesar de estar classificado pela Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), o Forte de Santa Apolónia está abandonado.

No entanto, numa resposta enviada ao Observador, sobre as condições da muralha, a Câmara Municipal de Lisboa aponta que, depois de “uma avaliação estrutural da muralha do Forte de Santa Apolónia, a Direção Municipal de Manutenção e Conservação da CML concluiu pela não existência de risco estrutural”.

A autarquia adianta que a avaliação “foi realizada no âmbito da preparação de trabalhos de conservação e restauro, a serem efetuados pela Divisão de Gestão de Obras de Arte, no âmbito da prática de salvaguarda do património cultural da CML”.

Conclusão

É verdade que a Muralha do Forte de Santa Apolónia, em Lisboa, apresenta danos. As atuais condições daquela estrutura são visíveis na imagem que acompanha a publicação em análise. No entanto, ao contrário do que é referido, não existe risco iminente de “derrocada”. Essa foi a conclusão de um estudo das condições da muralha realizado por um organismo da Câmara Municipal de Lisboa.

Assim, de acordo com o sistema de classificação do Observador, este conteúdo é:

ERRADO

No sistema de classificação do Facebook este conteúdo é:

FALSO: as principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.

NOTA: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook.

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