Os rebeldes pró-Rússia abateram este domingo um avião de combate ucraniano na região de Lugansk, no leste da Ucrânia. O exército ucraniano disse que um MiG-29 foi abatido enquanto levava a cabo uma “missão para eliminar um grande grupo de terroristas”, acrescentando que as tropas governamentais conseguiram importantes avanços no leste, escreve o New York Times. O piloto conseguiu ejetar-se e foi resgatado pelas forças ucranianas.
No sábado, o Governo ucraniano disse que o exército tinha capturado uma esquadra de polícia em Lugansk, cidade que tem estado debaixo de violentos confrontos nos últimos dias. Há cerca de uma semana, a Ucrânia garantiu que Donetsk e Lugansk, os dois principais bastiões dos rebeldes, estavam isolados, e que o exército se preparava para “libertar” estas duas cidades. O New York Times cita as autoridades locais de Lugansk e fala de uma quase catástrofe humanitária, uma vez que a energia e a água foram cortadas e há necessidade de bens básicos.
Na cidade de Donetsk, as autoridades disseram que nas últimas 24 horas, 10 civis morreram e outros oito ficaram feridos devido aos bombardeamentos. O líder da auto-proclamada república de Donetsk, Alexander Zakharhcenko, já garantiu estar à espera de equipamento militar da Rússia, apesar de esta ter negado várias vezes que deu algum apoio aos rebeldes. Na sexta-feira, o presidente ucraniano disse que o país destruiu veículos militares russos que tinham entrado no país.
Este domingo, 16 camiões que fazem parte da caravana russa de ajuda humanitária deslocaram-se ao longo da fronteira e aproximaram-se da cidade de Lugansk, mas pararam aí, segundo o New York Times. A CNN revelou este domingo que o Governo da Ucrânia já reconheceu que a caravana russa contém, de facto, ajuda humanitária. A caravana, com quase 270 veículos, está estacionada desde quinta-feira na fronteira entre os dois países devido aos receios do lado ucraniano de que esta seja uma espécie de cavalo de Tróia, contendo materiais para ajudar os rebeldes.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Ucrânia, Alemanha e França vão reunir-se este domingo em Berlim para tentar travar as tensões no leste da Ucrânia.