Foi quase uma invenção como a da mini-saia: quando as meias invisíveis apareceram, o mundo da moda estremeceu de emoção. Finalmente uma forma de usar sapatos, sabrinas e ténis sem mostrar uma tira de algodão, com as canelas despidas mas os pontos críticos dos pés — dedos, solas e calcanhares — devidamente cobertos e à prova de bolhas.

Os tornozelos tiveram o seu momento de libertação. As calças subiram para dar às canelas o seu palco de glória. Até que, como em todas as tendências e contra-tendências, as peúgas ripostaram.

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A Vogue norte-americana fala de um “sock game” e diz que este outono é altura de subir a parada, ou não fossem as meias uma das tendências mais divertidas da estação, um acessório associado à escola que durante muito tempo foi relegado para segundo plano — e mal — na vida adulta.

Mas para jogar o “jogo das meias” (antes que venha lá a época das collants) é preciso saber algumas regras:

  • pense nas meias primeiro e só depois nos sapatos e no resto da roupa, sobretudo se quiser que elas sejam a peça statement do seu visual;
  • as meias têm de estar impecáveis: nada de borbotos ou elásticos a descoserem, nada de buracos — nunca, jamais — no dedo grande, esteja ou não com sandálias abertas;
  • se não quiser arriscar muito, opte por cores escuras e meias sem padrões. Quando da mesma cor dos sapatos e usadas com vestidos, saias ou calções, as peúgas podem dar a ilusão de que na verdade está de botins, mas de uma forma muito mais original;
  • esta é uma forma de dar nova vida a peças que já tem no roupeiro sem gastar muito dinheiro, mas não deixe de investir em meias de qualidade ou com um aspeto caro, sejam de caxemira ou, para citar outra tendência deste outono inverno, com brilhos ou metalizadas.
meias COS

Meias metalizadas COS, disponíveis em quatro cores (7€)

Se ainda está a torcer o nariz a isto tudo, saiba que a mesma Vogue descobriu o que define uma mulher Prada e, a par da feminilidade subversiva está uma resposta bem mais simples: as meias.