Mais de um quinto (23,1%) da população de Macau tem como habilitações académicas o ensino superior, indicam os resultados globais do Intercensos 2016, divulgados esta sexta feira pela Direção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC).

O número representa um aumento de 6,4 pontos percentuais comparativamente aos Censos 2011, e acompanha uma subida contínua da escolaridade.

O universo das pessoas com nível inferior ou equivalente ao ensino secundário complementar diminuiu 6,5 pontos percentuais em cinco anos, representando metade da população (50,4%).

Com 650.834 habitantes em agosto de 2016, mês em que se realizaram os Intercensos, a população de Macau deu um ‘pulo’ de 17,8% em cinco anos, devido ao “acréscimo substancial de trabalhadores não residentes” e “à subida da taxa de natalidade”.

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A taxa de crescimento médio anual atingiu 3,3% no período 2011-2016, “constituindo o pico dos últimos 20 anos”, salientou a DSEC.

O envelhecimento contínuo da população, composta maioritariamente por mulheres (51,8%), deve-se ao “substancial aumento” de 48,6% das pessoas com ou mais de 65 anos.

Em alta manteve-se também a densidade populacional, que continua a ser uma das mais elevadas do mundo: 21.340 pessoas por quilómetro quadrado em 2016, ou mais 15,5% relativamente a 2011 (18.478).

O estudo destacou um aumento brusco, de 5,3 vezes nos últimos cinco anos, da população em Coloane, o que tem que ver com a ocupação dos bairros de habitação pública erguidos à ‘entrada’ do ‘pulmão’ da cidade.

Do total de 188.723 agregados familiares, 34.319 residiam em habitações públicas, com 22.096 em económicas (vendidas a preços inferiores aos de mercado) e 12.223 em sociais (arrendadas), ou seja, equivaliam a 18,3% do total.

Esta subida de 5,1 pontos percentuais em relação a 2011 é explicada pela disponibilização de habitação pública, especificou a DSEC. Já 124.126 agregados familiares moravam em casa própria, isto é, dois terços do total (66,2%), valor que reflete uma diminuição de 4,6 pontos percentuais comparativamente a 2011.