Donald Trump anda pela Ásia numa visita oficial de 12 dias que já passou pelo Japão e pela Coreia do Sul e ainda tem China, Vietname e Filipinas pela frente. O presidente dos Estados Unidos aproveitou um discurso na assembleia nacional sul-coreana para enviar algumas mensagens a Kim Jong-un e à Coreia do Norte.

“As armas que estão a adquirir não estão a tornar-vos mais seguros, estão a pôr o vosso regime em grave perigo. Cada passo que dão em direção a este caminho obscuro aumenta o risco que enfrentam”, atirou Trump. Ainda assim, e de uma maneira bem mais moderada do que aquilo a que nos tem habituado, o presidente norte-americano ofereceu um “caminho mais favorável” se Pyongyang abandonar o seu programa de armamento nuclear, deixando o caminho aberto à diplomacia.

Donald Trump garantiu que os Estados Unidos vão “oferecer um caminho para um futuro muito melhor” e que, “apesar de todos os crimes que cometeram contra Deus e o Homem”, o país está preparado para resolver a crise através do diálogo. Mas avisou: não está para brincadeiras.

Não nos subestimem. Não nos provoquem. Não toleramos ameaças às nossas cidades e não vamos viver intimidados”, garantiu o presidente norte-americano, para acrescentar, falando diretamente com Kim Jong-un, “a Coreia do Norte não é o paraíso que o teu avô imaginou, é um inferno que ninguém merece”.

Os deputados sul-coreanos, apesar de satisfeitos por Donald Trump não ter feito ameaças diretas à Coreia do Norte, estavam à espera de ouvir mais sobre a comunicação entre a Coreia do Sul e os Estados Unidos e mostraram-se preocupados com o facto de os norte-americanos estarem a lidar unilateralmente com Pyongyang.

Esta quinta-feira, Trump vai voltar a voar – desta vez até Pequim – para se encontrar com Xi Jinping. A China é o mais importante parceiro diplomático e comercial da Coreia do Norte e o presidente dos Estados Unidos já disse várias vezes que a chave para controlar o regime de Pyongyang está nas mãos dos chineses.

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