As autoridades de Israel libertaram hoje um prisioneiro palestiniano que tinha estado em greve de fome durante 56 dias, arriscando a vida para protestar contra o procedimento que permite deter pessoas indefinidamente sem uma acusação.

De acordo com a France Presse, Khader Adnan foi recebido como um herói na sua cidade natal, perto de Jenin, incluindo fogo-de-artifício, canções e bandeiras da jihad islâmica, o movimento a que Israel diz que ele pertence.

Vários residentes tinham até t-shirts impressas com a cara de Khader Adnan, o homem de 37 anos, magro e com uma longa barba, libertado de madrugada, aparentemente numa tentativa de minimizar o efeito mediático, já que a sua saída estava prevista para o meio do dia.

A jihad islâmica congratulou Adnan numa declaração pela sua “vitória” e disse ter organizado uma celebração na sua cidade, agendada para o final do dia de hoje, depois de o palestiniano ter estado preso durante um ano na sequência de uma detenção administrativa sem acusação que pode ser renovada por períodos de seis meses indefinidamente.

Dos 5.686 palestinianos detidos por Israel, 379 foram presos ao abrigo deste procedimento.

Khader Adnan foi detido há um ano, pouco tempo depois do sequestro e homicídio de três jovens israelitas, o que desencadeou a detenção de centenas de palestinianos.

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