A pintura “Baco, Vénus e Cupido”, de Rosso Fiorentino (1494-1540), proveniente do Museu Nacional de História da Arte do Luxemburgo, vai ser exibida a partir desta quinta-feira no Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA), em Lisboa.

“Baco, Vénus e Cupido” inaugura o ciclo de exposições trimestrais designado por “Obra Convidada” que o MNAA desenvolve com o objetivo de dar a conhecer obras de grandes mestres da pintura ocidental raramente expostas em Lisboa. O ciclo começou em 2013 com “Judite com a Cabeça de Holofernes”, pintura de Lucas Cranach, o Velho (1472-1553), vinda do The Metropolitan Museum of Art, de Nova Iorque.

Na Florença da segunda década do século XVI, Pontormo e Rosso Fiorentino foram os principais intérpretes de um movimento que explorou um estilo de pintura muito sofisticado na composição e na expressão, a que se convencionou chamar Maneirismo, assinala o MNAA em comunicado.

Francisco I, rei de França, convidou Rosso Fiorentino a ir para Paris em 1530, como seu primeiro pintor de corte, e o artista dedicou toda a última década da sua carreira aos grandes trabalhos de decoração dos novos espaços do Palácio Real de Fontainebleau, situado a cerca de 70 quilómetros a sul de Paris. Muitos desses trabalhos perderam-se, mas o óleo sobre tela “Baco, Vénus e Cupido” perdura como testemunho da arte de Fiorentino em Fontainebleau.

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RossoFiorentino-BacoVenusCupido

A obra fica em Lisboa até 18 de maio

Em troca, o Museu de História da Arte do Luxemburgo vai expor, a partir de 29 de janeiro, a pintura “O Casamento Místico de Santa Catarina”, do pintor barroco espanhol Bartolomé Esteban Murillo (1618-1682). A inauguração da obra no MNAA no Luxemburgo, completada por uma Sagrada Família de um aprendiz de Murillo, Francisco Meneses Osorio (1630-1705), que faz parte da coleção do museu luxemburguês, vai contar com a presença da ministra da Cultura do Luxemburgo e com um concerto de guitarra portuguesa, com João Godinho e Paulo Cartaxo.

Para o diretor do museu luxemburguês, que lançou em novembro visitas guiadas em língua portuguesa, a exposição é também uma oportunidade para atrair mais portugueses àquele museu luxemburguês.