A Coreia do Norte garante que pode provar que não tem qualquer ligação aos ataques informáticos sofridos pela Sony Pictures e propôs uma investigação conjunta com os Estados Unidos ao caso, depois de Washington avisar que pode haver retaliações.

Num comunicado divulgado pela imprensa norte-coreana, o Governo nega o envolvimento do regime de Pyongyang em outros ataques informáticos que lhe foram atribuídos, que nos tempos mais recentes provocaram a paralisação de páginas na internet dos governos dos Estados Unidos e da Coreia do Sul, assim como de bancos e televisões da Coreia do Sul.

“A ousadia dos Estados Unidos de acusarem a DPRK [Democratic People’s Republic of Korea] de um crime com base em ‘resultados de uma investigação’ absurdos só revela a sua amargura crónica em relação à DPRK”, diz o regime de Pyongyang, num comunicado atribuído ao porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Norte.

Ao ataque informático à Sony em novembro, seguiu-se à divulgação de informação confidencial, como dados pessoais de celebridades e correspondência entre os executivos da empresa. Os piratas informáticos identificaram-se como os “guardiões da paz”.

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A Sony disse que as ameaças contra os estúdios não lhe deixaram outra opção que não fosse cancelar a estreia marcada para dia 25 de dezembro do filme “The Imterview”, em que Seth Rogen e James Franco desempenham o papel de repórteres de uma televisão que entrevistam o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, e acabam por ser recrutados pela CIA para o matar.

Entretanto, o FBI, a polícia federal norte-americana, disse que tinha provas que o ataque tinha sido perpetrado com o patrocínio do Governo da Coreia do Norte.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, já se insurgiu contra a decisão da Sony de cancelar o filme, dizendo que a empresa não deve ceder. A Sony estará, entretanto, a reconsiderar a decisão de cancelar a visualização de “The Inveriew”.