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Ter um AVC aos 23 anos é sempre surpreendente. Ficamos sempre incrédulos quando ouvimos uma notícia do género. Primeiro, o choque. Depois, as perguntas que tentam justificar o injustificável. Ou, então, o contrário. Temos receio de saber mais, com medo de que tal situação nos possa também vir a acontecer, ou a alguém próximo. E isto passa-se também em relação a outras doenças cérebro-cardiovasculares, como o enfarte. Mas o que é facto é que acontece. Aconteceu a Sofia Ferreira, a 6 de julho de 2021. Tinha acabado de entregar a sua tese de Mestrado em Gestão Industrial, na Universidade de Aveiro. |
O que se seguiu foi o normal nestes casos: um internamento longo, uma recuperação em várias frentes e um conjunto de pessoas que ampararam Sofia nesta etapa da vida. É isso que lhe contamos na reportagem sobre a rede de apoio da jovem – os pais, os cunhados, o namorado, a sogra e a fisioterapeuta. |
São muitos os testemunhos que recebemos no Arterial de pessoas com a idade da Sofia – ou um pouco mais velhas, mas todas muito jovens. Por vezes, existiam fatores de risco associados. Outras vezes, são episódios que se devem a malformações congénitas, que nasceram com a pessoa, e que, a dado momento, se manifestam. |
A 14 de maio celebra-se o Dia Europeu da Consciencialização para o AVC, a doença que mais mata em Portugal. A efeméride leva-nos a histórias de sobreviventes que temos partilhado em artigos de opinião, em reportagens e também em vídeo, na rubrica Quando a minha vida mudou. Este ano, a European Stroke Organisation irá lançar, em conjunto com a Stroke Alliance For Europe, os dados do Stroke Services Tracker (SST), recolhidos em 43 países e que, segundo a Sociedade Portuguesa do AVC, “demonstraram sinais de progresso, mas também algumas lacunas e desafios persistentes”. Vários países, incluindo Portugal, “demonstraram progressos significativos”. “No entanto, o acesso ao atendimento em Unidades de AVC e aos serviços de acompanhamento permanece desigual.” A sociedade científica alerta ainda para as disparidades na prestação de cuidados entre diferentes regiões, “destacando-se a necessidade de intervenções direcionadas para garantir o acesso equitativo a cuidados de qualidade para todos os doentes com AVC.” |
No Arterial, temos falado também de doenças menos conhecidas da população em geral e igualmente fatais, mas que podem ser prevenidas. Como o aneurisma da aorta abdominal, que afeta sobretudo homens a partir dos 65 anos. Foi por causa desta doença que Pedro Fernandes perdeu o pai, sem que nada o fizesse prever. É sobre isto que nos dá conta no artigo de opinião que escreveu para o Arterial e onde alerta para a ecografia enquanto exame complementar de diagnóstico precoce desta doença. Vale a pena ler. |
As nossas equipas de reportagem têm conhecido alguns investigadores e projetos inovadores que já fazem – ou podem vir a fazer – a diferença na vida dos doentes e na prática clínica. Como o projeto da equipa do investigador Nuno Correia Santos, do Instituto de Medicina Molecular, em Lisboa, que tem estudado uma forma de identificar altos riscos cardíacos para evitar internamentos e mortes. |
Vamos a meio do mês de maio, que é, por excelência, o mês do coração. Assim, muitas associações de doentes e sociedades científicas concentram algumas atividades por estes dias. Damos-lhe conta de algumas, gratuitas, em que pode participar, na agenda que preparámos para si no final desta newsletter. |
Daqui a dois dias, a 17 de maio, comemora-se o Dia Mundial da Hipertensão. Preparámos um Explicador para si, com a ajuda de um médico cardiologista, onde pode saber o que é a hipertensão, como se pode medir, como pode prevenir, o que faz a hipertensão ao nosso corpo e como a devemos tratar. Nunca é tarde para saber mais, até porque um em cada quatro portugueses não sabe que tem hipertensão e esta é mais uma doença silenciosa que, quando dá sinais, já pode representar algo mais grave, como a insuficiência cardíaca, o AVC, o enfarte, a doença arterial periférica, entre outras. |
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REPORTAGEM E EXPLICADORES
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Arterial
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Depois daquele dia em que uma artéria no cérebro rebentou, o corpo deixou de responder e tudo mudou, Sofia teve de reaprender a vestir-se, a pentear-se, a caminhar, a comer. Mas não esteve sozinha.
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Arterial
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Depois do enfarte, da insuficiência cardíaca ou do transplante de coração pode chegar a desorientação ou a falta de memória. No Hospital de Santa Cruz, cardiologistas e psiquiatras trabalham juntos.
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Arterial
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A hipertensão arterial nem sempre dá sinais e, quando surgem, por vezes é tarde. Só uma pequena parte dos doentes sabe que tem a doença e está devidamente tratado.
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Arterial
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O "ataque cardíaco" mata. Mas, com um tratamento rápido e adequado, é possível voltar a ter uma vida ativa e evitar um novo episódio. Problema: depois de ter um enfarte, aumenta o risco de ter outro.
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Arterial
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No Instituto de Medicina Molecular, em Lisboa, o cientista Nuno Correia Santos investiga uma forma de identificar altos riscos cardíacos para assim evitar internamentos. E mortes.
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OPINIÃO
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Ao longo da minha carreira, tenho conhecido histórias inspiradoras, como a do João, um piloto de 45 anos. Comemora-se a 14 de maio o Dia Europeu da Consciencialização para o AVC.
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Há atitudes que salvam vidas. Como o rastreio atempado de uma doença silenciosa, que afeta homens com mais de 65 anos. Até à morte do meu pai nunca tinha ouvido falar de aneurisma da aorta abdominal.
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Já alguma vez se perguntou se o ressonar, esse som noturno que, tantas vezes, perturba o sono tranquilo dos que nos rodeiam, poderá estar ligado à principal causa de morte em Portugal?
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É uma ferramenta ao serviço do doente e dos médicos. Existem modelos matemáticos que permitem avaliar a probabilidade de ter uma doença no período de dez anos. Mas também, apostar na prevenção.
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As normas nacionais e internacionais ditam que deve ser oferecida, a cada sobrevivente de AVC, a oportunidade de ser avaliado e orientado por um médico fisiatra, logo na fase aguda.
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AGENDA
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O QUE SE ESCREVE LÁ FORA
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