O Open House Porto nasceu oficialmente esta quarta-feira, na Casa da Arquitetura, em Matosinhos. Os presidentes das câmaras municipais do Porto, Vila Nova Gaia e Matosinhos assinaram um protocolo que leva para o norte um evento que desde 2012 organiza, em Lisboa, visitas guiadas por edifícios e locais com valor arquitetónico contemporâneo. O fim de semana de 4 e 5 de julho fica, por isso, reservado para passeios gratuitos.

Álvaro Siza Vieira e Eduardo Souto de Moura já receberam, cada um, um prémio Pritzker, considerados os Óscares da arquitetura. Símbolo da visibilidade que a arquitetura contemporânea do Porto tem lá fora. Para que tenha cada vez mais cá dentro, são vários os projetos destes dois arquitetos incluídos no Open House Porto, entre os quais a Piscina das Marés, o Bairro da Bouça e a Casa de Chá da Boa Nova (Siza Vieira) e a estação de metro Campo 24 de Agosto (Souto Moura).

Mas não só. O roteiro que está a ser preparado, e cujo programa completo só vai ser conhecido a 10 de junho, vai incluir casas privadas, palácios, faróis, teatros, túneis, tanatórios e bairros históricos que ilustrem “a singularidade e riqueza da história e da cultura arquitetónica”, esclarece a organização, a cargo da Trienal de Arquitetura de Lisboa e da Casa da Arquitetura.

A primeira edição tem como comissário o arquiteto Pedro Bandeira e, ao todo, haverá 40 espaços para ver por entro na área metropolitana do Porto, muitos locais habitualmente interditos ao público. Já confirmados estão também a refinaria da Galp de Matosinhos, a Casa do Conto, o Funicular dos Guindais e o terraço do edifício dos Paços do Concelho do Porto.

O Open House é um evento internacional de promoção da arquitetura e património edificado. Com mais de 20 anos de história, acontece atualmente em 29 cidades espalhadas pelo mundo, com o objetivo de dar a conhecer e estimular o interesse de todos pela arquitetura, através de visitas gratuitas a edifícios das mais variadas épocas e tipologias, “cuidadosamente selecionados pela sua relevância arquitetónica e histórica”, garante a organização.

De acordo com a Trienal de Arquitetura de Lisboa, o protocolo foi assinado “por um ano, renovável”. Ou seja, se correr bem, em 2016 há mais.

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