A greve dos revisores e trabalhadores das bilheteiras, convocada pelo Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI), parou sete em cada dez comboios previstos para o dia de segunda-feira, de acordo com fonte oficial da CP – Comboios de Portugal.

Até às 16h, dos 888 comboios programados, foram realizados 255, adiantou à Lusa fonte oficial da empresa, o que significa que o nível de serviço foi superior ao previsto pelos serviços mínimos decretados pelo Tribunal Arbitral (25%). De acordo com a mesma fonte, a CP concentrou a maioria dos serviços nos períodos de maior procura, ou seja, de manhã e ao final do dia. Os comboios de longo curso (Alfa e Intercidades) foram os menos afetados pela greve dos revisores e dos trabalhadores das bilheteiras, tendo até à mesma hora circulado nove dos 14 Alfa Pendular previstos e 18 dos 30 Intercidades.

Em declarações à Lusa, Luís Bravo, dirigente do SFRCI (sindicato independente), disse estar “satisfeito” com a adesão à greve, que revela que os trabalhadores “estão no limite”. Segundo o dirigente sindical, “as bilheteiras estiveram quase todas fechadas” e “os comboios a circular [além dos serviços mínimos] estão a funcionar com trabalhadores que não têm prática de revisão”.

O sindicalista lamentou que o Tribunal Arbitral tenha decretado 25% da operação em serviços mínimos, considerando que a realização de um em cada quatro comboios previstos é “desproporcional”. Segundo o dirigente sindical, 90% dos revisores e 60% dos trabalhadores das bilheteiras da CP pertencem ao SFRCI.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR