Hoje começo com uma aula de Geografia. É péssima ideia? Eh, pá, não estava nada à espera dessa reacção. E agora? Se este arranque não funciona, não sei o que fazer. Neste momento sou um Roger Schmidt a iniciar a temporada 24/25. Bom, avançarei na mesma, na esperança de não sofrer chicotada psicológica antes do fim da crónica.

A breve alusão à Geografia prende-se com o seguinte. Se uma porção de terra rodeada de água por todos os lados se chama ilha, qual o nome de uma porção de terra rodeada de terroristas por todo o lado menos por um? Não, não é península. É Israel. Ora aí está uma definição que devia passar a constar em tudo o que é manual escolar. Sendo que a vida desta corja de terroristas, passe a redundância, já teve melhores dias.

É ver o caso das chefias do Hezbollah. Nas últimas semanas, Israel fez uma razia aos altos quadros da organização terrorista ainda mais espectacular do que aquela razia do Tom Cruise à torre de controlo no primeiro Top Gun. Ao ponto da devastação criar problemas logísticos muito graves ao Hezbollah, não só neste mundo, mas também no outro mundo.

Neste mundo, o Hezbollah começa a não ter aprovisionamento de facínoras disponíveis para levar com mísseis ar-terra israelitas mesmo em cheio no meio das ventas assassinas. Que aterrorizar é muito giro, sim senhor, mas quando a coisa nos mordisca deve ser o tipo de situação que ainda aleija. Por essas e por outras é que, hoje, ser líder do Hezbollah é um trabalho tão precário quanto ser treinador da primeira liga.

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Mas também no outro mundo há problemas logísticos. É que Alá, ou Maomé, ou seja quem for que está encarregue da gestão do armazém, já está a ficar sem stock de virgens, tantos têm sido os terroristas a chegar ao além. Andam tantos terroristas a passar a fronteira para o além como ilegais a passar a fronteira do México para os Estados Unidos. Acresce a isto o problemas das virgens serem, ainda por cima, dos poucos itens para o qual não há mercado de segunda mão.

Portanto, neste momento, o Hezbollah enfrenta graves problemas de recursos humanos, desde logo ao nível do recrutamento de um novo CEO, um Cabeça Explodida Oportunamente. Consta que o problema é de tal modo grave que a organização está a ponderar fazer um intervalo no apedrejamento de mulheres para criar uma quota nos seus quadros para as apedrejadas. Mulheres que teriam, dessa forma, direito a dois breves intervalos diários no apedrejamento para tratar do atendimento telefónico (cuidado é com os pagers!), da aquisição de materiais (cuidado é com os pagers!) e com a organização de eventos (cuidado é com os pagers!) E, quem sabe, uma ou outra senhora mais competente possa chegar a uma cargo de chefia. Onde a aguardam apedrejamentos com calhaus já de muito maior dimensão.

Em contraciclo com as chefias do Hezbollah no Líbano, no ocidente as fileira de idiotas úteis apoiantes de terroristas parecem não parar de engrossar. A pandemia de COVID já tinha deixado claro que a idiotice é muito mais contagiosa que o vírus respiratório, mas depois do 7 de outubro de 2023 em Israel, constatou-se que a idiotice é um cancro quase tão agressivo como os bárbaros que invadiram o Estado judeu naquele dia.

Mas é compreensível, a idiotice, atenção. O problema é que não ser idiota dá um bocadinho de trabalho. E quem é que depois de um dia cansativo no escritório, ainda quer investir em perceber as nuances da política do Médio Oriente? Uma pessoa quer é ir para a rua manifestar-se a favor dos nazis que pretendem terraplanar a única democracia daquela região. É um bocado esse o problema: o diabo estar nos detalhes. Coisa que descobri recentemente. Sempre pensei que o diabo estivesse na zona do Cacém, e daí o trânsito no IC19 ser um inferno.