A propósito, alguém sabe quando toma posse o novo governo? É que entretanto, com as confusões que andam para aí, o assunto parece ter ficado meio esquecido. Chega a passar despercebido o facto das legislativas terem sido vai para quase dois meses. Só quando paramos um pouco e constatamos não se escutarem barbaridades da Dra. Marta Temido há já várias semanas é que uma pessoa se questiona: “Alto. Como é que não se escutam barbaridades da Dra. Marta Temido há já várias semanas? Ah, pois é. O novo governo ainda não tomou posse. Claro, tinha de haver uma boa razão.”

Só mesmo a circunstância de estar mais barato encher o depósito do carro com Barca Velha Tinto 2011 do que com Gasóleo Simples nos recorda que o governo socialista está, não meramente em funções, mas alérgico como sempre a baixar impostos. E tirem daí o sentido. Não há dosagem de Zyrtec que cure um executivo do PS desta alergia. Em alternativa, temos o AutoVaucher. Aproveitem, porque hoje é o AutoVaucher, amanhã será o VaisMasÉAButesVaucher.

No entanto, como sabem, não venho a este fórum para dizer mal por dizer mal. Portanto, reconheço haver vantagens nos actuais preços dos combustíveis. Uma vantagem, vá. Que eventuais detratores poderão qualificar de rebuscada. Só que não é. Porque se a opção de encher os depósitos dos nossos veículos com produtos vinícolas pega, não só poupamos como ainda sobra verba para os portes de envio do vasilhame para a Ucrânia. Prosseguindo deste modo o fornecimento às forças armadas ucranianas do famoso vasilhame lusitano que, como é do conhecimento geral, está entre os mais afamados da Europa no que ao fabrico de cocktails molotov diz respeito.

Ainda assim, temo que estas bombas caseiras, apesar de recorrerem a matéria-prima que é state-of-the-art, não sejam suficientes para derrubar Putin. Nem as sanções económicas. Porque o mais provável é o Putin ter tirado o curso de tirano sanguinário no mesmo estabelecimento de ensino do Kim Jong-un, da Coreia do Norte. E a julgar pelo que se sabe do facínora norte-coreano, também o Putin, quando lhe falta, por exemplo, cotonetes, deve mandar a sua equipa de 17 criados do sector da higiene íntima a Pequim, de jacto privado, adquirir as utilíssimas hastes flexíveis com ponta de algodão. Algodão egípcio, como é óbvio.

E desta vez também não vão ser os americanos a resolver isto. Se pretendem ficar à espera que os americanos repitam as visitas do século passado para exterminar a praga nazi da caquética Europa, vão achar a vossa última ida à Loja do Cidadão uma visita de médico. É que, desta feita, a caquética Europa tem, do outro lado do Atlântico, um ainda mais caquético Joe Biden. Cuja caquexia, neste caso específico, só perde em termos de gravidade para o facto de os Biden estarem mais envolvidos com oligarcas russos que uma fartura em açúcar e canela.

Não, eu explico como se vai resolver a guerra na Ucrânia. Escrevam o que eu digo (ou façam copiar e colar). O novo governo toma posse. Fernando Medina fica com a pasta das Finanças. Medina finaliza o Orçamento do Estado e envia-o aos colegas de executivo. Como hábitos antigos são difíceis de perder, Medina envia o documento também para a embaixada da Rússia em Lisboa. Que o faz chegar, de pronto, a Moscovo. Putin recebe o documento e pensa: “Olha, mais um e-mail do Medina. Deixa ver com atenção, que este menino nunca me falhou com informação preciosa. Eh lá! Um Orçamento do Estado já prontinho. Estupendo. Dmitriy, executa de imediato este Orçamento. Quer dizer, executa primeiro os ucranianos que tiveres para executar, e depois executa este Orçamento que o Medina mandou.” O zeloso e grato possuidor de uma cabeça agarrada ao resto do corpo Dmitriy age em conformidade. Ainda antes do verão a Rússia vai à falência. Putin rende-se, sem dinheiro para cotonetes quanto mais para financiar o esforço de guerra. Fim.

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