O senador norte-americano John McCain declinou um convite do Presidente ucraniano para integrar o grupo de conselheiros estrangeiros que deverá contribuir para a aplicação das reformas no país, evocando incompatibilidade de funções.

As autoridades pró-ocidentais da Ucrânia estão a reunir um grupo de conselheiros estrangeiros que deverá contribuir para a aplicação das reformas no país e garantir um apoio internacional ao país, devastado por mais de um ano de conflito no leste separatista.

Num comunicado publicado esta semana e hoje divulgado, o Presidente ucraniano, Petro Porochenko, nomeou os membros do conselho consultivo internacional encarregue de supervisionar as reformas na Ucrânia, palco de um conflito armado.

McCain, um senador republicano do Arizona, foi nomeado membro do conselho, juntamente com o ex-primeiro-ministro sueco Carl Bildt, conhecido pelas suas críticas veementes ao Presidente russo, Vladimir Putin, e o antigo líder pró-ocidental da Geórgia, Mikhail Saakachvili.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Ao reagir a este anúncio McCain disse-se honrado, acrescentando, no entanto, que deveria verificar se o seu estatuto de senador norte-americano lhe permite integrar este conselho.

Agora, o senador anunciou em comunicado que terá de declinar o convite devido a algumas disposições da Constituição americana relativas à interação entre membros do Congresso e governos estrangeiros.

“Vou continuar a fazer tudo o que estiver ao meu alcance para pôr fim à agressão contínua de Vladimir Putin” e apoiar “os ucranianos no sentido da reforma”, disse o senador.

O exército ucraniano combate desde há um ano os separatistas pró-russos no leste do país, um conflito que fez mais de 6.200 mortos.

Uma trégua, que permanece frágil, foi concluída em fevereiro passado através da mediação franco-alemã, na presença do Presidente russo, Vladimir Putin.