Há as declarações, obviamente deturpadas, do dr. Costa sobre Monchique ser “a excepção que confirma a regra do sucesso” no combate aos fogos florestais, talvez no sentido em que o Holocausto foi a excepção que confirma a regra do amor pelos judeus na Alemanha nazi.

Há as declarações em que o dr. Costa explica a “complexidade” de Monchique com a “vela de um bolo de aniversário”, que “todos nós apagamos com um sopro, mas quando a chama se alarga e os incêndios ganham uma escala com esta dimensão, não basta os sopros nem alguns dias de trabalho”. É uma analogia esteticamente rica, tecnicamente informada e cuja clareza só uma criança percebe.

Há o momento em que o dr. Costa culpa o eucalipto pela tragédia que afinal é um êxito, num corajoso desafio aos “especialistas” que, armados com “ciência”, “factos” e “realidade”, “provam” a inocência da dita árvore.

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