Marcelo Rebelo de Sousa visitou Israel há cerca de um ano. Foi a primeira visita de um Presidente português ao país em 25 anos. Conforme assinalou na altura o Presidente da República Portuguesa, esta foi “uma redescoberta do relacionamento político ao mais alto nível”. As relações entre Portugal e Israel são já longas e, para o futuro, é fundamental continuar a fortalecer esta ligação.

“Devemos reconhecer e acarinhar a nossa herança judaica”, foram estas as palavras do atual Presidente da República Portuguesa há quatro anos, quando visitou a Sinagoga de Lisboa. Há cerca de três anos, na ocasião de uma exposição sobre o mundo judaico na Torre do Tombo, afirmou que “a perseguição aos judeus foi um erro histórico que foi praticado e com o qual Portugal perdeu em termos culturais, científicos, económicos e financeiros”. Mais recentemente, há um ano, a propósito do Fórum Mundial do Holocausto, Marcelo Rebelo de Sousa alertou, em Israel, que “o antissemitismo pode estar a regressar de outras formas, com outros tipos de discriminações e de racismo e de violência e de xenofobia nos tempos de hoje”.

Por estas ações e palavras, e por muitas mais, Marcelo Rebelo de Sousa é um homem informado, sensível, que conhece a História e que considero como um amigo do mundo judaico. Seria, por isso, positivo se continuasse a ser o líder do país que mostra, cada vez mais, uma relação tão forte com a comunidade judaica.

Quando Marcelo Rebelo de Sousa esteve em Israel, ficou acordada uma troca de visitas institucionais entre ambos os países. Esperamos que tal se concretize o mais brevemente possível, logo que a pandemia o permita, de forma a que também se cumpra a promessa de visita para a inauguração da futura praça Aristides de Sousa Mendes.

Esta proximidade apresenta-se como uma oportunidade única para que duas nações com tanta História possam rumar juntas a um futuro melhor e com mais possibilidades de sucesso para todos, numa reafirmação de amizade que certamente será profícua para ambos os povos.

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