1 Decorrerá hoje, segunda-feira 19 de Setembro, com início pelas 11 horas da manhã, o funeral da Rainha Isabel II. Neste momento solene, em que milhões de pessoas em todo o mundo prestam homenagem à Rainha, creio que é particularmente devida uma reflexão sobre o significado político, intelectual e moral dessa imensa homenagem.
Perante a imensa adesão popular à chamada “pompa e circunstância “ das homenagens que há mais de uma semana têm tido lugar nas ruas do Reino Unido, uma saudável perplexidade intelectual e um saudável debate pluralista vem ocorrendo nos países livres — a começar, obviamente, pelo Reino Unido.
Gostaria aliás de saudar em particular os autores dissidentes — em regra republicanos do tipo politicamente correcto, dado que os autoritários de direita têm permanecido em silêncio — que ‘corajosamente’ desafiam os sentimentos dominantes. Receio ter de confessar que acredito que eles estão profundamente equivocados. Mas a livre expressão desse equívoco é um bem inestimável. Como gostava de sublinhar John Stuart Mill, é o livre confronto com o erro que permite clarificar e reforçar verdades vivas.
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