De 26 a 29 de junho, com a participação de 22 coros nacionais e estrangeiros, vai decorrer mais um Festival Coral de Verão. Enquadrado nas Festas de Lisboa e com a direção artística do maestro Paulo Lourenço, o evento oferece um programa extenso (PDF em anexo) em que mais de 800 vozes vão cantar em harmonia, dentro e fora de portas.

A maior parte dos concertos, incluindo as competições, são de entrada livre e ocupam espaços como os Claustros do Mosteiro dos Jerónimos, o Pavilhão das Galeotas do Museu da Marinha, o Jardim Vasco da Gama e o Centro Cultural de Belém.

Esta iniciativa da Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC) e da Sourcewerkz, uma empresa de Singapura que promove a educação coral, é a quarta edição de um projeto fundado por Paulo Lourenço, maestro e professor da Escola Superior de Música de Lisboa.

Em declarações à Lusa, o responsável destacou “o facto deste festival se desenrolar na zona de Belém [o que] descentraliza um pouco as Festas da Cidade, que se concentram sobretudo na zona da Baixa e nos bairros históricos”. Paulo Lourenço referiu também como o evento “está a contribuir, pouco a pouco, para a educação musical e coral em Portugal”, tornando-a mais acessível ao público e “um fenómeno em crescimento exponencial”.

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Para este ano, as expectativas são de ultrapassar os espetadores das edições anteriores. Cerca de três mil pessoas assistiram aos concertos no ano passado. A nível competitivo também há boas notícias, já que o número de participantes (mais de 800) quase duplicou em relação a 2014 (com 470 coralistas).

Em cartaz estão grupos de vários países da Europa (Alemanha, Dinamarca, Polónia, Estónia e Israel) e um conjunto mexicano, o Ensemble Vocal Cantera, que tem aqui a sua primeira atuação internacional. Na competição entram também nove grupos corais portugueses, oriundos de diversos conservatórios nacionais e representativos de diferentes estilos, desde o Coro Infantil e Juvenil do Instituto Gregoriano de Lisboa ao grupo Musaico.

A avaliar as vozes a concurso, estará um júri internacional de maestros: Pedro Teixeira (Portugal), André van der Merwe (África do Sul), Ms Lim Ai Hooi (Singapura) e, novamente e em relação ao ano passado, Eugene Rogers (E.U.A.) e Werner Pfaff (Alemanha).

O concerto de abertura está marcado para a noite do primeiro dia, quinta-feira, nos Claustros do Mosteiro dos Jerónimos. Vai contar com a presença do Coro Gulbenkian, convidado e dirigido pelo diretor artístico do festival, na apresentação de “Imagens de Luz e Anunciação”.

Destaque também para a tarde de domingo, com a interpretação de “Ein Deutsches Requiem” (Requiem Alemão), uma obra-prima do compositor Johannes Brahms, que será acompanhada musicalmente por duas orquestras: uma sinfónica e outra filarmónica.

Nos quatro dias de festival e até à cerimónia de encerramento, às 19 horas de segunda-feira, os grupos irão percorrer diversos espaços em Belém, incluindo diversas atuações ao ar livre. Para fechar esta edição, no Grande Auditório do CCB, foi convidado o grupo alemão Studio Vocale Karlsruhe, que será dirigido por Werner Pfaff. Após a entrega dos prémios, haverá uma atuação conjunta com os coros participantes e dezenas de pessoas em palco.

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