1 Na semana passada, António Costa deu uma entrevista ao Financial Times que lhe correu mal. Na melhor das interpretações, mostrou cepticismo em relação à adesão da Ucrânia à União Europeia. Na pior das leituras, pareceu ser contra a entrada da Ucrânia na UE.
A entrevista foi publicada na passada terça feira. Na quinta feira, Macron, Scholz e Draghi foram a Kiev apoiar a entrada da Ucrânia na UE. O Chanceler alemão fez uma afirmação que poderá ficar na História: “a Ucrânia faz parte da família europeia.” Dois dias depois da entrevista de Costa, os principais líderes da UE desmentiram Costa. Um desastre para quem quer ser o próximo Presidente do Conselho Europeu.
Costa foi inábil a ler a direção da política europeia, e seguiu o erro cometido por Macron, que também havia manifestado dúvidas sobre a adesão da Ucrânia. O PM percebeu rapidamente o erro, o qual poderá ser fatal para as suas ambições, e tentou corrigir o lapso cometido em Londres. Por isso, ontem afirmou que apoia sem qualquer dúvida a adesão da Ucrânia à UE, tendo mesmo falado ao telefone com Zelensky. Não sabemos se Costa será perdoado pelos seus pares do Conselho Europeu. Mas já não temos dúvidas que Costa quer ir para Bruxelas em 2024. Caso contrário, não teria sido tão rápido a tentar corrigir o erro.
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