A Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) revelou hoje que dezenas de crianças foram mortas, 12 violadas e outras raptadas, na sequência de uma série de ataques no Sudão do Sul, nas últimas duas semanas.

De acordo com a informação divulgada pela Unicef, com base em dezenas de relatos de testemunhas, os ataques ocorreram no Estado de Unity, onde “homens e rapazes armados, vestidos à civil ou com uniformes militares, têm sido responsáveis pela destruição massiva de vidas e bens”.

“Algumas pessoas que testemunharam estes atos pensam que os ataques foram levados a cabo por grupos armados alinhados com o Exército Popular de Libertação do Sudão”, diz a Unicef.

Na sequência desses ataques, aldeias inteiras foram incendiadas e “muitas mulheres e raparigas foram levadas para serem violadas e mortas — entre as quais crianças com sete anos de idade”, lê-se na nota de imprensa.

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Diz a Unicef que, pelo menos, 19 rapazes e sete raparigas forma mortos, enquanto outros foram raptados e recrutados para se juntarem aos combates ou para cuidarem de gado roubado.

Perante estes casos, a Unicef pede que tanto o governo do Sudão do Sul como as forças que se lhe opõe “devem fazer uso de toda a sua influência para proteger as crianças, por fim às violações graves, incluindo a violência sexual, e libertar todas as crianças das forças armadas e grupos associados”.

A Unicef estima que 13 mil crianças tenham sido recrutadas e estejam a ser usadas por todas as partes no conflito.