Dos disparos na escola secundária de Marysville-Pilchuck esta sexta-feira resultaram dois mortos e quatro feridos graves, mas o número de vítimas poderia ter sido ainda maior não fosse a intervenção de uma das professoras da escola. Assim que ouviu os primeiros tiros a professora de 24 anos, Megan Silberberger, agarrou o braço do atirador, um aluno de 15 anos, evitando que disparasse.

O primeiro aluno a ligar para a linha de emergência (911), Erick Cervantes, disse à televisão local que a professora é a “verdadeira heroína”. O aluno contou que tudo começou com uma troca de argumentos, mas depois ouviu os tiros e viu os outros alunos cair. “Ela [a professora] foi a primeira a ouvir os disparos e saiu a correr pela porta. Não houve luta. Ela agarrou-lhe o braço durante dois segundos e depois ouvi mais um tiro.” Jaylen Fryberg acabou por se matar, com um tiro no pescoço. Neste momento ainda não se sabe o estudante cometeu suicídio ou se disparou sobre si próprio por acidente enquanto se debatia com a professora, referiu a Associated Press.

Para a professora de estudos sociais este é o primeiro ano na escola secundária de Marysville-Pilchuck. O presidente da Associação de Educação de Marysville, Randy Davis, descreve-a como “a típica professora de primeiro ano com muito entusiasmo e muita paixão por aquilo que faz”.

Jaylen Fryberg entrou na cafetaria da escola e disparou sobre os colegas, alegadamente por motivos passionais. Os alvos pareciam ter sido escolhidos previamente, porque o jovem disparou apenas sobre os colegas de uma das mesas. Uma rapariga acabou por morrer e outros quatro jovens, dois rapazes e duas raparigas, estão em estado grave. Andrew Fryberg e Nate Hatch, primos do atirador, continuam nos cuidados intensivos depois de terem sido baleados na cabeça e na mandíbula, respetivamente, noticiou The Telegraph.

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