O combate ao terrorismo vai dominar a sessão plenária do Parlamento Europeu que decorre entre segunda e quinta-feira em Estrasburgo, com a realização de um debate no hemiciclo na véspera da cimeira de líderes europeus de 12 de fevereiro.
Na quarta-feira de manhã, os eurodeputados vão debater com o Conselho e com a Comissão as medidas antiterroristas na União Europeia, tema que foi colocado como principal ponto da agenda de trabalhos do Conselho Europeu informal do dia seguinte, em Bruxelas, na sequência dos atentados de janeiro em Paris.
Já depois do debate, a assembleia irá adotar uma resolução com recomendações sobre possíveis medidas de combate ao terrorismo, o tema em destaque na cimeira de chefes de Estado e de Governo da UE que terá lugar no dia seguinte em Bruxelas, e na qual participará o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.
Também na quarta-feira à tarde, os eurodeputados vão debater com a Alta Representante da UE para os Negócios Estrangeiros, Federica Mogherini, a crise humanitária na Síria e no Iraque, agravada pelos atos de violência extrema do chamado “Estado Islâmico”.
De acordo com a Agência da ONU para os Refugiados (ACNUR), mais de 7,6 milhões de sírios estão deslocados no interior do país e outros 3,8 milhões encontram-se em países vizinhos, enquanto o Iraque tem mais de 2,1 milhões de deslocados e cerca de 330 mil refugiados estão a viver em abrigos improvisados este inverno.
Na sexta-feira, a União Europeia anunciou um financiamento adicional de mil milhões de euros nos próximos dois anos para enfrentar as crises na Síria e Iraque e a ameaça colocada pelo autoproclamado Estado Islâmico (EI), no quadro da primeira estratégia global para apoiar os países da região face aos desafios atuais, à cabeça dos quais o terrorismo.
Ainda no quadro da luta contra o terrorismo, o Parlamento vai votar na quarta-feira uma resolução sobre as revelações feitas no relatório do Senado norte-americano sobre o recurso da CIA à tortura após os atentados de 11 de setembro e a cumplicidade de países europeus.