Se pensarmos que a geração Z é incapaz de percecionar o dia-a-dia sem a existência de um smartphone e se espanta perante as histórias, contadas pelos seus pais ou avós, de como antes, noutros tempos, se combinava um café com amigos para o dia seguinte, sem necessidade de confirmar o mesmo por whatsapp no próprio dia ou uns minutos antes; de como se aguardava, com tranquilidade, por quem não comparecia às horas combinadas, sem possibilidade de saber o porquê do atraso; se pensarmos que as crianças – a geração Alpha – interagem com smartphones ou tablets – de forma intuitiva e até mesmo antes de aprenderem a andar e que a sua reação, se lhe colocarmos um álbum de fotografias no colo, é tentar expandir cada um delas com os dedos e insistir no movimento, não compreendendo a razão da inatividade do papel… Se pensarmos, é incontornável dizer que o mundo mudou. Evoluiu muito e muito rapidamente. Nos últimos anos o avanço da tecnologia aplicada a diferentes áreas tem sido exponencial e os progressos feitos eram impensáveis há cerca de década e meia atrás.

Mas aqui impõe-se uma reflexão. Quem mudou? O mundo? O mundo não avança sozinho. Quem mudou foram as pessoas. Fomos nós. Nós, os que cresceram no cinema, no meio de livros de banda desenhada e de ficção científica e à frente de uma televisão que nos fez sonhar com personagens robóticas, holográficas, com computadores humanoides, fomos nós que transformámos a sociedade, que quisemos e tornámos real a evolução digital e tecnológica que hoje parece ditar as nossas vidas.

Sim, Portugal está mais digital. O nosso país não é exceção, os portugueses não são exceção. São aliás, muitas vezes, pioneiros e símbolo de descobertas e inovação pelo mundo. Mas mais importante do que dizer que Portugal está mais digital e tentar fazer chegar a tecnologia de forma massiva a todos os cidadãos, é ter presente que este avanço só se faz com pessoas e que a razão da sua existência só é válida, só tem de facto um valor maior, se ela existir para tornar mais simples a vida de cada um de nós; se evoluir de forma a tornar mais ágeis e mais eficazes os processos para que possamos aproveitar melhor o que realmente importa: o nosso tempo, a qualidade de vida, os momentos que passamos em família, em comunidade. A tecnologia com tudo o que ela aporta tem que servir as pessoas e não o contrário. Este é o verdadeiro mindset que é preciso ter presente quando se fala num país mais digital, em Portugal mais digital.

Daí a importância do MUDA – Movimento pela Utilização Digital Ativa. É importante existir um movimento que incentive a utilização dos recursos digitais existentes na sociedade por todos os cidadãos, de forma consciente e informada. E este é o grande propósito deste Movimento criado. Dar a conhecer, informar e depois sim, incentivar e estimular as pessoas para a utilização dos recursos tecnológicos com o objetivo de tornar mais simples e mais fácil a utilização de diferentes serviços, facilitar a comunicação entre consumidores, empresas e Estado.

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Na Fidelidade temos esta realidade bem presente e prosseguindo também a nossa estratégia de adaptação da marca ao digital, estamos a colocar a tecnologia ao serviço das pessoas e a promover a inovação como forma de simplificar os contactos e as diferentes interações dos parceiros de negócios e dos clientes com a Fidelidade. O apoio ao MUDA vem de encontro ao posicionamento da Fidelidade como marca líder e inovadora, sempre perto dos seus clientes.

A Chave Móvel Digital, por exemplo, é um avanço que representa de facto a união de esforços de entidades públicas e privadas para facilitar a vida de todos nós, empresas e consumidores finais. Ter um único código de acesso de autenticação e acesso a serviços, em portais e sítios na Internet de entidades públicas e privadas, com recurso ao nosso telemóvel ou e-mail, é uma enorme mais valia para todos. Mas isto tem que ser explicado às pessoas. E o MUDA está a fazer isso. Aliás, o passatempo MUDAR É GANHAR, no qual a Fidelidade também está a participar, é importante exatamente para dar a conhecer a todos a existência deste Movimento e tentar despertar a consciência dos cidadãos para uma utilização consciente, informada mas ativa dos recursos digitais existentes.  Porque a transformação digital tem que ser um esforço conjunto, transversal às empresas, ao Estado, aos reguladores mas também aos consumidores. Só assim poderemos potenciar a inovação e os seus verdadeiros benefícios e ter orgulho de dizer que sim, Portugal está mais digital.

Vice-Presidente da Comissão Executiva da Fidelidade