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  • Bom dia,

    termina aqui este liveblog. Pode continuar a acompanhar tudo num novo liveblog que já está aberto para que possa acompanhar toda a atualidade sobre autárquicas.

    Moedas esteve 12 minutos no metro para marcar Medina. “Cidadã” Temido no Porto pedir a voto de “socialistas e não socialistas”

  • “Tirem da Constituição o que lá puseram e que impede a regionalização” - Luís Fazenda

    O fundador do BE Luís Fazenda desafiou PS, PSD e Marcelo Rebelo de Sousa a retirar da Constituição a “armadilha” que criaram e que bloqueia a regionalização, criticando propostas de descentralização de entidades “para eleitor ver”.

    “Em tempo de eleições autárquicas, outra nota – essa até mais cómica, quase – dos últimos dias: uns querem pôr um tribunal superior em Coimbra, outros queriam pôr o Infarmed no Porto, outros querem pôr aqui uma coisa, além outra”, ironizou.

    Para o fundador do BE, é preciso “exigir uma discussão séria” sobre o tema, uma vez que “não se trata apenas de descentralizar algumas entidades públicas ou alguns serviços do Estado”, mas sim de “aproximar a decisão do cidadão”.

    “Para isso, a Constituição de 1976 previa uma regionalização. Acontece que PS e PSD e um artífice que se chama Marcelo Rebelo de Sousa criaram uma armadilha na Constituição que impede e bloqueia completamente essa regionalização. Há um referendo duplo, é preciso encontrar um mecanismo quase milagroso para se poder conseguir ir realizar uma regionalização em Portugal”, criticou.

  • Tiago Barbosa Ribeiro apresenta programa, afasta sombras e distancia-se da ideia de "Rei Sol"

    Um Porto forte, a par de um país recuperado pelas mãos do PS. A equação é simples para Tiago Barbosa Ribeiro que rejeita “derrotas antecipadas” e começa a apresentar trunfos na campanha.

    Tiago Barbosa Ribeiro apresenta programa, afasta sombras e distancia-se da ideia de “Rei Sol”

  • Tiago Barbosa Ribeiro: "Não tenho nenhuma tentação em ser rei e muito menos Rei Sol"

    Com a escada já lançada por José Luís Carneiro, Barbosa Ribeiro insistiu que se sente “profundamente apoiado pelo PS” e pela “confiança total” que tem na candidatura. A ideia é afastar sombras de um início menos seguro e as presenças já anunciadas de socialistas destacados para os próximos dias dão uma ajuda. Para que não haja dúvidas, no dia em que apresenta o programa, Tiago Barbosa Ribeiro lembra os mais distraídos que Costa encerrará o périplo pelos vários distritos ao seu lado, precisamente no Porto.

    Mas até lá ainda há uma semana, com uma cadência crescente de ações e o discurso a endurecer. Com o soudbite da “bazuca de anúncios” na ponta da língua, o candidato socialista atira novamente a Rui Moreira deixando claro que não tem “nenhuma tentação em ser rei”: “Muito menos Rei Sol”.

    Chama elogios àquilo que os opositores na corrida apontam como fragilidades: a juventude ou o Partido Socialista.

    Não me preocupa a idade de quem protagoniza boas ideias. Preocupa-me mais quem está a apresentar velhas ideias como sendo novas e não acrescentam nada novo. Ser o candidato do PS não é uma crítica é um grande elogio”, disse Barbosa Ribeiro arrancando algumas palmas à plateia.

    E depois da ode de José Luís Carneiro a António Costa, Barbosa Ribeiro abriu o livro de elogios a Fernando Gomes. Um socialista que, destacou, “rasgou mundos à cidade do Porto” concretizando também obras fundamentais na cidade como o metro ou a eliminação de três mil barracas. Até Jorge Sampaio foi usado para rebater qualquer aspiração de atingir o candidato criticando o Partido Socialista.

    “Uma crítica como ser apoiado pelo CDS e Iniciativa Liberal? Não quero. Ter nas suas listas alguém que é candidato pela extrema direita do Chega?”, ironizou atacando Rui Moreira e raspando também em António Fonseca.

    E voltando ao assunto do momento, Tiago Barbosa Ribeiro afirma que além do Plano de Recuperação e Resiliência é preciso um “Plano de Recuperação Local em colaboração com as estruturas representativas dos mais diferentes setores”. O candidato socialista aproveitou o exemplo de um programa europeu para apoiar a 100% projetos no âmbito da neutralidade carbónica a que o Porto não concorreu.

    “O Porto podia candidatar-se, mas não fez o trabalho de casa e não tem nenhum projeto para se candidatar. Devíamos estar a ir buscar tudo o que pudéssemos ao abrigo dos fundos de transição, porque esta é a batalha mais importante”, apontou o candidato socialista.

    Já na área da família e educação, Tiago Barbosa Ribeiro garante que irá criar uma “rede municipal de creches” para que “nenhuma criança do Porto deixe de ter lugar numa creche”.

    Uma coisa é certa, Barbosa Ribeiro não acredita em “derrotas antecipadas na política” e está disposto a tentar provar que nem sempre o mais esperado se torna realidade.

  • A 10 dias da ida às urnas José Luís Carneiro no Porto coapresenta programa de Tiago Barbosa Ribeiro

    Faltam precisamente 10 dias para os portuenses deixarem expresso no boletim de voto a opção que preferem para liderar a autarquia dos próximos anos, mas só a partir de agora podem conhecer de uma ponta à outra o programa do candidato socialista.

    Tiago Barbosa Ribeiro fez questão de deixar para a campanha eleitoral a apresentação do programa e teve o secretário-geral adjunto do PS a abrir a sessão.

    José Luís Carneiro — que chegou a ser promovido a secretário-geral, num lapso de apresentação — subiu ao púlpito para fazer uma ode à governação do PS em tempos de pandemia e reforçar a ideia de que o Partido Socialista apoia totalmente a candidatura de Barbosa Ribeiro.

    Como vem sendo habitual, o Plano de Recuperação e Resiliência marcou presença no discurso socialista, com José Luís Carneiro a acoplar-lhe também o quadro financeiro plurianual que Costa “conseguiu garantir” sem esquecer a cimeira Social da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia que teve como palco em maio a cidade do Porto.

    Para afastar as sombras que ainda pairem sobre a candidatura de Barbosa Ribeiro à autarquia, José Luís Carneiro responde às críticas de “sintonia com o Governo” transformando-as em “elogio”.

    “Ainda bem que é uma candidatura em sintonia com o Governo porque o Governo está bem com os portugueses e queremos estar bem com os habitantes desta cidade”, afirmou José Luís Carneiro acrescentando que essa é uma forma de ilustrar “que a candidatura do PS e o candidato são, de facto, a alternativa política a uma polícia orientada pelo laissez faire, laissez passer”.

  • O DJ Valério, uma playlist no Spotify e quatro colunas. Como é a música que se ouve na campanha de Rui Moreira

    Há um DJ entre a comitiva de Rui Moreira, chama-se Valério e revolucionou a forma como decorrem as arruadas do recandidato à câmara do Porto. Já há uma lista do Spotify e quem leve colunas na mão.

    O DJ Valério, uma playlist no Spotify e quatro colunas. Como é a música que se ouve na campanha de Rui Moreira

  • Vladimiro Feliz quer mais investimento e critica ação da autarquia na zona oriental do Porto: "Vemos muito pouco a acontecer"

    Na segunda arruada do dia, Vladimiro Feliz e a sua comitiva rumaram à Avenida Fernão de Magalhães, na zona oriental do Porto, uma zona que o social-democrata garante que não vai ser esquecida e onde lamenta o pouco investimento por parte de Rui Moreira, atual presidente da Câmara Municipal do Porto.

    “A dinâmica comercial diminuiu muito. Precisamos de trazer novas dinâmicas de conteúdos, de discutir as soluções de mobilidade com quem cá vive e com quem cá tem negócios, que é quem melhor conhece o território para essas decisões serem tomadas”, disse o candidato do PSD aos jornalistas, acrescentando que todas as decisões serão tomadas “com um processo de consulta das pessoas”.

    Vladimiro Feliz destaca as 275 medidas do programa eleitoral do PSD para o Porto, sobretudo um “plano de detalhe” para a zona oriental da cidade. “Ouvimos muito Rui Moreira falar da sua preocupação com a zona oriental, mas vemos muito pouco a acontecer“, atira o candidato, relembrando que o PSD “deixou obra no passado, quando foi governo”, como o Parque Oriental, a Pousada do Freixo e a Marina do Freixo, desenvolvidos com parceiros privados.

    Feliz quer ainda mais investimento no Porto, não daqueles que “sequem o resto da cidade ou da região”, mas que “façam crescer a região”.

    Quanto ao trabalho do atual autarca e recandidato, Vladimiro Feliz volta a sublinhar: “Aquilo que vemos de Rui Moreira são obras que ele quer fazer. Se formos ao Matadouro vemos um espaço fechado a cadeado sem que nada aconteça a não ser máquinas a transportar terra de um lado para o outro, vemos o Terminal Intermodal a acontecer, mas não vemos dinâmicas de transformação da cidade”. O candidato social-demorata diz ainda que quer um “distrito amigo da ecologia e dos animais” e garante que tem uma visão para a cidade “a quatro, oito e a 12 anos, e com metas até 2050”.

    “Para nós, Rui Moreira é passado, uma vez que se propõe a vir concluir e inaugurar obras. Mas nós somos futuro”, termina.

  • "Medina dá vontade de rir. Seis anos e não fez absolutamente nada"

    Carlos Moedas tira a máscara por breves instantes. “Desculpem a invasão, mas é importante uma pessoa apresentar-se”. Atrás dele, no Café dos Pintos, na freguesia de Alcântara, a comitiva vai-se acotovelando para ouvir a conversa entre candidato e os dois orgulhosos proprietários do botequim que promete litrosa de Cristal a 1,65€.

    O casal, primeiro ela e depois ele, queixa-se da (inexistente) recolha do lixo e da falta de apoios. Moedas ouve, acena e compadece-se com as dores alheias. Hesita em aceitar o café oferecido (“mas isso não tem jeito…“), mas lá acaba por fazer o jeito ao senhor António, camisola caveada preta, barriga proeminente.

    O Bairro dos Jacintos, ladeira para cima, ladeira para baixo, é uma espécie de twilight zone escondida pelos cafés e restaurantes da moda de Alcântara. Casas degradadas, quando não entaipadas, lixo pelo chão, praticamente deserto de gente. Uma realidade “indigna” para uma cidade que se diz ser uma das capitais europeias, afirmaria mais tarde Moedas.

    Os que interpelam a comitiva — Filipe Anacoreta Correia, Pedro Simas, Laurinda Alves, alguns jotas… — não escondem a indignação. “Se o senhor fosse da câmara dizia-lhe uma ou duas. Deixam as pessoas a dormir na rua, na miséria“, insurge-se a matriarca de uma família de três.

    Um olhar mais atento permite perceber que vivem na rua, numa carrinha branca adaptada para o efeito. Não querem ser filmados, desconfiam da comunicação social e ainda mais das reais intenções do candidato. Moedas dá ordem de marcha à comitiva, prometendo voltar sem os jornalistas.

    Mais à frente, no autoproclamado “Rei do Choco Frito”, as queixas à falta de condições de habitabilidade repetem-se. Nas costas do café-restaurante, o piso térreo de um prédio camarário está fechado a cadeado para segurar uma porta com sinais de arrombamento.

    Quando abertas as portas, vê-se lixo, dejetos de animais e um sistema de esgoto que cedeu há demasiado tempo e que há demasiado tempo que está sem conserto.

    “O Medina faz campanha aqui?”, comenta um dos membros do staff de Moedas, genuinamente surpreendido com o que vira. “Não deve fazer aqui, nem em lado nenhum“, corta o candidato social-democrata.

    O que viu é-lhe suficiente para atacar o adversário direto. Aos jornalistas, Moedas denuncia o permanente passa-culpas entre autarquia e juntas de freguesia, a falta de intervenção de Medina, a ausência de uma política de higiene urbana e o falhanço na Habitação.

    Aponta-lhe a “petulância” e a ironia de dizer que a candidatura não tem propostas para habitação. “Medina dá vontade de rir. Seis anos, não fez absolutamente nada e eu é que não tenho propostas.”

    De Alcântara para o Belém, do Bairro dos Jacintos para o jardim ao lado da pastelaria “Careca”, a cidade parece outra. Moedas junta-se à apresentação da recandidatura do presidente da Junta, Fernando Ribeiro Rosa, rodeado de rostos conhecidos: Telmo Correia, Ana Rita Bessa e Diogo Belford Henrieques, do CDS, Paulo Mota Pinto, José Matos Rosa, Luís Newton, do PSD.

    Embalado pelos elogios de Telmo Correia e de Fernando Ribeiro Rosa, Moedas tomou a palavra e resumiu a principal mensagem da candidatura: os próximos dias serão “cruciais“, todos os votos contam e ele é o único que pode derrotar Medina.

    “Preciso de cada um de vós. Não podem ficar em casa. O único que pode dar a mudança de que Lisboa precisa sou eu. Estamos prontos e vamos ganhar”, rematou o social-democrata. Apelo ao voto útil e dramatização. Está encontrado o tom para o que resta da corrida.

  • Rio quer que povo "castigue" PS e pede ao partido que se orgulhe do PSD

    Rui Rio pediu ao povo português que “castigue” a forma de fazer política do PS ao prometer “o que não pode cumprir”: “Não é assim que se ganham eleições”. E pede que se tenha orgulho no PSD.

    Rio quer que povo “castigue” PS e pede ao partido que se orgulhe do PSD

  • Jerónimo acusa Costa de querer “calar os eleitos da CDU” e desafia: “É bom que passe das palavras aos atos”

    Jerónimo de Sousa veio hoje juntar-se a João Ferreira e trouxe o Estado-maior do PCP em peso — na primeira fila do comício da CDU no Bairro Padre Cruz sentam-se figuras dos órgãos mais restritos do PCP como Jorge Cordeiro e Francisco Lopes.

    Defendendo que João Ferreira reúne “todas as condições” para “assumir a responsabilidade” da presidência da câmara — os argumentos passam sempre pela “experiência” e as “provas dadas” –, Jerónimo começa a explicar porque é que a CDU, que se serve da sua influência para pressionar o Governo nos dossiês sob sua tutela, é a melhor opção no boletim de voto: “A CDU não se cala, não desiste de agir junto de quem quer que seja até que os problemas sejam resolvidos!”.

    “Bem queria o secretário-geral do PS calar os eleitos da CDU quando exigem aquilo de que as populações precisam. Era o que faltava, camaradas!”, diz, arrancando um grande aplauso à audiência. Continua por aí fora: “Bem pode o PS propagandear os milhões da bazuca; enquanto a larga maioria for para o grande capital, terá sempre a resposta das populações”.

    Jerónimo vai aproveitando para ir enumerando, mais uma vez, o caderno de encargos do PCP a nível nacional. Primeiro, lembrando as notícias que dão conta da redução do número de médicos em exclusividade — e lembrando que o PCP propôs a exclusividade, contra a qual o PS votou, e a fixação de médicos em zonas carenciadas, “que está em vigor, o problema é que o Governo não concretiza porque não está interessado”. É, mais uma vez, o principal tema de confronto entre comunistas e Governo: a execução do atual Orçamento. E Jerónimo promete que estas são “duas questões de que não vamos desistir até as ver contempladas” — e que só provar que a “presença” e o “reforço” da CDU são ainda mais necessários.

    Por entre as medidas que conseguiu, sim, aprovar e que justificaram a viabilização do último OE — Jerónimo lembra o pagamento dos salários em lay-off, o prolongamento do subsídio de desemprego, as creches gratuitas para 20 mil crianças — mas também as que não foram adotadas — medidas laborais, prolongamento das moratórias — o líder do PCP deixa avisos. E lembra que amanhã serão votadas no Parlamento propostas para fixar o preço máximo dos combustíveis e para revogar a “lei dos despejos”: “Amanhã se verá se PS e Governo terão coragem de escolher o lado das famílias e pequenas e médias empresas ou dos grandes interesses. O PS terá amanhã a oportunidade de emendar a mão e corrigir as suas anteriores posições. É bom que passe das palavras aos atos na defesa das populações”, alerta. “Há muitas lutas para concretizar. O país precisa de avançar”.

    Da lista de Jerónimo fazem ainda parte o aumento de salários (mínimo, médio e geral), combate à precariedade, revogação das leis laborais da troika, aumento de pensões, desagravamento dos impostos mais baixos, creches gratuitas para todas as crianças. Tudo “razões para apoiar a CDU” — até porque dar força ao partido será um “contributo para poder dar novos passos”, a nível local mas também nacional.

    FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

  • João Ferreira faz comício em bairro municipal e aponta “fracassos” de PS e BE

    No Bairro Padre Cruz, um dos mais de 60 bairros municipais de Lisboa, ouve-se fado amador à hora do início do Comício. Numa junta que é governada pelo PCP, os comunistas decidem juntar-se, ouvir quem canta fado em Carnide e fazer uma espécie de comício-celebração.

    Depois de se ouvir que “cheira a Lisboa” ou fados de Vasco Santana, é a vez de se ouvir João Ferreira, que sobe ao palco após o discurso — muito aplaudido — do atual presidente da junta e recandidato, Fábio Sousa.

    “Este é o primeiro grande comício que a CDU faz nesta campanha oficial. Poderão perguntar-se: porquê aqui? Não é uma coisa comum que se venham aqui fazer comícios, candidatos, o secretário-geral”, começa por dizer João Ferreira. “A primeira razão é pelo exemplo: este é um exemplo daquilo que não pode ser esquecido em Lisboa”, e que fica à margem “dos investimentos e turismo”.

    Depois, passa às críticas concretas: “Voltamos a ouvir promessas de milhares de fogos acessíveis, mesmo de alguns dos que prometiam o mesmo há quatro anos. Diziam, o PS, seis mil fogos; outro, o BE, sete mil. Nem mil! Foi um fracasso”, sentencia, puxando pelos louros da CDU com o programa PACA, de reabilitação de casas da câmara. Mais um tiro contra a atual maioria: “A câmara arrecadou, em receitas da taxa tuística, mais do que investiu em todos os 66 bairros municipais. Diz muito do que foram as prioridades” dos dois partidos.

    Há ainda tempo para um ataque a Carlos Moedas, pelas críticas que faz à Gebalis — “tem faltado dizer que esses partidos [PSD e CDS] degradaram as condições da Gebalis”. “Temos há praticamente 20 anos oferta de habitação estagnada nesta cidade. A câmara tem de pressionar o Governo para que assuma as responsabilidades que lhe cabem na habitação social”.

    O que Ferreira quer, remata, é um “novo governo alternativo da cidade” — e para isso pede a quem o ouve que aposte nas conversas com “o vizinho do lado, um familiar, um colega de trabalho” para espalhar a palavra.

  • Sérgio Aires critica “falta de prioridade” da autarquia no apoio a instituições da área social

    O candidato do Bloco de Esquerda esteve durante mais de uma hora à conversa com duas responsáveis da Associação Asas de Ramalde, escutou atentamente, partilhou preocupações com a descentralização e os efeitos que poderá ter na área social e deixou as críticas para os recentes executivos de Rui Moreira.

    “Tem havido com certeza falta de prioridade [para as questões sociais]. Está à vista, se não tivesse havido falta de prioridade as creches não estariam a fechar umas atrás das outras. Não só estão a fechar como não estão a abrir, há outras respostas que são necessárias e temos problemas”, apontou o candidato bloquista que deu o exemplo também dos lares de idosos.

    “O que temos reparado é que o poder está de costas voltadas para as instituições não tendo atenção alguma ao que se está a passar”, apontou frisando que o Plano de Recuperação e Resiliência é uma “grande oportunidade” que o país tem “de fazer diferente”.

    Considera Sérgio Aires que a nível local não há “capacidade instalada de programar fundos comunitários que dêm resposta ao que são as necessidades da cidade”, apontando a “falta de vontade de fazer diferente” como causa para essa incapacidade local. “A autarquia decide o que são as prioridades e depois articula com as instituições que entende”, criticou o candidato à autarquia portuense.

  • Medina elogia gestão de Costa da pandemia e diz que a CML "conseguiu sempre ir à dobra"

    Na sua intervenção no Pátio da Galé, Medina também elogiou o “trabalho incrível do Governo em lidar com a pandemia. Sim, claro, com falhas, incompreensões e aprendizagens, mas sempre capaz de encontrar o caminho. E nós, em conjunto, conseguimos sempre ir à dobra”, rematou falando pela CML.

    Com o Governo promete boas relações, até porque entende que “a posição do presidente da CML não é ser líder da oposição, mas a primeira pessoa que está ao serviço dos lisboetas todos os dias”.

    JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

  • Medina atira à direita que trata eleições "como desforra de um jogo de futebol". E namora classe média

    Agora é a vez de Fernando Medina falar no palco desta apresentação no Pátio da Galé, com o recandidato a começar por dizer que “o que estará em jogo é saber se vamos ter a força para continuar um projeto de modernização e de transformação e de coesão da cidade de Lisboa que começou em 2007 com António Costa”.

    Critica os adversários à direita que falam em “pôr em causa um projeto de poder como se fosse a desforra de um jogo de futebol”. “Este não é um projeto de poder pelo poder”, diz Medina.

    A grande referência da sua intervenção — e o maior namoro de voto — é à classe média, que mais disputa ao centro, com o candidato do PSD e do CDS. E aqui, tal como já tinha feito na quarta-feira em Arroios, carregou na bandeira do programa de rendas acessíveis.

    E ataca Moedas por não conhecer a realidade da vida dos lisboetas, voltando a referir — como já tinha feito esta semana num comício nas Avenidas Novas — o episódio do debate: “Constatei que não sabia que os lisboetas não tinham ao correr da mão 50 mil euros para dar pela entrada de uma casa. A cidade de Lisboa hoje não tem essa realidade. “

    JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

  • Costa elogia Inês Lobo, possível futura vereadora do urbanismo que Moedas tem atacado

    Em Lisboa, diz Costa, travam-se duas das maiores batalhas estratégicas do país: o combate contra as alterações climáticas e o desafio demográfico. Os temas dão jeito para Costa chegar onde quer: o Plano de Recuperação e Resiliência.

    Sobre as alterações climáticas, Costa foca-se sobretudo na matéria dos transportes públicos e do passe único, “uma invenção do Fernando Medina”, diz. E assume que a CML já fez muito e tem a gestão da Carris e que “o Estado não pode lavar as mãos no desenvolvimento da rede metropolitana. É por isso que já está em curso a obra para fazer a linha circular para melhorar desempenho” — e é aqui que coloca o PRR e o investimento previsto para a extensão da linha vermelha do metro de Lisboa.

    JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

    Quanto à questão demográfica, Costa fala sobretudo do programa para habitação acessível e das creches gratuitas.”A estratégia de rejuvenescimento casa com a de fazer Lisboa a grande cidade universitária da Europa”, diz Costa. Trazer para a cidade empreendorismo.

    A dada altura do discurso destaca também o rejuvenescimento da lista da Comissão de Honra — “o render da guarda”, como lhe chjama — e sobretudo daquela que descreve como “uma jovem arquitecta com qualidades provadas em Portugal e no mundo como é Inês Lobo” e que será a responsável pelo urbanismo se Medina for reeleito. “É uma garantia extraordinária de que Lisboa vai continuar a ser uma cidade cada vez mais bonita”, afirma.

    Termina a descrever Medina como “alguém” com quem fez “parte do percurso” político”, um “amigo” que convida: “Já agora, como morador de Benfica, se quiseres fazer uma visita posso dar-te algumas indicações”.

    JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

  • Costa elogia Medina que, na pandemia, "mostrou ser um presidente de câmara profundamente humano e humanista"

    No Pátio da Galé fala agora o líder do PS, António Costa que começa a sua intervenção a lembrar Jorge Sampaio e o que foi feito sob a sua liderança para responder às urgências que a cidade então vivia, nomeadamente a erradicação das barracas.

    Diz que a tarefa do Medina é diferente mas não mais fácil e destaca que o autarca socialista “mostrou ser um presidente da câmara profundamente humano e humanista e foi um camarada extraordinário a chegar onde o Estado não conseguia chegar para que ninguém ficasse para trás” durante a pandemia.

    JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

  • "Merci à toi, cher Fernandô". Uma mensagem da presidente da Câmara de Paris para Medina

    Por esta hora, no Pátio da Galé, em Lisboa, Fernando Medina apresenta a sua Comissão de Honra, com a presença do líder socialista António Costa. No ecrã, no início da sessão, surge um vídeo com uma mensagem da presidente da câmara de Paris, Anne Hidalgo, a apoiar o recandidato socialista em Lisboa, o “europeísta convicto” em quem confia para tornar “Lisboa uma cidade mais justa e agradável para viver”.

    Hidalgo diz saber que para Medina é “muito importante a classe média” e que o socialista foi um defensor dos “valores humanistas” e do direito à habitação a preços acessíveis para “os mais vulneráveis”. Diz que quer estar “ao seu lado” quando Medina for reeleito presidente da Câmara e deixa um agradecimento: “”Merci à toi, cher Fernandô”.

    Recorde-se que, esta semana, também Carlos Moedas, candidato do PSD e CDS a Lisboa, apresentou o apoio de Isabel Ayuso, a presidente da Comunidade de Madrid. Medina não viu relevância política nisso e disse mesmo: “Não vota em Lisboa”.

    JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

  • Medina quer voltar ao plano de limitar circulação automóvel na Baixa. Comerciantes querem mais estacionamento

    Perto da hora do almoço, Fernando Medina esteve reunido, no terraço do edifício da Pollux, com a Associação Dinamização da Baixa Pombalina. O tema era a atração dos lisboetas para a cidade e o turismo e o autarca e candidato e Medina prometeu “resolver os problemas que, mesmo com turistas cá, nunca se resolveram”.

    Na plateia estavam comerciantes, representantes do pequeno comércio, que se queixavam de acessos, dos transportes, da falta de estacionamento, depois de uma pandemia que expôs ainda mais o afastamento dos lisboetas da zona histórica, com a Baixa a voltar a ficar vazia quando o número de turistas reduziu.

    JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

    O problema maior dos comerciantes e hotelaria é a dificuldade de terem clientes da cidade, que nos anos 90 deixaram de procurar ali o que os centros comerciais oferecem com outras condições de acesso e mais perto das residências.

    Para o turismo, muito da resposta de Medina, que tem “expectativa de recuperação rápida”, passa pela reestruturação da TAP e a manutenção das slots internacionais que permitem voos para Lisboa vindos de dois importantes destinos de turistas na cidade: Brasil e Estados Unidos. Quanto ao regresso dos lisboetas, a resposta é mais dificíl e distante das ambições do auditório que ali tinha, com Medina a começar por falar na sua antiga ideia de “uma limitação importante da circulação automóvel na Baixa” e a gelar a plateia que prefere transporte até à porta do seu estabelecimento.

    “O passeio público na Avenida da Liberdade vai ser uma rolha, muito agradável, mas vai ser uma rolha”, dizia Luís Torres, da Casa Macário, temendo que a intervenção retire ainda mais pessoas ao centro histórico.

    Mas não é plano que interesse a Medina que disse que “a questão dos silos ficou resolvida nos tempos de Jorge Sampaio e de João Soares. E diz que há “falta de procura” nos maiores parques de estacionamento da Baixa de Lisboa.

    JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

  • Rio garante ter "desprendimento do poder" para medidas que possam "fazer perigar" o seu lugar

    Líder da oposição diz que não se importa de perder o lugar para defender medidas em que acredita. Diz mesmo não estar no PSD “para nenhum lugar em especial”.

    Rio garante ter “desprendimento do poder” para medidas que possam “fazer perigar” o seu lugar

  • Candidatura de Santana à Figueira critica ausência de sondagem e pede "esclarecimentos"

    O movimento independente Figueira A Primeira, liderado por Pedro Santana Lopes e candidato ao concelho da Figueira da Foz, criticou esta quinta-feira o “cancelamento da publicação” de uma sondagem com as projeções de voto para o concelho, exigindo “esclarecimentos oficiais por parte das instituições visadas”.

    As duas sondagens já publicadas sobre as eleições da Figueira da Foz projetavam uma vitória de Pedro Santana Lopes e do movimento Figueira A Primeira, num dos casos por margem curta (38% contra 34,3% do candidato do PS) mas noutro caso próxima da maioria absoluta (47% contra 35%).

    Em comunicado, o movimento critica “o cancelamento da publicação da sondagem Católica/RTP/Público” e acrescenta: “Lamentamos profundamente este insólito acontecimento, assim como a ausência de qualquer justificação oficial para o sucedido”.

    “Não se aceita que órgãos de comunicação social como a RTP e o Jornal Público, assim como o Centro de Sondagens, ainda não tenham dado a devida justificação para a lamentável situação que ocorreu”, insiste a candidatura, acrescentando que “são demasiados os insólitos acontecimentos que têm ocorrido na presente campanha autárquica com o Movimento Figueira A Primeira, desde erros dos Tribunais, a omissões incompreensíveis por parte de órgãos de comunicação social, passando por Centros de Sondagens”.

    Curiosamente, as outras candidaturas nada disseram, nada dizem. Só querem é que não se fale nisso. Talvez possa aparecer alguma outra mais equilibrada… Tudo isto é uma vergonha mas só nos dão mais força para lutarmos por uma vitória expressiva”, indica o movimento.

    O comunicado termina com uma questão retórica: “O que faltará acontecer mais até dia 26 de setembro? Será tudo isto próprio de um Estado de Direito Democrático ? Na política e na vida, existem limites. Estaremos no faroeste?”

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