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Já voltámos todos ao ritmo habitual, deixámos o verão e regressámos às rotinas. Os meses de setembro e de outubro trazem muitos dias comemorativos ligados à área da saúde que servem, acima de tudo, para nos lembrar daquele exame de rotina que andamos a adiar ou de remarcar a tal consulta que ficou pendente. Falta-nos sempre tempo, certo? |
No passado dia 29 de setembro, destacámos nas redes sociais alguns artigos que temos publicado no Arterial, a secção do Observador totalmente dedicada às doenças cérebro-cardiovasculares. Reportagens, notícias, entrevistas, explicadores, crónicas, vídeos e podcast têm feito parte deste caminho. No Arterial, todos os dias são importantes para falar de prevenção, tratamento e gestão destes problemas de saúde e nos últimos oito meses desde o arranque do projeto, os conteúdos têm abordado estas vertentes dando voz a profissionais de saúde, a ex-ministros da saúde, a equipas de várias especialidades, mas também a sobreviventes, cuidadores, sociedades científicas e associações de doentes. |
Este mês, preparámos um explicador sobre arritmia onde pode conhecer os principais sintomas, como se diagnostica e trata. Contamos ainda a história de Paula Duarte que estava no local certo, à hora certa, rodeada de médicos quando teve um enfarte durante a realização de um cateterismo. Apesar do medo e da lenta recuperação, sente-se mais segura hoje, com a toma de medicação regular e reabilitação cardíaca. O testemunho pode ser visto em vídeo na rubrica “Quando a minha vida mudou”, com entrevista da jornalista Sofia Teixeira, imagem da Kimmy Simões e do Nuno Neves, este último que assegura também a realização. |
Também Jorge Banha, gestor de ativos numa empresa financeira, teve um enfarte e conta a sua experiência nesta crónica. Apesar de praticar desporto regularmente, foi essa a notícia que o deixou em suspenso, com apenas 42 anos. Diz que o seu coração foi “reparado” através de um triplo bypass, mas que é a paixão pela atividade física que o mantém “forte e resiliente”. Por isso, prepara-se para participar no Ironman [prova desportiva que inclui ciclismo, corrida e natação], em outubro, e cruzar a meta que lhe permitirá acreditar que “mesmo nos momentos mais difíceis, é possível renascer com mais força e determinação”. |
O mês de outubro também traz vários dias comemorativos, em especial, o Dia Mundial do AVC, assinalado a 29 – e que motivará uma emissão especial da Rádio Observador sobre o tema. São muitas as iniciativas já programadas e dirigidas à população em geral para alertar para a principal causa de morte e de incapacidade em Portugal continental e ilhas. Por exemplo, a Sociedade Portuguesa do AVC, parceiro do Arterial, organiza uma caminhada a nível nacional sob o mote “Pare o AVC, junte-se a nós”. O objetivo é promover a prática regular de atividade física e sensibilizar para os sinais de alerta do AVC, para os fatores de risco e para a prevenção. A SPAVC prevê a participação de 3000 participantes, numa parceria com as Unidades Locais de Saúde e as câmaras municipais de 32 concelhos. As caminhadas são gratuitas, mas pressupõem uma inscrição prévia através do e-mail secretariado@spavc.org |
A sensibilização para o AVC pode começar desde a escola através de projetos como o Fast Heroes 112, que fomos conhecer na Escola Básica n.º 3 de Sacavém. A jornalista Carla Mateus e o fotojornalista Diogo Ventura ouviram crianças e professores, mas também duas enfermeiras numa aula prática sobre os três F’s (Face, Força e Fala) que podem alertar para o AVC e ajudar a salvar a vida de pais e de avós. O projeto começou em 2021 em Portugal e, até à data, já envolveu 120 escolas / agrupamentos e chegou 7000 crianças. |
Destaco também a história de Paula Bastos, professora em Águeda, que viveu a sua própria experiência de AVC isquémico em março de 2013. Apesar de a sua vida ser uma “louca correria para o abismo”, como a própria relatou à jornalista Paula Sofia Luz, conta com uma rede de apoio que a ajudou a reerguer-se. Já no hospital, enquanto estava nos cuidados intensivos, um médico informava a irmã Niassa de que Paula tinha tido outro AVC, hemorrágico, depois do primeiro episódio. Além dos irmãos, os amigos, a neuropsicóloga e o psicoterapeuta têm desempenhado um papel crucial na reabilitação. |
Paula sempre viveu intensamente, tanto na vida pessoal, como profissional. “Tudo para anteontem, tudo muito importante, tudo muito intenso, tudo muito rápido. E a sensação, vaga, de ter de, no próximo ano, abrandar”, diz. É também sobre isso que fala no livro que escreveu, entretanto, Às Vezes Caímos, “a história de quem sobreviveu a um terramoto que a obrigou a repensar o seu estilo de vida e a voltar a acreditar no amor e na amizade incondicionais, perante a fugacidade e fragilidade da existência humana”. |
A professora abrandou, de facto, porque foi obrigada a isso devido à doença. Teve mesmo de parar, como explica na reportagem. A recuperação ainda decorre e algumas sequelas talvez a acompanhem para toda a vida. Nestas histórias não falamos apenas de recuperação e de superação, de finais (mais ou menos) felizes e de redes de apoio. Falamos dos impactos que a doença tem depois. Da forma como a vida muda. Do risco de novos episódios. E queremos sempre deixar notas importantes: estas coisas não acontecem só “aos outros”. Não é uma “lotaria”. E, depois de primeiro evento, os riscos de um segundo ou terceiro são muito elevados. |
Não me despeço sem voltar a sugerir a subscrição de alertas de artigos do Arterial, que lhe permite aceder em primeira mão a todos os conteúdos. E, se tiver alguma sugestão, escreva-nos. Sabia que alguns dos conteúdos que publicamos resultaram de propostas sugeridas pelos nossos leitores? Obrigada por estar connosco. |
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REPORTAGENS
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Arterial
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Existem vários tipos de arritmia, algumas sem gravidade e outras que podem causar inúmeras doenças - e até a morte. Há medicação, mas também se recomenda a modificação de estilos de vida.
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Arterial
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Paula Duarte estava rodeada de médicos quando teve um enfarte durante um cateterismo. A recuperação foi lenta, mas dois anos depois, com medicação e reabilitação cardíaca, sente-se segura.
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Arterial
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Até março de 2013, a vida de Paula era “uma louca correria para o abismo”. É ela mesma quem o admite. Até que um AVC (seguido de outro) a fez parar. Recuperou o essencial: autonomia e liberdade.
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Arterial
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O AVC é a principal causa de morte e incapacidade em Portugal. Para contrariar esse cenário, a iniciativa Fast Heroes 112 ajuda professores a ensinar crianças dos 5 aos 9 anos a salvar familiares.
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OPINIÃO
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Ter um AVC aos 27 anos quando deveria estar a recuperar do pós-parto do meu segundo filho foi um desafio difícil de imaginar. Aconteceu em novembro do ano passado e ainda estou em recuperação.
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O AVC atinge, em cada ano, cerca de 30 mil pessoas. Uma em cada três acaba por morrer e metade dos que sobrevivem ficam com sequelas significativas. Mas é possível melhorar estes números.
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O médico disse-me que estava prestes a sofrer um enfarte. Como assim? Eu, que praticava desporto regularmente, aos 42 anos estava à beira de um episódio cardíaco que poderia ter sido fatal.
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No primeiro ano após um AVC, os custos de readmissão podem representar até um quarto dos custos totais relacionados com esta doença, o que representa uma pressão acrescida nos serviços de saúde.
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A abertura da nova Unidade da Covilhã veio terminar com a única zona cinzenta do País no tratamento de enfartes e os doentes da região passaram a ter uma resposta mais perto.
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AGENDA
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O QUE SE ESCREVE LÁ FORA
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