O procurador sérvio responsável pelos crimes de guerra indiciou hoje esta quinta-feira oito pessoas por envolvimento no massacre de Srebrenica de 1995, no leste da Bósnia, anunciou o procurador para os crimes de guerra.

Este é o primeiro ‘dossier’ relacionado com o massacre de Srebrenica, onde foram mortos cerca de 8.000 muçulmanos bósnios, que está a ser conduzido pela justiça sérvia.

Os suspeitos, detidos em março, estão indiciados por terem ordenado e participado, em julho de 1995, na execução de centenas de muçulmanos num único dia num entreposto em Kravica, uma localidade próxima de Srebrenica, precisou em comunicado o procurador.

Caso sejam considerados culpados, arriscam uma pena até 20 anos de prisão.

Este indiciamento “é uma mensagem de que não haverá impunidade para os crimes de guerra e que as vítimas não serão esquecidas”, declarou o procurador para os crimes de guerra, Vladimir Vukcevic.

Cerca de 8.000 homens e rapazes muçulmanos em idade de combater foram mortos pelas forças sérvias bósnias no enclave de Srebrenica em julho de 1985, a alguns meses do final da guerra civil na Bósnia (1992-1995).

Os ex-chefes político e militar dos sérvios da Bósnia, Radovan Karadzic, 69 anos, e Ratko Mladic, 72 anos, estão a ser julgados pelo Tribunal Penal Internacional para a ex-Jugoslávia (TPIJ), com sede em Haia, designadamente por genocídio e pelo seu envolvimento nos acontecimentos de Srebrenica.

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