Rui Rio é um turista acidental. Está a passar pela política por acidente, aparentemente forçado por algum golpe cruel e irónico do destino, que o impeliu para o um caminho que nunca quis e que agora o precipitou para o abismo da liderança de um grande partido, a contragosto do seu coração mas para gáudio do seu ego.
Rio detesta o que faz e detesta o que os outros querem que ele faça. Não tem a menor paciência para delinear estratégias substantivas para o partido – e muito menos para falar sobre elas! –, não sabe nem quer saber de oposição ao Governo, não tem tempo para fazer propostas nem debates e muito menos terá alguma vez pachorra para a comunicação social.
É tudo uma maçada, uma estopada entediante, um penoso sacrifício que o outrora designado por contabilista-mor da cidade do Porto está a fazer, em nome da ética e da transparência (segundo dizia). Mas sem que isso tenha nenhuma consequência visível quer no plano teórico quer no plano da política concreta e pragmática (mesmo em período pré-eleitoral).
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