O banco JP Morgan foi multado em 55 milhões de dólares (51,7 milhões de euros) na sequência de uma investigação das autoridades dos EUA por discriminar negativamente candidatos a empréstimos hipotecários pertencentes a minorias étnicas, informou, esta quinta-feira, meios norte-americanos. O acordo está relacionado com uma denúncia do Departamento de Justiça, segundo a qual, durante anos, o banco cobrou juros mais altos aos candidatos a empréstimos que fossem negros ou hispânicos, segundo o jornal The Wall Street Journal.

Uma porta-voz do JP Morgan confirmou ao jornal que o banco vai pagar a multa, mas adiantou que os empréstimos em causa foram negociados por agentes independentes que não trabalham para o banco.

Segundo o gabinete do procurador federal do distrito sul de Nova Iorque, Preet Bharara, que dirige a investigação, o banco podia ter supervisionado melhor, “mas não o fez”, a sua rede de agentes hipotecários independentes, para evitar casos de discriminação.

Os investigadores asseguraram que, entre o início de 2006 e finais de 2009, pelo menos 53 mil clientes negros ou hispânicos pagaram juros mais altos pelos seus empréstimos hipotecários, em violação da lei federal de Igualdade de Habitação.

Segundo dados do gabinete do procurador, o banco cobrava uma média de 1.126 dólares mais aos clientes de raça negra por empréstimos de 191 mil dólares e uma média de 968 dólares a mais aos clientes de origem hispânica por empréstimos de 236.800 dólares.
As ações do JP Morgan, uma das 30 ações do índice Dow Jones Industrial Average, valorizaram 46% nos últimos 12 meses.

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